A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!

Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Como diminuir a ingestão de agrotóxicos



Sabe-se que o nível de agrotóxicos e defensivos agrícolas contidos nos vegetais que ingerimos é excessivo e extremamente prejudicial à saúde.
São venenos que, na maioria das vezes, pelo exagero de pulverizações, chegam a nós em altas dosagens.
O mais indicado, para evitar ingerir esses compostos venenosos, é seguir a tendência mundial de dar preferência a produtos orgânicos certificados, que hoje são encontrados até nos balcões dos supermercados.

Graus de contaminação de frutas e hortaliças

Folhas (alface, agrião, almeirão, rúcula, couve-manteiga, tempero verde etc.)
Apresentam ciclo de vida curto e são os vegetais que recebem um número menor de pulverizações.

Raízes, bulbos, tuberosas
(beterraba, cenoura, alho, cebola etc.)
Apresentam um ciclo de vida intermediário e, por esse motivo, recebem maior número de pulverizações.
Alerta: batatas e cebolas, por serem consumidas em grande escala, são exceções, recebendo cerca de 30 pulverizações de agrotóxicos, durante o ciclo da cultura.

Legumes (tomate, pimentão, berinjela, pepino, abobrinha etc.)
São os mais delicados para produzir, ficando mais sujeitos ao ataque de pragas e doenças.
Alerta: o tomate, sendo um dos campeões de venda, também é campeão em resíduos: recebe em média 36 pulverizações.

Frutas
:
Por terem um ciclo ainda mais longo, em geral, recebem maior número de pulverizações. Podemos selecioná-las conforme o grau de contaminação:

Baixo risco de contaminação - caqui, pitanga, abacate, acerola, jaboticaba, coco, bergamota comum, bergamota polkan, nêspera;

Médio risco de contaminação - banana, manga, abacaxi, melancia, laranja, mamão formosa, maracujá;

Alto risco de contaminação
- morango, goiaba, uva, maçã, pêssego, mamão papaia, figo, pêra, melão, nectarina.

Algumas dicas para evitar e/ou diminuir a ingestão de agrotóxicos:

1) Dê preferência a frutas e verduras da época
Fora da estação adequada é quase certo que a fruta, verdura ou legume tenha recebido cargas maiores de agrotóxicos. É por isso que quando você
não encontra tomate, cebola ou outros produtos na feira orgânica é porque não está na época deles. Escolha outro produto que os substitua em termos nutricionais.

2) Procure sempre descascar as frutas

Não sendo orgânicas, os resíduos de agrotóxicos ficam especialmente nas cascas das frutas; nesse caso, é importante descascá-las, principalmente os pêssegos e maçãs.

3) Lave bem as frutas e verduras
Use água corrente durante pelo menos 1 minuto, limpando sua superfície. Ou coloque-as numa solução de água (1 litro) com um pouco de vinagre (4 colheres de sopa), durante vinte minutos.

Alerta: como a atuação da maior parte dos agrotóxicos é "sistêmica' (quando aplicado às plantas, circulam através da seiva e por todos os tecidos), descascar e lavar as frutas não garante a eliminação total dos resíduos, somente sua diminuição.

4) Retire as folhas externas das verduras
Em geral, ali se concentram mais agrotóxicos.
Com sua retirada, a "carga mais pesada" é eliminada.

5) Diversifique nas hortaliças e frutas
Além de propiciar boa mistura de nutrientes, reduz a chance de exposição ao mesmo agrotóxico usado pelo agricultor.

6) Dê preferência aos produtos nacionais e de sua região

Alimentos que percorrem longas distâncias, normalmente, são pulverizados pós-colheita e possuem um nível maior de contaminação.

Texto baseado em informações do engenheiro agrônomo Moacir Roberto Darolt, autor do livro Alimentos Orgânicos - Um Guia para Consumidores Inteligentes.

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