A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!

Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!

domingo, 16 de junho de 2013

Buscando a cura na cozinha

Os alimentos saudáveis e variados, combinados com equilíbrio, podem manter a nossa saúde em alta.
Mas quando acontece algum desajuste, também é na cozinha que podemos encontrar a cura, para voltarmos ao equilíbrio perdido, às proporções corretas de yin e yang no nosso cotidiano.























Tratamentos Naturais
Receitas com base macrô (macrobiótica), milenares e que funcionam:

Colírio de Ban-chá

Preparar um banchá bem fraco, deixar esfriar e aplicar 4 gotas em cada vista. Este colírio é ótimo para enfermidades inflamatórias dos olhos. Lembrar que as folhas de banchá devem ser levemente tostadas antes de colocarmos a água sobre elas e levar até o ponto de fervura.

Colírio de Gergelim

Com o auxílio de um funil bem limpo de algodão esterilizado, filtrar o óleo puro de gergelim.
Aplicar 3 gotas de cada vez em cada olho antes de deitar. Útil em todas as enfermidades do olhos. O uso do óleo de gergelim também é aconselhado nas infecções do ouvido (principalmente, no início do processo), quando coloca-se 3 gotas mornas do óleo no ouvido com problema, pressionando a abertura com um pedacinho de algodão.

Compressas de Clorofila

Esmagar folhas de agrião ou de espinafre, ou folhas grandes de qualquer vegetal, e aplicar essa pasta, envolvida em pano fino (gaze), sobre a testa, para acalmar a febre.

Compressa de Sal marinho

Aquecer cerca de um quilo de sal marinho fino, colocar num saco de pano grosso e aplicar sobre a parte enferma ou dolorida. Muito útil nas afecções reumáticas e nas contusões, também em otites. Tomar os devidos cuidados para evitar queimaduras.

Dentie - ou Dentifrício Macrobiótico

Torrar no forno uma ou duas beringelas, triturá-las muito bem e misturar o pó (bem fino) assim obtido com partes iguais de sal marinho, também triturado em pó bem fino. Usa-se como substituto das pastas dentifrícias químicas. Pode-se usar com a escova de dentes ou aplicar com o dedo, massageando bem as gengivas. Eficaz no caso de piorréia, inflamações da boca em geral, dores de dente e nevralgias, bastando aplicar o pó na região afetada com vigor repetidas vezes.

Dentie Composto (ou Dentie nº 2)

Basta misturar o dentie comum em partes iguais com o gengibre em pó seco. Ideal para casos mais agudos.

Emplastro de Inhame

Ralar algumas raízes cruas de inhame (quanto menores, melhor), sem casca. Adicionar à quantidade obtida uma parte igual de farinha de trigo integral e 10% de gengibre cru ralado. Misturar bem os ingredientes e estender essa pasta sobre uma pano fino. Embrulhar e aplicar sobre a parte afetada. Estender sobre o emplastro um pedaço de plástico e deixar assim por 2 horas. Aplicar depois da compressa de gengibre, 4 a 5 vezes ao dia. Puxa a toxicidade de dentro do corpo para fora, como no caso de furúnculos e até tumores.

Compressa de Gengibre

Ralar 120 gramas de gengibre cru ou juntar uma colher de sopa de pó seco de gengibre; colocar num saquinho de pano fino. Ferver 3 litros de água, desligar o fogo e colocar o saquinho nessa água. Quando o conteúdo ficar levemente amarelado, molhar um pano ou toalha para fazer a compressa. Aplicar bem quente, cobrindo essa compressa com uma toalha seca. Mudar a compressa 5 ou 10 vezes durante 20 ou 30 minutos. Eficaz em inflamações, como sinusite. Após o uso dessa compressa, indica-se o uso do emplastro de inhame, se necessário.

Emplastro de Raiz-de-lótus

Ralar alguns pedaços (cortados longitudinalmente) de raiz-de-lótus, adicionar uma colher de sopa de gengibre ralado e uma colher de sopa de farinha de trigo integral bem fina. Amassar bem e com um pano fino, fazer um emplastro grosso, que deve ser aplicado na região superior do nariz (sinusite). Esse emplastro deve ser usado bem preso por meio de esparadrapo e permanecer durante a noite toda. Repetir até obter a melhora.

Cataplasma de Alga kombu

Esticar um pedaço grande de alga marinha kombu, mergulhar durante 30 segundos em água fervente, retirar, deixar resfriar um pouco e aplicar em feridas e úlceras.

Chá de Raiz-de-lótus

Essa raiz pode ser usada como chá ou alimento. O chá é preparado com 3 ou 4 fatias da raiz, fervidas em um litro de água. Toma-se em jejum, depois das refeições e antes de dormir, meia xícara de chá. Eficaz contra distúrbios respiratórios, como tosse, rouquidão, infecções na boca, na garganta e nos pulmões; elimina a nicotina, o alcatrão e outros agentes poluentes, normalizando as funções respiratórias. A raiz, depois de preparado o chá, pode ser comida: é ótimo tõnico e muito estimulante (yang).

Feijão Azuki

Além de ser consumido como alimento (preparado como feijão comum), é especial para diabéticos devido às suas qualidades diuréticas. Com os grãos torrados, faz-se o chá próprio para diabéticos e para a maioria das doenças metabólicas. É depurativo do sangue, elimina o excesso de ácido úrico e tonifica os rins, além de ser calmante. Para preparar: colocar 2 colheres de sopa dos grãos crus numa panela ou frigideira e torrá-los até que mudem de cor. Adiciona-se um litro de água e deixa-se ferver até que o conteúdo adquira uma cor bem escura. Toma-se meio copo após as refeições.

Chá Habu

Muito usado no Japão, no Brasil é conhecido como "fedegoso". Indicado contra prisão de ventre, afecções intestinais, gripes, resfriados, coriza; prepara-se colocando para torrar uma colher de sopa de grãos numa panela, até que abram e se tornem vermelho-escuro. Adiciona-se então meio litro de água e ferve-se por 10 minutos. Toma-se á noite, antes de dormir ou de hora em hora, em gripes fortes.

Nota: Para crianças, cortamos as indicações pela metade, por exemplo, onde lê-se aplicar 4 gotas, usamos apenas duas. Tudo tem que ser mais fraco e diluído para o organismo mais frágil.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Hibisco: o chá e a conserva

Hibiscus L. é um gênero botânico, com cerca de 300 espécies, com flores e folhas exuberantes.

Significa Ísis (deusa egípcia), em grego - nome da minha filha caçula.

Nessa postagem, vou me referir ao Hibiscus sabdariffa, também conhecido como vinagreira, caruru-azedo quiabo-roxo ou flor da Jamaica. Com origem controversa - África ou Ásia? - o meu hibisco encontrei na Feira de Agricultores Ecológicos aqui de Porto Alegre/RS... :)

Os cálices florais, tão lindos, podem ser utilizados para fazer conserva ou para preparar uma infusão - um chá de vibrante cor vermelha.

Falam maravilhas desse chá feito com o Hibiscus sabdariffa: "atua no aceleramento do metabolismo, além de impedir o aparecimento do diabetes de tipo 2, de reduzir a produção do colesterol, bem como de diminuir os níveis de lipídio e glicose na circulação sanguínea. Além do mais esta substância atua como calmante, é diurético e laxante, superando os benefícios oferecidos pelo chá verde, pois tem um baixo teor de cafeína. (...) Este chá atua também como antioxidante, adia o envelhecimento da pele, além de ser abundante em cálcio."

Pode igualmente ser consumido na forma de suco, com uma colher de chá da flor mergulhada em um litro de água de um dia para o outro. Depois é só misturar no liquidificador com as frutas preferidas.






Para fazer o chá, verter água quente sobre as flores e abafar por, no mínimo, 5 minutos. O sabor é levemente azedo e o visual é muito bonito!






Fiz  também a conserva, seguindo a receita de um site que não é mais encontrado na internet (acabei de atualizar a postagem).

Adaptei as quantidades porque tinha poucas flores - umas 200 gramas.

Reduzi a quantidade de sal e açúcar - uma colherinha de café de açúcar e uma colher de chá de sal. Na receita original, usa-se um quilo de hibisco, uma colher de chá de açúcar e duas colheres de sobremesa de sal.

Depois segui os passos:

Lavar bem as flores em água corrente.

Deixar de molho em água com vinagre de arroz por 10 minutos.

Com a ponta de uma faca, retirar a semente de dentro dos cálices (pode-se abrir uma fenda numa das laterais). Depois de retirar a semente de todos os hibiscos, lavá-los novamente em água corrente e escorrer.



Despejá-los numa vasilha, acrescentar o açúcar e o sal, mexer bem. Apoiar um prato ou outra vasilha sobre a conserva e colocar algo para pressioná-la, como latas de conserva, ou pacotes de açúcar, etc. Usei um saco de um quilo de feijão e um chuchu enorme pra fazer a pressão! Este peso é importante  para que os sabores penetrem bem no hibisco. Deixar assim por 24 horas.



Depois disto, passar a conserva para um vidro esterelizado e conservar em geladeira. Está pronta para o consumo.

Encontrei essa dica importante da Marisa Ono, do blog Delícia:


Dica: os melhores são os vermelhos vivos, sem pontas pretas.

Como tinha pouca quantidade, não durou muito na minha geladeira. O sabor é maravilhoso, as flores ficam crocantes e agridoces.


As sementes, que pareciam uns ovinhos verdes, secaram em 3 dias e aí vi que dentro delas, havia uma quantidade enorme de pequenas sementes escuras, que plantei. Na verdade, a "semente" era uma cápsula que abrigava dezenas de sementinhas!