A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!

Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sobre ovos caipiras e/ou orgânicos


Esse texto da Sonia Hirsch fala, de uma maneira simples e direta, sobre a diferença entre os ovos das galinhas criadas soltas (as denominadas caipiras), por pequenos produtores e os ovos obtidos pelo sistema industrial de criação de galinhas, confinadas nas enormes granjas.


" A GALINHA DO VIZINHO
bota ovo amarelinho, bota um, bota dois, bota três, bota
quatro, bota cinco, bota seis...

Galinha de quintal todo dia namora o galo e bota ovo no
ninho; depois de umas três semanas deita em cima para
chocar e dali a algum tempo começam a sair os pintinhos.
Toda prosa, D. Galinha vai passeando com eles pelo
terreiro, ensinando a ciscar, a achar minhoca, a bicar
quirera de milho e de arroz, a beber água. Quando eles já
estão grandinhos, ela começa a namorar e botar ovos de
novo para chocar mais pintinhos.

São ovos de casca forte, a gema quase cor de abóbora.
Alimento do bem, que nutre, fortalece, evita doenças.
Ah, mas não aumenta o colesterol? Não, minha senhora:
esse mito já desabou há muito tempo. Ovo caipira, em
geral, faz bem.

Agora, esses ovos comuns, você sabe como
são produzidos? Nascem os pintinhos e, quando já dá
pra separar as fêmeas dos machos, a ração delas muda:
ganha produtos químicos que agem como hormônios
e aceleram os ovários. Elas então amadurecem à força
e começam a pôr muitos ovos – dois ou mais por dia.
Nunca fazem uma pausa para chocar e criar pintinhos.
Também, nem têm galo pra namorar. Vivem em gaiolas,
não pegam sol, jamais passeiam para ciscar e comer
minhoca. Tomam montes de vacinas e antibióticos
para não ficarem doentes. Lá pelas tantas não dão mais
nada; aí vão para o abatedouro.

Esses ovos feitos com antibióticos e substâncias químicas
são os mais baratos do mercado. Essas galinhas e seus
frangos tristes, criados à base de drogas, são praticamente
animais artificiais. O tal do chester, então, é mais artificial
ainda - uma raça criada em laboratório para dar mais lucro.

Na alimentação natural a pessoa se preocupa com isso,
procura conseguir frangos e ovos de quintal. Mesmo
que consiga só de vez em quando, está bom. Afinal,
ninguém precisa mesmo comer frango e ovos todo dia."


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O frango, eu agradeço, não como nunca; mas um ovo caipira (ou orgânico, para ser mais exata), incluo na minha alimentação de vez em quando, sabendo que a galinha não sofreu pra que ele chegasse à minha mesa... além disso, nas receitas substituo os ovos por gel de linhaça ou banana amassada.

Complementando: Consumo ovos de galinha devido à necessidade de B12 no organismo: "Esse é o único nutriente que um vegetariano pode precisar suplementar mesmo com uma dieta bem planejada. A vitamina B12 está presente apenas nos alimentos de origem animal em quantidade significativa." Vitamina B12 e vegetarianismo

Segundo meu raciocínio, a Natureza é perfeita (embora alguns não achem isso, pois estão observando-a e analisando-a sob um ponto de vista humano). Se ela decidiu que o ser humano precisa de B12 para sobreviver e essa vitamina encontra-se apenas nos alimentos de origem animal, penso que devo concordar com a ordem natural das coisas. Se há necessidade de suplementação para obter algo que existe no mundo natural, alguma coisa está errada... certamente, a maneira com que os humanos tratam as galinhas.

Alguns dizem (ou diziam) que há B12 em algas, no missô e no tempeh, no levedo de cerveja, mas são informações errôneas: B12 só nos alimentos de origem animal ou com suplementação... Leia mais aqui.

Veja aqui como o confinamento das galinhas está com os dias contados: Produção de ovo caipira e orgânico

Propaganda enganosa é crime
Se você encontrar embalagens de “ovos de granja” (criados em gaiolas) com fotos de aves ciscando ao ar livre – sugerindo que os animais não foram confinados – ou com palavras que confundam o consumidor quanto à origem do alimento, denuncie! A regulamentação brasileira proíbe nos rótulos qualquer indicação, por escrito ou ilustração, que passe falsa impressão e que forneça uma idéia errônea da origem e qualidade do produto.
Todo rótulo deve ser aprovado e registrado no DIPOA (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal) e trazer impressa a declaração do registro e número. No caso dos ovos, as embalagens devem apresentar ainda o carimbo da Inspeção Federal.

Leia mais aqui: Ovos de granja, caipira ou orgânicos? Aprenda a conhecer a diferença na hora de comprar

Gostei desse post do blog Chucrute com Salsicha: "Comparemos então a vida dessas galinhas que tem o direito de botar ou não botar ovos, com aquelas eternamente confinadas num cubículo iluminado noite e dia por uma luz artificial, comendo ração cheia de hormônios pra poder botar ovos dia e noite, sem nenhuma influência das leis naturais e assim suprir a demanda dos ovos com bacon e omeletes diárias pros pafúncios humanos.

Não é justo. E não é assim que precisa ser. A escolha é nossa."

Obviamente, se não houver um consumo excessivo, a produção também não será, necessariamente, desenfreada!

2 comentários:

Maiana Gomes disse...

Vera, vc tá sempre no meu blog: http://culturasustentavel.blogspot.com/
Bjos querida! Gratidão pela partilha! =)

Vera Falcão disse...

Maiana, gracias por divulgar e compartilhar no teu espaço, vamos espalhando a informação legal como sementes por aí... beijo!