A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!

Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!

sábado, 3 de outubro de 2009

Primavera e flores



Não dá para imaginar uma cena primaveril sem a presença das flores!
Elas são lindas, delicadas, coloridas, perfumadas, agradam à nossa visão e ao nosso olfato. Mas também conseguem agradar ao nosso paladar, pois muitas delas pode ser consumidas como alimento.

Tenham cuidado na escolha: uma grande variedade delas, mesmo não sendo cultivada com agrotóxicos, pode ser perigosa para a saúde. Antes de invadir seu jardim à procura de um singelo ingrediente para salada, é preciso conhecer bem as plantas para não correr riscos - assim como devemos conhecer aquelas que usamos para fazer chás.

A flor que mais se destaca pelo seu valor nutricional é a capuchinha, também conhecida popularmente como chagas, flor-do-sangue e agrião-do-México. A denominação "flor-do-sangue" provavelmente surgiu da fama que adquiriu como remédio para anemia. É muito usada também no tratamento contra o escorbuto, pelo elevado conteúdo de vitamina C.
A capuchinha é nativa do Peru, México e regiões da América Central; tanto as folhas como as flores apresentam sabor picante, muito parecido com o do agrião.

Como comprei capuchinhas na feira, procurei uma receita em que elas fossem um dos ingredientes e encontrei uma salada, na qual fiz algumas substituições; após a metamorfose, a receita ficou assim:

Salada de arroz selvagem com cogumelos shitake e capuchinha

Mas antes de postar o conteúdo da receita, alguns comentários sobre os principais ingredientes, além das flores comestíveis:

O arroz selvagem é um ancestral do arroz cultivado atualmente. Na verdade, é a semente de uma gramínea aquática, portanto não é propriamente arroz. Exala um aroma de ervas, que remete ao seu ambiente natural - os lagos e rios dos Estados Unidos e Canadá.
Suas qualidades nutricionais: pobre em gorduras e rico em proteínas, lisina (um aminoácido) e fibras. Também uma boa fonte de potássio, fósforo e vitaminas (tiamina, riboflavina e niacina).
Cozinha-se com sal e água, até romper a casca; demora um pouco mais para cozinhar do que o arroz e sua consistência fica um pouco mais dura.


O cogumelo shitake é rico em proteínas, contendo as vitaminas E, B, C e D e os sais minerais cálcio, fósforo, ferro, potássio. Além disso, possui fibras dietéticas que auxiliam na digestão e níveis baixos de açúcar e gorduras.

Ingredientes

200 g de arroz selvagem
300 g de cogumelos shitake
100 ml de azeite de oliva
3 tomates maduros cortados em cubos
2 pepinos cortados em cubos
1 cebola cortada em cubos
30 g de mostarda Dijon
folhinhas de hortelã e manjericão
capuchinhas

Como fazer

Cozinhar o arroz em água e sal marinho. Deixar esfriar.

Bater no liquidificador a mostarda, o azeite e as folhinhas verdes (reservar algumas para enfeitar o prato).

Numa travessa grande arranjar o arroz, os cogumelos fatiados, os tomates, os pepinos e a cebola (se achar a cebola crua indigesta, derrame água fervente sobre ela, rapidamente).

Por último, decore com muitas flores e algumas folhinhas de manjericão e hortelã.

Sirva a salada acompanhada do molho de mostarda.

Outras flores que também podem servir de alimento e em quais pratos elas encaixam melhor:

Rosas, hibiscus e gerânio (saladas de frutas)

Flor de abobrinha (risotos)

Amor-perfeito (saladas de folhas)

Lavanda (para aromatizar sorbets)

E não esqueça: compre-as em mercados e hortifrútis, nunca em floriculturas!

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