A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!

Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!

domingo, 1 de maio de 2011

Combinações Alimentares


Estudo de Ann Wigmore, adaptado por Ana Branco

Com o objetivo de facilitar a digestão, a combinação dos alimentos vem se tornado uma prática mais e mais aceita como uma necessidade. A idéia é que para recebermos a energia dos alimentos não precisamos depois gastá-la para digeri-los. No final da refeição nos sentiremos mais leve, com ganho de energia para continuarmos nossos movimentos diários.

Sementes Germinadas e Brotos - Com o processo da germinação as sementes tornam-se neutras. Percebam a magia: combinam com todos os alimentos. Dê preferência à combinação das sementes oleaginosas com as frutas, pois com sua elevada riqueza em enzimas, facilitam, com folga, todo o processo de digestão e excreção.

Hortaliças - As verduras, legumes, raízes, flores e ervas combinam-se entre si. Abacate, maçã e limão são as frutas que melhor acompanham as hortaliças.

Frutas Doces - Banana, caqui, figo, jaca, tâmara, uva moscatel, fruta do conde e frutas secas em geral, combinam-se entre si.

Frutas Cítricas e sub-cítricas - Maçã, uva, pêra, ameixa, abacaxi, tangerina, laranja, manga, graviola. maracujá, goiaba e kiwi são exemplos de frutas que se combinam entre si.

Frutas Neutras - Abacate, mamão e limão são frutas que combinam com todas as outras frutas e o abacate e limão também com as hortaliças.

Melão e Melancia - Devem ser consumidos sozinhas, com limão ou ervas frescas e digestivas como o hortelã e o funcho.

Combinações inadequadas

As limitações abaixo são difíceis de praticar, mas são úteis no momento de uma doença mais crônica ou grave. Até mesmo para se fazer um estudo de alergias e diagnósticos.

O texto é da nutricionista Fátima Pinsard.

O valor nutritivo de um alimento não está na sua composição química, mas no seu grau de digestibilidade. Mesmo com alimentos naturais, boa mastigação e lenta deglutição, não está completamente assegurado o êxito do processo digestivo, pois há alimentos que misturados com outros produzem má combinação, dando lugar a subprodutos tóxicos.

Para evitar os inconvenientes das más combinações, a melhor regra será simplificar as refeições e usar sua intuição. A quantidade é outro fator que intervém na digestão. Comer sem fome ou em excesso são fatores desequilibrantes na digestão, pois o corpo não assimila o excesso.

Evite líquidos durante as refeições, principalmente os que contêm açúcares, pois estes desencadeiam a fermentação. Os líquidos apressam a deglutição antes de completar a mastigação e a ensalivação dos alimentos impedindo também a ação do suco gástrico até que sejam absorvidos. As bebidas geladas ou muito quentes alteram a temperatura da massa alimentar no estômago, cuja digestão fica interrompida até que seja atingida novamente a temperatura natural do corpo (37 graus C).

1. Evite ingerir mais de dois alimentos amiláceos na mesma refeição, pois cada um tem um tempo digestivo. Isto provoca fermentação (gases e arrotos) e acidifica o estômago. Exemplo: macarrão + batata + pão.

2. Evite ingerir alimentos ácidos e amidos na mesma refeição. A digestão dos amidos começa na boca pela ação da ptialina, que os transforma em maltose (tipo de açúcar). A ptialina só atua em meio alcalino. A presença de ácidos danifica esta enzima favorecendo sua fermentação. Exemplo: macarrão com molho de tomate.

3. Evite ingerir amidos e açúcares na mesma refeição. A digestão dos amidos começa na boca e prossegue, em condições apropriadas, no estômago. Os açúcares não são digeridos nem na boca nem no estômago, a sua digestão se dá no intestino delgado. Quando consumimos isoladamente, passam rapidamente do estômago ao intestino. Quando consumidos juntos, ficam retidos no estômago aguardando a digestão destes. Como os açúcares têm a tendência à fermentação rápida, nas condições de calor e umidade existentes no estômago, a combinação amido e açúcares produz fermentação ácida. Exemplos: arroz doce, bolos e pães doces.

4. Evite ingerir duas proteínas concentradas na mesma refeição. Para uma digestão eficiente, cada proteína exige sucos gástricos de composições diferentes, além de tempos distintos. Exemplo: enquanto o suco gástrico necessário à digestão da carne tem seu pH máximo no início da digestão, o suco gástrico necessário à digestão do leite terá seu pH máximo no final. Exemplos: carne com leite, carne com ovos ou leite com nozes.

5. Evite ingerir proteínas e ácidos na mesma refeição. O início da digestão das proteínas se dá no estômago em presença da enzima pepsina que atua em meio ácido. A ingestão de ácidos em excesso irá inibir a ação desta enzima.

6. Evite ingerir proteínas com gorduras. A presença das gorduras nos alimentos diminui a atividade da secreção gástrica, além de baixar a quantidade de ácido clorídrico e pepsina no suco gástrico, atrasando a digestão das proteínas.

7. Evite ingerir leite com frutas ácidas. Quando o leite entra no estômago, ele coalha, envolvendo as partículas dos outros alimentos, isolando-os do suco gástrico.

8. Evite ingerir sobremesas (doces e sorvetes). Elas já constituem um excesso sobre a alimentação, sobrecarregando a capacidade digestiva. Além disso, geralmente são açucaradas, o que leva aos transtornos anteriormente mencionados.

9. Evite ingerir frutas oleaginosas com frutas doces na mesma refeição porque a gordura ao se misturar com o açúcar produz fermentação alcoólica.

10. Evite ingerir frutas ácidas com amido, pois os ácidos, impedem a natural digestão dos amidos, causando fermentação ácida.

Mas, também,  a união de um alimento com outro pode melhorar a absorção de um mineral ou potencializar vitaminas. Vejam as indicações da nutricionista funcional, Elaine de Pádua, da clínica DNA Nutri, de São Paulo, que mostra alguns pares perfeitos na dieta alimentar:

Feijão com vitamina C (limão, laranja, acerola ou caju)
A quantidade de ferro obtida por alguns alimentos é muito pequena sem a ajuda da vitamina C. O feijão, por exemplo, é rico em ferro, porém, nosso organismo só consegue absorver cerca de 10% desse mineral. Se vier acompanhado de um alimento rico em vitamina C, como um suco de frutas cítricas, a absorção poderá aumentar até 40%, por conta das reações químicas que ocorrem em nosso organismo. Assim, essa combinação é uma ótima aliada para quem quer evitar a anemia. Nota do blog: é interessante que esse suco seja bebido, no mínimo, meia-hora antes da refeição, já que não é indicado o consumo de líquidos durante a mesma.

Feijão com arroz
A combinação dos dois é perfeita e um complementa o outro. O arroz é pobre no aminoácido lisina (um dos componentes da proteína), que é encontrado em grande quantidade no feijão. Já a metionina (ajuda no crescimento ósseo e na formação de colágeno) é pobre no feijão, mas tem de sobra no arroz. Além disso, a dupla também equilibra o índice glicêmico. Enquanto o arroz sozinho, principalmente o polido (arroz branco), pode disparar as taxas de açúcar e insulina na circulação, o feijão tem o poder de conter esse efeito, o que faz a glicose ficar estabilizada. A mistura é, portanto, bem-vinda para manter a glicemia em níveis adequados e diminuir o risco de diabete no futuro.

Banana com canela
Uma boa ideia seria adicionar a canela em preparações com alto teor de carboidratos como, por exemplo, arroz, doces e banana, pois ela diminui o tempo de esvaziamento gástrico, bem como o da glicemia, após ingestão de uma refeição. A combinação dela com a banana, além de ser saborosa, evita a compulsão por doces e chocolates, principalmente no período da tarde. Além disso, a banana contém magnésio e potássio, essenciais para evitar os beliscos em geral.

Iogurte com fibras (probióticos e prebióticos)
Os prebióticos são considerados fibras alimentares, que estimulam bactérias "benéficas" presentes no intestino. Já os probióticos são definidos como micro-organismos viáveis, presentes em alimentos como iogurtes e leites fermentados, que afetam beneficamente a saúde do hospedeiro por promoverem o balanço da flora intestinal, sendo fundamentais para uma boa colonização. Por isso, para quem quer evitar o acúmulo de gordura abdominal pode investir nesta combinação.

Ovo com azeite
O ferro existente no ovo possui uma baixa biodisponibilidade, ou seja, as substâncias presentes nele (quelantes) formam com o ferro compostos insolúveis que não são absorvidos. Mas a gordura, como o azeite, melhora a absorção do ferro e das vitaminas A e D.

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