A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!

Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Torta da Vovó


“A certificação mais bonita que existe é a do olho do agricultor. A gente vai à feira, olha no olho do agricultor e tem certeza que aquele produto é orgânico”. palavras, pronunciadas pelo produtor de arroz biodinâmico no município gaúcho de Sentinela do Sul, João Volkmann, durante evento ecológico.

Bonitas palavras, mas está ficando difícil de acreditar na autenticidade e na confiabilidade dos produtos dito NATURAIS e/ou ORGÂNICOS...

Confesso que ando meio desiludida, desconfiada (paranóica?) e avaliando tudo com uma lupa, feito um Sherlock Holmes naturalista... é que venho de uma época em que NATURAL era NATURAL, simplesmente, quando a produção era pequena porque poucos eram os consumidores; então era "meia dúzia de gatos pingados"que plantavam sem agrotóxicos ou comercializavam cereais integrais, araruta de verdade, shoyu e missô sem transgenia, comidinhas naturebas feitas em casa mesmo, sem a mão da indústria mexendo nas panelas.

Lembro de uma charge relacionada a isso, não recordo a fonte: falava sobre as tortas da Vovó, uma senhora simples e natureba que vivia numa casinha simpática, rodeada de flores e uma pequena horta e lá fazia algumas tortas maravilhosas por dia, colocava-as na janela para esfriarem e o aroma se espalhava pela redondeza; assim, ela começou a atrair clientes, que vieram comprar aquelas gostosuras; mas a clientela foi aumentando e a Vovó começou a ficar maluca para atender tantos pedidos, contratou algumas ajudantes, depois passou para um prédio maior, onde já haviam fogões industriais e onde todo mundo colocava a mão na confecção das tortas, menos a Vovó, que transferiu-se para um moderno escritório, sentada à uma escrivaninha, vestida como uma executiva, dirigindo sua empresa Tortas da Vovó!
Desnecessário dizer que essas tortas já não tinham mais nada a ver com o sabor original daquelas tortas deliciosas, feitas com tempo, dedicação e carinho especial, além dos ingredientes escolhidos com cuidado... certamente, já terão conservantes, aromatizantes, frutas enlatadas, cereais desvitalizados e outras modernidades!




Por isso, reafirmo que nós temos que fazer nossas "Tortas da Vovó", ou seja, se queremos qualidade na alimentação, temos que buscar os melhores ingredientes e fabricar gostosuras saudáveis em nossas cozinhas.

Ah, mas e tempo para isso? Não é mais prático e rápido atirar um prato congelado para dentro do microondas, aguardar 3 minutos e comer? Ou abrir um pacote de qualquer coisa mastigável e pronta e mandar ver?

Só posso responder que cada um estabelece suas prioridades... se cuidar da saúde ainda não é a prioridade número um na sua lista, quando ela faltar, todos os demais itens serão desnecessários ou não poderão ser cumpridos.


Também não significa que tenhamos que voltar no tempo para ter uma boa alimentação, mas que precisamos, com urgência, resgatar alguns procedimentos relacionados à dieta alimentar que ficaram perdidos, esquecidos, sufocados por novos e pouco saudáveis hábitos. E já sabemos (estudos são publicados diariamente) que a maior parte das doenças degenerativas que pululam em nossa civilização, são causadas pela alimentação desequilibrada e artificial que tomou conta do cotidiano dos seres humanos.

5 comentários:

Carla disse...

É duro, mas é verdade... Só posso concordar!
E tem mais: as melhores lembranças da infância eram as festas de família, com as coisas preparadas pela minha avó: ela ficava um tempão na cozinha, e a gente não se cansava de esperar pra depois saborear, tanto os doces quanto os salgados... Dá pra sentir o sabor e o clima festivo só de lembrar! Hoje em dia eu me pergunto: do que as crianças de hoje em dia vão lembrar?
Tá, eu dou a mão à palmatória: tenho alguns congelados de reserva, pra uma emergência, se chegar alguém sem avisar, e quase sempre almoço fora, pois trabalho o dia inteiro, e blá, blá... mas, quando dá, me esforço um pouquinho: dá pra escolher um restaurantezinho com comidinha caseira, muito verde, frutas etc...
Enfim, pra indústria não nos engolir e não nos entupir com falsos alimentos...
Bjs, e um ótimo final de semana!

Corticeira disse...

adorei seu blog!!! bjos!!
Karen

Vera Falcão disse...

Carla, todo mundo comete seus pecadilhos, vezenquando, não? mas, sinceramente, não sei como as pessoas aguentam o gosto dos congelados, pra mim parece gosto de papelão (isso que nunca comi papelão, mas acho que deve ter esse sabor... rssssss). bjo

Vera Falcão disse...

karen querida, valeu pela visita, volte outras vezes! bjo

Bernadeth Rocha disse...

Vera, com certeza ficarei lisonjeada se usar imagens de meus quadros...visite meu site para conhecer outras obras. um abraço
www.bernadethrocha.com