A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!

Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Achocolatado feito em casa


O famoso achocolatado Toddynho, um dos prediletos da gurizada, causou problemas aos seus consumidores:

"O tradicional achocolatado Toddynho, fabricado pela Pepsico, foi retirado das prateleiras dos supermercados em algumas cidades do Rio Grande do Sul por conta de um suposto problema na bebida que estaria causando queimadura nos consumidores. Pelo menos quatro pessoas da Região Metropolitana - moradores de Canoas, São Leopoldo e Porto Alegre - se queixaram de ardência na boca e na garganta.

Conforme o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), os lotes com problema são os de número 43206:08 e 43206:09, data de validade 19/02/2012. Amostras estão sendo analisadas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).

Os primeiros resultados da análise já indicam um PH de 13,3, alcalino, considerado um índice muito alto para um alimento. Com isso, o CEVS emitiu um alerta às autoridades sanitárias regionais e municipais de todo o Estado solicitando a interdição cautelar de todos os lotes do produto.

A Anvisa também foi comunicada e um alerta epidemiológico encaminhado para todas as Coordenadorias Regionais de Saúde e ao Centro de Informações Toxicológicas. Em caso de suspeita de outras ocorrências, o disque-vigilância 150 está disponível para a população.

Após contato do Jornal do Comércio, a Pepsico encaminhou uma nota sobre o assunto. O texto diz o seguinte: “A Pepsico esclarece que tomou conhecimento de alteração na qualidade de cerca de 80 unidades de 200ml de Toddynho Original, comercializadas na Região Metropolitana de Porto Alegre. A empresa imediatamente tomou as ações cabíveis para retirar estas unidades de circulação e conta com uma equipe de profissionais mobilizada para dar informações aos consumidores, pelo telefone 0800 703 2222”.


Fonte (30/09/11): Toddynho é recolhido dos supermercados gaúchos

Mais um motivo para desprezar os alimentos industrializados... para fazer um achocolatado caseiro é muito simples: escolha um dos leites vegetais (o de aveia é delicioso e facílimo de fazer), junte uma colher de cacau em pó (ou alfarroba em pó) e adicione melado ou açúcar mascavo. Misture bem e pronto! Se quiser, pode bater a mistura no liquidificador, pra ficar com cara de milkshake!

Quanto à conservação, caso seu filho queira levar o achocolatado para a escola, basta colocá-lo numa garrafinha térmica ou por a vasilha com ele numa lancheira térmica - esse leite tem uma duração bem maior do que o leite animal.

Além da possibilidade de intoxicação, vejam também pelo lado nutricional o prejuízo que causam esses produtos industrializados comumente oferecidos às crianças: "Bolinhos e achocolatados industrializados são ricos em gorduras, sódio e açúcar, além de muito pouco (ou quase nada) acrescentarem de nutrientes importantes"

A perua escolar está buzinando na porta de sua casa. Para variar, as crianças acordaram atrasadas e você precisa correr para preparar o café-da-manhã e a lancheira. Dá um achocolatado pronto para cada filho tomar pelo caminho e coloca um bolinho de chocolate dentro das malas, junto com outro achocolatado, para comerem na hora do recreio.

Com a enxurrada de produtos industrializados comuns na alimentação de muitos brasileirinhos, não espanta a epidemia de obesidade que atinge o país desde os anos 80, trazendo consigo outras doenças crônicas. Entre 1982 e 1993, o número de crianças acima do peso teve um aumento de 40% no município de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Atualmente, a estimativa é de que mais de 16% dos jovens estejam acima de seu peso ideal no Brasil. Nos Estados Unidos, esse número chega a 25% das crianças entre 6 e 17 anos.

Sem que os pais se dêem conta, um lanche escolar com achocolatado pronto e um bolinho corresponde a um terço da energia que os filhos (entre 4 e 6 anos) podem consumir diariamente. Se tiverem menos de 3 anos, essa quantidade de comida chega a quase metade de tudo o que precisam para brincar durante um dia inteiro. E o pior: sem acrescentar nutrientes essenciais para manter sua saúde.

É claro que se os pais tivessem mais tempo para preparar refeições e as crianças não fossem submetidas a tantos apelos consumistas, a alimentação poderia ser melhor. Mesmo assim, é possível ir em busca de informações e tornar a dieta dos pequenos mais equilibrada. Isso requer trabalho e paciência, já que os rótulos nutricionais nem sempre trazem dados claros e deixam o consumidor confuso sobre qual produto é melhor para a saúde do seu filho.

Informações confusas
O Idec analisou o rótulo de 18 bolinhos e 24 achocolatados prontos, entre os mais consumidos no país. A pesquisa foi feita em parceria com a nutricionista Renata Maria Padovani, do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação da Universidade Estadual de Campinas (Nepa/Unicamp). Um dos dados mais chocantes é a desinformação prestada pelos fabricantes nas embalagens dos produtos.

Crianças com até 3 anos de idade têm necessidade diária de 1.050 kcal; entre 4 e 6 anos, de 1.450 kcal; e entre 7 e 10 anos, de 1.750 kcal. Confira aqui a tabela com a quantidade de todos os nutrientes recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Como os produtos pesquisados são especialmente consumidos por crianças, deveriam trazer dados relativos ao consumo determinado para a sua idade. No entanto, grande parte apresenta a recomendação para adultos, que é de 2.000 kcal diárias.

Dentre os bolinhos analisados, apenas três têm rótulo para crianças: os Gulosos (sabores brigadeiro e baunilha com chocolate), da Bauducco, usam como referência uma dieta de 1.750 kcal, e o Toddynho brigadeiro, da Pepsico, utiliza o valor de 1.450 kcal diárias.

Em relação aos achocolatados, a situação não é melhor: apenas os diferentes sabores de Toddynho se baseiam em dieta de 1.450 kcal; e o Kapo de chocolate, da Coca-Cola, e o Longuinho de chocolate, da Long, se baseiam em dieta de 1.750 kcal. Nas embalagens dos produtos da Vigor (Vig Nutri e Choco Leco), a informação nutricional é baseada em uma dieta de 2.000 kcal, porém a empresa enviou ao Idec novas embalagens, que devem chegar ao mercado nos próximos meses, em que considera 1.750 kcal como a ingestão diária recomendada.

Mas muitos produtos continuarão usando 2.000 kcal como referência, e isso confunde o consumidor. Ninguém é obrigado a decorar qual a recomendação diária de nutrientes apropriada para a idade de cada um de seus filhos. Só que é preciso ficar atento na hora da escolha, para não achar que as quantidades recomendadas aos adultos se equivalem às infantis.

Há ainda casos em que a informação nutricional traz dados falsos e ainda mais confusos. Os achocolatados Nestlé são os que pior informam sobre a quantidade de nutrientes para crianças. O Nesquik (de todos os sabores) possui duas tabelas de valor nutricional e indica que a primeira é para crianças de 4 a 6 anos, e que a segunda é para as que estão na faixa dos 7 aos 10 anos. No entanto, usa valores de referência de 2.000 kcal para as duas, que são indicados para adultos.

A confusão não pára aí. Se fizermos as contas da quantidade indicada de carboidratos no rótulo (31 gramas = 10% do valor diário), a porcentagem anunciada está errada, pois se aproxima mais do valor recomendado para uma dieta adulta (300 gramas). Já no caso das proteínas, os valores de referência são os indicados para crianças com idade entre 4 e 6 anos (1.450 kcal) e entre 7 e 10 anos (1.750 kcal), respectivamente. Tudo em uma mesma tabela de informação nutricional. Como uma mãe pode calcular os nutrientes ingeridos por seu filho se no rótulo, única fonte em que poderia se basear, há informações tão deficientes?

O caso do Danete chocolate, da Danone, é ainda pior, pois o achocolatado não declara a quantidade de gordura trans do produto. Essa informação é obrigatória desde agosto de 2006, de acordo com a resolução 360/03 da Anvisa. Já no Chocky, da marca Nilza, o rótulo traz a informação de 15 gramas de gordura trans. O correto, porém, seria 1,5 grama (uma enormidade). A empresa afirmou que já está corrigindo a rotulagem.

A culpa de tanta confusão, no entanto, não é apenas das empresas. A Anvisa, que deveria organizar a situação, não possui regulamentação que obrigue os fabricantes a utilizarem os valores recomendados para crianças em seus rótulos. Ainda por cima, a tabela recomendada pela agência emprega valores diários de sódio que foram determinados em 1989, bastante ultrapassados atualmente, segundo os nutricionistas contatados pela Revista do Idec.

Portanto, o consumidor não pode se sentir seguro com as informações fornecidas nas embalagens por nenhum dos lados. O melhor, sempre, é preferir produtos que apresentem dados mais abrangentes e claros. Assim, o consumidor incentiva, de alguma forma, os fabricantes de outras marcas a respeitarem o direito das pessoas à informação clara e precisa, como assegura o artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor (CDC).


Leia o restante dessa matéria aqui: A hora do lanche

Atualizando: Toddynho sabor detergente... num supermercado perto de você!

Toddynho saiu de fábrica na Grande São Paulo com detergente

7 comentários:

Ingrid Prouvot disse...

Oi Vera, quanto tempo!

Passo por aqui sempre, e esse seu artigo de hoje me chamou a atenção, pois tenho lido bastante sobre isso desde que mudei meus hábitos alimentares. E mais ainda depois que tive meu segundo filho, que hoje está com 1 ano e 4 meses.
Apesar de toda a preocupação para formar bons hábitos no bebê, encaro constantemente as "caras feias" e expressões como "tadinho", ou "mas ele não pode nem experimentar?", e não consigo mostrar às pessoas que não estou fazendo mal nenhum a ele com esses meus cuidados. E olha que eu nem me acho tão radical assim.

O fato é que já me arrepio só de imaginar como vai ser quando ele for pra escolinha. Não estou planejando isso ainda, já que por hora tenho o privilégio de poder ficar com ele o dia todo, e isso é ótimo, mas uma hora esse dia vai chegar, né?

Como você fez com a sua filhota, Vera?

Beijos com muito carinho,

Ingrid Prouvot

Angélica Roz disse...

Pois é Vera!! Que horror isso do Toddynho! Vi hoje no jornal. O.o
É cada coisa que acontece... :(
Bjss!

Vera Falcão disse...

Sinistro, não? é aquele tratamento carinhosos e individualizado que a indústria fornece ao consumidor, né? hehe
Eu não corro o risco pq não bebo leite, mas penso nas pobres e inocentes criancinhas... Beijo!

Vera Falcão disse...

Oi, Ingrid, que bom te rever! Essa turma do contrário, realmente, é uma pedra no sapato, mas enfim, nossos filhos têm que cair no mundo e voar, mas podemos fazer a bagagem pra ajudá-los na viagem, né? rs... aquela história que "é de pequeno que se torce o pepino" é verdadeira, se a criança for criada com determinados hábitos, eles ficarão arraigados nela. Claro que eles vão querer experimentar os lixinhos oferecidos, até por pura curiosidade infantil, mas não vão gostar muito, porque o paladar deles é diferente, não intoxicado por químicos e reage negativamente aos excessos de corante e outros antes... Faça lanches gostosos, coloridos e atraentes, pra ele não ficar sentindo-se um ET entre terráqueos e, principalmente, que sejam "parecidos" com os das outras crianças, por exemplo, um "bolo de chocolate" feito com cacau, mascavo, leite de aveia e uma bela cobertura natureba! Minha filha comia seus lanches bem contente e não se interessava pelos alheios; nas poucas vezes que experimentou, cuspiu fora... rs... muito açúcar arde na garganta de quem não está acostumado, até hoje ela não gosta de "doces comuns", só os naturebas (aliás, ela não gosta muito de doces mas adora frutas!). Então é isso, comidinhas gostosas e bem apresentadas serão sempre bem-vindas às crianças (se entrares na tag Gurizada vegetariana, vais encontrar muitas receitas infantis, inclusive para festas).

Beijos!

. disse...

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