A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!

Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

"Leites vegetais" para bebês e crianças pequenas


De início, encontramos um obstáculo para a denominação "leites vegetais", já que a maioria dos defensores do consumo de leite animal e fórmulas infantis feitas com ele, não consideram tal alimento, pois afirmam que não existe extração de "leite" de grãos, sementes ou castanhas.
Baseada nisso, cheguei a criar a sigla PVL - Proteína Vegetal Líquida - para nomear os "leites vegetais", mas na verdade, pouco importa como os chamemos, o que é verdade é que eles funcionam como fonte de proteína e cálcio para quem não quer consumir produtos animais.

Então, os opositores vão ter que engolir a funcionalidade dos leites vegetais (a partir de agora, vou tirar as aspas do termo no texto, aceitando plenamente a validade deles como leite!).

No tópico O que é "leite vegetal" ou PVL?, apresento a noção e composição desses leites e como podemos introduzi-los na alimentação dos pequenos.

A principal diferença entre o uso dos leites para adultos e pequenos é a dosagem: usamos menos quantidade dos ingredientes e oferecemos menos vezes ao dia, além de buscar variedade, à medida que testamos cada novo alimento. Temos que ter cuidado com a ingestão diária de fibras, pois além das existentes nos leites, temos as das verduras, frutas, legumes e cereais constantes nas papinhas, que logo começarão a ser também ingeridas. Excesso de fibras altera a excreção, podendo causar diarréia e também elimina nutrientes.
Se possível, a mamãe deve continuar também oferecendo seu leite até a criança completar dois anos de idade, muitas receitas podem contar com o LM entre seus ingredientes (nas papinhas, nos mingaus, nos cremes e outras preparações).

Conforme descrito no tópico citado, dei à minha filha, incialmente o leite de grãos cozidos, como prega a macrobiótica, utilizando os resíduos para fazer as primeiras papinhas: uma colherada dos resíduos, adicionada a um legume de cada vez, como a cenoura, chuchu, abobrinha, abóbora okaido, batata...
Aqui entra outra grande polêmica: crus ou cozidos? Como há pouca literatura sobre leites vegetais crus para bebês e, consequentemente, pouca informação sobre como eles reagem aos leites crus em tenra idade, preferi iniciar com o cozido e depois, fui experimentando os crus, com cautela, principalmente no uso das castanhas e amêndoas, que podem causar alergias (usamos aqui uma quantidade mínima, meia castanha ao dia, para começar).
Dentro dessa polêmica, sigo a regra de oferecer alimentos crus e depois os cozidos, para evitar a leucocitose.

Os leites devem ser oferecidos um de cada vez, dando um tempo para verificar possíveis reações (4 dias, no mínimo) e não introduzindo nenhuma outra novidade nesse momento, pois como saberemos se foi x ou y que causaram aquele problema intestinal ou as bolinhas que apareceram na pele do filhote?
Então, em todas as receitas de leites vegetais apresentadas aqui no blog (com exceção do leite de grãos, que já está balanceada para os pequenos), use sempre a metade dos ingredientes sugeridos e comece com os leites de aveia e de arroz, indo aos poucos, usando os demais, quando a criança já estiver perto de completar um ano (o ideal é que bebês menores de 2 anos consumam duas colheres de sopa de aveia diariamente). As sementes de linhaça e gergelim germinadas, por exemplo, usamos apenas uma colherzinha de chá delas ao dia. Se algum deles não for bem aceito, suspenda e experimente, de novo, quando ela já for maiorzinho.
Mais tarde, podemos fazer combinações, leite de aveia com gergelim, por exemplo, que como tem um gosto meio exótico e amarguinho, não é muito bem aceito pela gurizada; mas basta incrementá-lo que torna-se gostoso e é uma grande fonte de proteína e cálcio. Outra opção é colocar no leite de arroz um pedacinho de castanha ou amêndoa hidratada. Também podemos ir acrescentando frutas e fazendo vitaminas no liquidificador.

Um detalhe importante: nunca usei mamadeira, dei às colheradas, usando uma colherzinha pequena e depois já iniciei o uso do copinho, principalmente porque minha caçula só parou de mamar ao peito com quase dois anos.

É isso, gurias!

6 comentários:

Anônimo disse...

Olá! Adorei as informações sobre leites vegetais... Gostaria de saber se posso introduzir na alimentação da minha filha leite de aveia (ela tem 1 ano e 3 meses e infelizmente não mama mais no peito) Obrigada!

Vera Falcão disse...

Sim, mas não exagere na quantidade, porque a aveia tem muita fibra. Experimente vários, um de cada vez, deixando um espaço para observar como são aceitos pelo organismo dela e depois faça combinações ou acrescente frutas etc. Abraço!

MOnalisa disse...

Olá Vera, obrigada pelas informações. Estou pesquisando bastante para introduzir alimentos melhores na alimentação do meu bebezinho de 10 meses (Não mama mais no peito).
Abraços,
MOnalisa

Vera Falcão disse...

Espero que faças boas escolhas, sucesso na pesquisa, abraço e uma beijoka no baby!

Viviane de Lima disse...

Qual a validade do leite vegetal feito em casa?! :D

Vera Falcão disse...

No máximo, 3 dias mantido na geladeira. Particularmente, prefiro fazer pouca quantidade, diariamente.