
Com o avanço dos alimentos transgênicos, que, infelizmente, parece que vieram para ficar, mesmo não havendo estudos suficientes e conclusivos sobre eles e havendo muitos estudos comprovando sua interferência negativa sobre a Natureza, várias das opções que utilizava tiveram que ser reavaliadas e mudadas.
Uma delas é o óleo de cozinha.
O de soja, mesmo antes dela ter se tornado quase 100% transgênica em nosso país (alguns agricultores solitários ainda batalham pela soja convencional), já não usava, porque como informei em outro post, a soja não é aquela maravilha que querem nos empurrar goela abaixo - leiam em:
http://cozinhanatureba.blogspot.com/2008/11/soja-um-mito-vegetariano.html.
Como estão plantando milho e algodão transgênicos, ambos os óleos também estão entrando nessa dança.
A canola não é uma criação da Natureza - se a energia divina nos entregou tantos alimentos (a diversidade biológica) - não sei porque iria me alimentar de uma planta frankenstein. Um pequeno texto sobre ela, retirado do site do Greenpeace:
A canola, ou "colza" em francês, também chamada "rapeseed" na Europa, foi deselvolvida em um dos programas de melhoramento genético do governo canadense nos anos 60, como alternativa para a produção de óleo vegetal.
Há duas 'subespécies' de canola, a argentina e a polonesa, também modificadas por melhoramento para seus ambientes de plantio.
No Canadá, a canola foi uma das primeiras culturas geneticamente modificadas (em 1998), basicamente para resistir a herbicidas (Roundup, Liberty Link e Clearfield), e aumentar a produção.
Por conta da facilidade de reprodução, com milhares de sementes produzidas por planta de canola, seu controle é muito difícil. Soma-se a isso o fato de ser resistente a herbicidas, o resultado foi que a maior parte da canola canadense hoje é transgênica. Além disso, a canola transgênica se tornou, ela mesma, uma "erva daninha" para produtores de outras culturas, pois se reproduz rapidamente e resiste a herbicidas.
O arroz está a um passo de cair na transgenia - em recente audiência pública, a maioria posicionou-se contra a entrada do arroz LL62 no nosso solo (mas acompanhando a trajetória dos alimentos transgênicos no Brasil, observamos que havia uma ferrenha oposição, principalmente do governo do estado do Rio Grande do Sul, mas foi só uma questão de tempo para que as multinacionais vencessem no cansaço e através do poder econômico - não esquecendo que uma das promessas de campanha de Lula era "Brasil Livre de Transgênicos"...). Ambientalistas, produtores e cientistas deixaram claro nessa reunião que a variedade geneticamente modificada não trará benefícios. Como disse, isso já ocorreu anteriormente, mas a Monsanto, a Bayer e outras empresas continuaram avançando incansavelmente. Creio que deveria haver maior manifestação do consumidor para que a oposição funcionasse, já que sem demanda não há produção - logo, se ninguém quisesse consumir trangênicos...
Se a rotulagem dos transgênicos, que já foi aprovada por lei, estivesse sendo posta em ação, poderíamos saber de quais marcas deveríamos fugir - mas como isso ainda não está acontecendo (as leis são criadas mas não cumpridas), na dúvida, melhor não consumir nenhum desses óleos.
Então, restou (por enquanto) o óleo de girassol.
E descobri uma combinação excelente: girassol + oliva = Olivíssimo.
Não é muito barato, mas compensa pela mistura saudável e pelo sabor agradável.
Esse óleo uso para cozinhar (é aquecido) - o azeite de oliva, o óleo de linhaça, de coco, de semente de uva, de gergelim - crus, para não desperdiçar nadinha do seu potencial.