A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!
Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!
Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!
domingo, 28 de dezembro de 2008
Indian Summer Punch (Ponche do verão indiano)
Sou apaixonada pela cozinha indiana, principalmente pelo uso intenso das especiarias.
Selecionei essa receita do livro "Arqueologias Culinárias da Índia", da historiadora, arqueóloga e museóloga Fernanda de Camargo-Moro; já experimentei várias e tive que fazer algumas adaptações, pois nem sempre é possível conseguir todos os ingredientes e também, às vezes, a quantidade de especiarias (principalmente as pimentas) torna o prato"exótico" demais para nosso paladar ocidental. Mas procuro manter o máximo de fidelidade na minha interpretação e execução das receitas.
Escolhi essa bebida para a noite de Ano Novo, que, provavelmente, estará irradiando calor tropical.
As Frutas
1/2 xícara de pedaços de manga picados
1/2 xícara de pêssegos doces picados (se conseguir abricós...)
1 xícara de suco de lima ou de grapefruit
As Especiarias, Condimentos, Ervas e Outros
2 CS de açúcar mascavo
1 CS de gengibre ralado ou 1/2 CS de gengibre em pó
folhinhas de hortelã para enfeitar
1 garrafa de soda (gás)
cubos pequeninos de gelo
copos longos
Como fazer
Reserve a soda e passe na peneira ou no processador ou outros ingredientes, misturando bem.
Preencha os copos em 1/3 com as frutas batidas e complete com a soda.
Misture com um garfo comprido ou misturador de punch.
Enfeite com as folhinhas de hortelã e sirva.
Com essa esfuziante bebida, faço meu brinde de Ano Novo, desejando a todos um 2009 com fartura de alimentos, amor, solidariedade, fraternidade e energia! Júpiter vai instalar-se no signo de Aquário e essa configuração astrológica promete inspirar e realizar muitas das nossas esperanças de paz e harmonia!
A "indiana" da foto é minha filha caçula de 9 anos, Ísis. Nós amamos a Índia! rs...
Hambúrguer de lentilhas
Ingredientes
1 xícara de lentilhas
400 g de cogumelos
2 CS de azeite de oliva
1 cebola pequena picada
1 cenoura crua ralada
1/4 xícara de pão integral esfarelado
1/2 xícara de aveia fina
2 CS de shoyu
2 CS de salsa picada
1 clara de ovo caipira ou uma CS de gel de linhaça
sal marinho e pimenta a gosto
Como fazer
Deixe a lentilha de molho na água, na véspera. Lave bem os grãos e cozinhe em duas xícaras de água até que estejam macios, mas não demais: é importante que os grãos fiquem firmes (leva mais ou menos 30 minutos, talvez seja necessário adicionar um pouquinho mais de água ao cozimento), pois se amolecerem e ficarem encharcados, não se consegue modelar o hambúrguer sem juntar um excesso de farináceos, o que o deixa pesado e com o sabor alterado. Escorra bem as lentilhas e reserve.
Refogue a cebola no azeite até dourar. Acrescente os cogumelos picados e refogue até todo o líquido evaporar. Deixe esfriar.
Numa tigela, junte as lentilhas, a mistura de cogumelos, a aveia, a cenoura e a salsa. Acrescente a clara batida levemente (ou o gel de linhaça) e depois, o shoyu.
Tempere com o sal e a pimenta, acrescentando o pão esfarelado, aos poucos, para dar liga. Coloque essa massa na geladeira por uma hora.
Molde os hambúrgueres e grelhe.
Se quiser, faça um molho de tomates para acompanhar.
1 xícara de lentilhas
400 g de cogumelos
2 CS de azeite de oliva
1 cebola pequena picada
1 cenoura crua ralada
1/4 xícara de pão integral esfarelado
1/2 xícara de aveia fina
2 CS de shoyu
2 CS de salsa picada
1 clara de ovo caipira ou uma CS de gel de linhaça
sal marinho e pimenta a gosto
Como fazer
Deixe a lentilha de molho na água, na véspera. Lave bem os grãos e cozinhe em duas xícaras de água até que estejam macios, mas não demais: é importante que os grãos fiquem firmes (leva mais ou menos 30 minutos, talvez seja necessário adicionar um pouquinho mais de água ao cozimento), pois se amolecerem e ficarem encharcados, não se consegue modelar o hambúrguer sem juntar um excesso de farináceos, o que o deixa pesado e com o sabor alterado. Escorra bem as lentilhas e reserve.
Refogue a cebola no azeite até dourar. Acrescente os cogumelos picados e refogue até todo o líquido evaporar. Deixe esfriar.
Numa tigela, junte as lentilhas, a mistura de cogumelos, a aveia, a cenoura e a salsa. Acrescente a clara batida levemente (ou o gel de linhaça) e depois, o shoyu.
Tempere com o sal e a pimenta, acrescentando o pão esfarelado, aos poucos, para dar liga. Coloque essa massa na geladeira por uma hora.
Molde os hambúrgueres e grelhe.
Se quiser, faça um molho de tomates para acompanhar.
Dicas:
Pode-se substituir, no todo ou em parte (metade), os cogumelos por palmitos picadinhos, cenouras ou berinjelas levemente cozidas, no formato de cubinhos ou azeitonas, cortadas em lascas miúdas; quando usar a cenoura em cubinhos, substitua a cenoura ralada da receita, por uma beterraba crua ralada; assim, variamos os ingredientes e o prato também não fica tão caro.
sábado, 27 de dezembro de 2008
Sorbet
Iguaria criada na França para ser servida entre as refeições, com a intenção de limpar o paladar.
É um tipo de sorvete feito à base de água e frutas (suco ou purê) e sua textura é macia.
Não há gordura na sua composição.
Receita básica
1. No copo do liquidificador, desmanche a fruta da sua preferência.
2. Numa panela esmaltada, junte água e açúcar e leve ao fogo para dissolver o açúcar, até caramelar.
3. Retire da panela e coloque na geladeira por uma hora.
4. Quando o caramelo estiver totalmente frio, misture com a fruta desmanchada no liquidificador, acrescente suco de um limão e bata bastante.
5. Deixe gelar por mais uma hora no congelador e bata novamente; pode repetir esse passo, se quiser mais cremosidade.
Quantidade dos ingredientes:
Frutas - 1 xícara da fruta já esmagada
Água e açúcar - 1/2 xícara de cada um (aproximadamente)
Limão - uma unidade
Sorvete Natureba
Ingredientes
1 pedaço de fava de baunilha cortada ao meio, no sentido longitudinal
2 xícaras de leite vegetal (uso o de aveia)
1/4 xícara de açúcar mascavo
3 CS de tahine
1 xícara de castanhas trituradas
1 cc de canela em pó
1 CS de agar-agar
Como fazer
Ferva o leite com a fava de baunilha por alguns minutos e deixe esfriar completamente. Retire a fava e dissolva a gelatina no leite, aos poucos, colocando para ferver, mexendo sempre para não encaroçar. Quando engrossar, desligue o fogo.
Bata as castanhas no liquidificador com o leite frio.
Junte à mistura os outros ingredientes, deixando o tahine para o final. Bata novamente, até que fique um creme encorpado.
Leve para o congelador e siga o processo de bater a cada duas horas, para conseguir a consistência ideal de um sorvete.
Sorvete de tâmaras
Ingredientes
3 CS de cacau em pó ou alfarroba
3 CS de açúcar mascavo
4 bananas nanicas maduras
2 CS de tahine
2 CS de leite de aveia
1 xícara de tâmaras secas
Como fazer
Bata todos os ingredientes no liquidificadpr e leve para congelar.
Após duas horas, retire do gelo e bata a mistura, retornado-a ao congelador.
Refaça esse processo mais uma ou duas vezes.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Verão tem cara de sorvete!
Chegando o calor, um dos primeiros desejos que afloram é o de comer um sorvete: geladinho, cremoso e com sabor de frutas.
A diferença entre um picolé e um sorvete encontra-se no tamanho dos cristais de gelo; no picolé, os cristais são grandes e no sorvete, acontece o oposto: os cristais são pequenos.
Por isso, o picolé congela independente no freezer e o sorvete, tem que ser batido várias vezes para que congele adequadamente e fique macio. O ideal é colocá-lo para congelar e a cada duas horas, bater a mistura e devolver para o gelo. Quanto mais batido for, melhor ficará sua consistência.
Para criar um picolé, basta fazer um suco: bater a fruta no liquidificador e pôr para gelar. Esperamos o tempo necessário, sem intervir.
A execução do sorvete exige mais de nós.
A maneira mais simples de fazer um sorvete vegetariano é pegar a fruta madura, congelá-la e bater no processador. Sendo bem madura, não precisa de adoçantes.
O jeito um pouquinho mais sofisticado: adicionar à fruta escolhida (banana, manga, morango, mamão etc, preferencialmente orgânica), inhame cru e descascado e um pouquinho de leite de aveia ou de amêndoas (pela minha experiência, são os que deixam o sorvete mais gostoso). Bater no processador ou liquidificador e congelar. Siga o método de bater a cada duas horas, para ganhar a cremosidade.
É importante dizer aqui, que existem no mercado inúmeras substâncias artificiais (emulsificantes) que tornam o processo mais rápido. Porém, temos o mesmo resultado ao congelar e bater várias vezes, o que pode significar mais "trabalho", mas ganho em alimentação saudável.
Aumentando a elaboração: utilizamos a agar-agar, gelatina de algas.
Escolhemos a fruta, o adoçante (se necessário), cacau em pó (se desejarmos) e uma colher de sopa de agar-agar, dissolvida em 4 colheres de água quente. Batemos tudo no liquidificador, colocamos no freezer e a cada duas horas, batemos, até ficar na consistência ideal.
Já experimentei usar também um mingau ralo de araruta e água (ou leite vegetal), deixar esfriar e adicionar aos outros ingredientes no liquidificador.
No máximo, se refaz o processo de congelar e bater, três vezes (depende da textura da fruta; por exemplo, o sorvete de abacate fica pronto mais rapidamente).
O sorvete das fotos foi feito com manga, inhame e leite de aveia; como cobertura, coco ralado e melado.
Salada de 7 cereais integrais
Ingredientes
1 xícara de mistura de 7 cereais integrais (existem várias marcas no comércio)
8 bastões de kani kama
½ cenoura ralada
½ xícara de ervilhas
1 colher CS de gengibre ralado
1 colher CS de cebola bem picadinha
Para o molho
100 g de tofu
2 CS de azeite de oliva
1 colher de sobremesa de molho inglês
1 CS de aceto balsâmico
sal marinho, pimenta
Para acompanhar
Rúcula temperada com sal, azeite e aceto balsâmico
Como fazer
Cozinhe a mistura de cereais em 4 xícaras de água fervente e uma pitada de sal marinho. Deixe a panela semitampada. Quando estiver cozido, reserve para esfriar.
Enquanto isso, pique o kani em pedacinhos, rale a cenoura, pique também a cebola. Misture tudo aos cereais já frios. Junte as ervilhas e o gengibre.
Num liquidificador, bata por alguns segundos os ingredientes do molho até virar uma maionese. Tempere a salada e prove. Acrescente mais algum tempero, se faltar, conforme seu gosto. Deixe curtir o tempero por uns 15 minutos, na geladeira.
Nota: as misturas de 7 cereais são compostas, geralmente, por arroz integral, aveia integral, cevada, triticale, centeio, trigo integral e arroz selvagem.
Salada fresca de melancia
Ingredientes
½ maço de salsa
½ maço de hortelã
½ cebola roxa média fatiada fina
10 azeitonas pretas (da mais encorpada)
2 fatias médias de melancia
2 fatias grossas de tofu ou ricota
suco de 1 limão
azeite de oliva
sal marinho
pimenta-do-reino (opcional)
Como fazer
Deixe as fatias de cebola marinando no suco de limão por uns 15 minutos.
Pique grosseiramente a salsinha e a hortelã, ajeitando numa travessa.
Por cima, ponha o tofu (ou ricota) picado em cubos, a melancia também picada em cubos (não muito pequenos) e as azeitonas inteiras.
Escorra a cebola (mas reserve o suco de limão) e distribua sobre a salada.
Regue tudo com o suco de limão reservado e com azeite a gosto.
Polvilhe com pimenta (se for usar) e sal, servindo logo.
Salada de grãos
Ingredientes
100 g de lentilhas
100 g de grão-de-bico
100 g de ervilha-seca
1 CS de salsinha picada
50 g de damasco picado
50 g de passas de uva
1/2 xícara de cenoura ralada
azeite de oliva
vinagre balsâmico
Como fazer
Coloque os grãos de molho em água, separadamente, até que dobrem de volume. Despreze essa água, nela ficaram os fitatos.
Cozinhe os grãos, também separadamente, até que fiquem macios.
Coe a água do cozimento (pode guardar para uso em outras receitas).
Retire a pele do grão-de-bico.
Junte todos os grãos, o damasco e as passas.
Tempere com o sal, o azeite e o vinagre balsâmico.
Adicione a salsinha picada e a cenoura ralada e misture.
Uma receita indiana - Mjadra
Ingredientes
350 g de lentilha
2 cebolas grandes em rodelas
6 CS de azeite de oliva
100 g de arroz de grão longo
sal marinho e pimenta-do-reino
Como fazer
Deixe a lentilha de molho na véspera.
Cozinhe por 30 min ou até que os grãos estejam tenros.
Aqueça o azeite e frite as rodelas de cebola até que estejam douradas.
Separe metade das cebolas e um pouco de azeite e deixe o restante refogar alguns instantes mais. Reserve.
Quando a lentilha estiver cozida, junte o arroz e a cebola menos dourada com o azeite reservados.
Tempere com o sal e a pimenta.
Cozinhe por mais 5 min, aproximadamente.
Quando o arroz estiver quase pronto, desligue o fogo e deixe a panela tampada por mais 5 minutos.
Coloque o arroz com lentilhas em uma tigela e espalhe a cebola que foi mais refogada por cima.
Se você cometeu abusos na ceia...
Se você comeu demais ontem, se passou dos seus limites e hoje está sentindo-se pesado, irritado ou com problemas digestivos, tenho uma sugestão de SOPA DESINTOXICANTE que limpa o organismo e alimenta:
Numa panela grande, coloque 2 litros d'água, 3 cebolas médias, 6 talos de aipo com folhas e tudo, 2 alhos-porós, também com tudo e 1 cabecinha de alho miúdo ou 3 a 4 dentes de alho grandões.
Deixe ferver durante 40 minutos em fogo baixo, panela tampada para fazer um bom caldo. Se não cortou os ingredientes em pedaços, passe na peneira para retirar as fibras de celulose das verduras e devolva à panela o restante.
Junte 3 a 4 xícaras de arroz integral já cozido e ferva por mais 10 minutos ou até o arroz ficar bem macio. Acrescente então folhas picadas de 1 maço de bertalha (se não tiver, pode ser couve), cozinhe só mais um minuto e apague o fogo.
Tempere no prato com uma colher de chá de misso e muitas folhinhas frescas de hortelã ou cheiro-verde.
Essa sopa é rica em nutrientes e substâncias depurativas, isto é, que limpam o sangue.
O ideal é passar o dia tomando apenas essa sopa.
É receita da Sonia Hirsch, da qual sou grande fã!
Prepare seu organismo, pois a CEIA DE ANO NOVO está se aproximando!
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Picadinho indiano
Não fiquem assustados, aqui não picamos carnes!
Boa vida às vaquinhas (aqui, na Índia e em todo o planeta)!
Ingredientes
1 cebola média picadinha
500 g de seitan em tirinhas
3 CS de óleo
2 tomates sem casca picados
3 CS de farinha de trigo integral fina
4 xícaras de caldo de legumes fervente
3 cravos-da-índia
1 cc de canela em pó
1 CS de curry
1 maçã descascada e cortada em cubinhos
1 banana nanina picada
1/2 xícara de coco ralado
1/2 xícara de uva-passa branca
1/2 xícara de iogurte natural (veganos podem usar o de soja)
1/2 xícara de tempero verde (salsa e cebolinha) picadinho
Como fazer
Doure a cebola e o seitan no óleo. Acrescente os tomates e refogue bem.
Junte a farinha, os cravos, a canela, o curry e mexa.
Acrescente o caldo de legumes (aos poucos, para não empelotar) e cozinhe em fogo baixo, até o seitan amaciar.
Junte os demais ingredientes, mantendo o picadinho no fogo por mais alguns minutos.
Polvilhe com os verdes.
Salada de tâmaras
Ingredientes
3/4 xícara de azeite de oliva
4 CS de óleo vegetal
600 g de trigo cru
400 g de tâmara
200 g de cebola
4 cc de garam massala (mistura de especiarias indiana)
1 cc de canela
sal marinho a gosto
1 xícara de salsa picada
100 g de amêndoas laminadas
Como fazer
Deixe o trigo de molho até inchar.
Doure bem a cebola no óleo até caramelar.
Escorra a cebola e a processe com a tâmara e o azeite (use o processador ou o liquidificador).
Tempere com a salsa, garam massala, canela e sal e junte com o trigo.
Para finalizar, polvilhe com as amêndoas.
Rendimento: 4 porções
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Porque salgar a comida no final do cozimento
Para quem não puder MESMO trocar as panelas de ALUMÍNIO:
devem deixar para salgar a comida só depois de cozida, porque o sal faz aumentar a migração do alumínio para a água do cozimento.
Esse também é um procedimento benéfico do ponto de vista nutricional, segundo os chineses; na culinária dos 5 elementos, é recomendado salgar apenas no final.
São duas as vantagens:
1 - do ponto de vista da Medicina Tradicional Chinesa, o sal corresponde aos rins e como estes precisam proteger nossa energia herdada (o Qi) devemos dar especial atenção, ao preparar nosso alimento, ao cuidado com esses órgãos;
2 - durante o processo de cozimento, o sal se separa em duas substâncias: o sódio e o cloro. Então, não sentimos mais o sabor salgado. Precisaríamos acrescentar cerca de 7 vezes mais sal durante o cozimento para obter o mesmo resultado, em termos de sabor, do alimento que salgamos apenas ao final.
Agindo assim, pouparemos uma parte do esforço purificados dos nossos rins.
Logo, salgar a comida no final do cozimento só nos traz benefícios.
sábado, 20 de dezembro de 2008
Arroz aromático com romã
Dizem que a romã traz boa sorte e atrai a prosperidade quando a comemos na passagem do ano e guardamos suas sementes junto ao dinheiro que carregamos - é uma fruta recomendada, devido a esses atributos, a fazer parte da ceia de Ano Novo.
Mas, sortilégios e folclore à parte, a romã tem propriedades medicinais (como todo alimento): é utilizada para acabar com rouquidão, afecções da boca, garganta e gengivas (auxilia na prevenção de aftas) e combate disinterias; é uma fruta oxidante, mineralizante e refrescante.
Ingredientes
1 CS de óleo vegetal
100 g de amêndoas torradas
250 g de arroz temperado com 1 cc bem cheia de açafrão (como o açafrão legítimo é caríssimo e raro, podemos usar o açafrão-da-terra ou, como é mais conhecido, cúrcuma)
1 pau de canela
450 g de caldo de legumes fervente
1 romã madura
1 lasca de gengibre fresco (não exagere porque seu sabor toma conta do prato)
1 cc de mel
1 CS de hortelã fresca
2 CS de salsa picada
sal marinho e pimenta-do-reino a gosto
Como fazer
Aqueça o óleo e adicione o arroz com o açafrão, refogando bem. Junte a canela e o caldo de legumes, tempere com o sal e a pimenta.
Quando começar a ferver, deixe cozinhar em fogo baixo.
Corte a romã pela metade, remova as sementes (e guarde para colocar na sua carteira) e reserve 1/3 para a decoração.
Ponha a fruta restante numa peneira sobre uma tigela e amasse com um garfo para extrair o suco. Junte o gegibre ralado e também amasse para extrair o suco; adicione o mel.
Assim que o arroz estiver cozido, acrescente essa mistura e deixe cozinhar mais 2 minutos.
Remova a canela em pau e revolva o arroz com um garfo, juntando a hortelã e a salsa.
Coloque numa travessa e espalhe por cima as amêndoas torradas e a romã reservada para enfeitar o prato.
Mas, sortilégios e folclore à parte, a romã tem propriedades medicinais (como todo alimento): é utilizada para acabar com rouquidão, afecções da boca, garganta e gengivas (auxilia na prevenção de aftas) e combate disinterias; é uma fruta oxidante, mineralizante e refrescante.
Ingredientes
1 CS de óleo vegetal
100 g de amêndoas torradas
250 g de arroz temperado com 1 cc bem cheia de açafrão (como o açafrão legítimo é caríssimo e raro, podemos usar o açafrão-da-terra ou, como é mais conhecido, cúrcuma)
1 pau de canela
450 g de caldo de legumes fervente
1 romã madura
1 lasca de gengibre fresco (não exagere porque seu sabor toma conta do prato)
1 cc de mel
1 CS de hortelã fresca
2 CS de salsa picada
sal marinho e pimenta-do-reino a gosto
Como fazer
Aqueça o óleo e adicione o arroz com o açafrão, refogando bem. Junte a canela e o caldo de legumes, tempere com o sal e a pimenta.
Quando começar a ferver, deixe cozinhar em fogo baixo.
Corte a romã pela metade, remova as sementes (e guarde para colocar na sua carteira) e reserve 1/3 para a decoração.
Ponha a fruta restante numa peneira sobre uma tigela e amasse com um garfo para extrair o suco. Junte o gegibre ralado e também amasse para extrair o suco; adicione o mel.
Assim que o arroz estiver cozido, acrescente essa mistura e deixe cozinhar mais 2 minutos.
Remova a canela em pau e revolva o arroz com um garfo, juntando a hortelã e a salsa.
Coloque numa travessa e espalhe por cima as amêndoas torradas e a romã reservada para enfeitar o prato.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Lentilha assada
Ótima opção para variar a tradicional lentilha de Ano Novo - é uma sugestão do restaurante natural La Bancarella, de Novo Hamburgo/RS.
Já testei e ficou deliciosa - como sempre, fiz algumas modificações - então, essa é uma nova versão: torna-se vegana ao eliminar o queijo parmesão e sendo ovolacto, pode-se substituir o tofu pela ricota ou outro queijo branco.
Escolhi a versão vegana e vai ser o hit da minha ceia de Ano Novo.
Ingredientes
500 g de lentilhas
350 g de tofu
100 g de tomates secos
100 g de azeitonas pretas picadas
100 g de castanhas ou nozes
100 g de cogumelos
50 g de uvas passas pretas
3 CS de queijo parmesão (opcional)
1 maço de temperos verdes (salsa e cebolinha)
2 tomates picados
1 cebola grande
sal marinho a gosto
azeite de oliva extra-virgem
Como fazer
Lave as lentilhas e coloque-as de molho em água, na noite anterior. Pela manhã, lave-as bem e despreze totalmente a água em que ficaram de molho. Cozinhe até os grãos amolecerem e salgue no final do cozimento.
Refogue a cebola e os tomates.
Adicione ao refogado os demais ingredientes, a lentilha cozida (elimine a maior parte do líquido) e misture delicadamente.
Em prato refratário, espalhe a mistura e salpique com o parmesão (se quiser). Caso não use o queijo, coloque bastante azeite de oliva, para não ressecar.
Asse em forno pré-aquecido a 200º por 35 minutos.
Depois de assado, regue com mais oliva e decore com tomates recortados e azeitonas inteiras.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Arroz com cogumelos e nozes
Essa receita foi solicitada por uma amiga querida, que só vi pessoalmente uma vez na "vida real", mas por quem tenho um especial afeto, nem sei definir porque, talvez porque nós gostemos muito de uma mesma pessoa, mas acho que vai além disso, é uma coisa sem explicação... rs. Cátia, aí vai tua receita, agora apresentada com pompa e circunstância e uma dica adicional... beijos!
Ingredientes
2 CS de manteiga (ou óleo)
1 cebola pequena ralada
1 xícara de salsão picado (só a parte branca)
2 xícaras de arroz cru, lavado e escorrido
1 xícara de nozes picadas
1 xícara de cogumelos fatiados
+/- 5 xícaras de água fervente
2 CS de salsa e cebolinha picadas
sal marinho a gosto.
Como fazer
Aqueça a manteiga ou óleo e refogue a cebola.
Junte o salsão e refogue mais um pouco.
Coloque o arroz e refogue bem.
Adicione as nozes, os cogumelos, a água e o sal. Misture e cozinhe em fogo baixo, mexendo de vez em quando, até que esteja macio, mas firme.
Retire do fogo e acrescente os verdes.
Outra opção: hidratar as nozes (8 a 12 horas - desprezar a água), triturá-las e colocá-las só no finalzinho do cozimento, misturando-as com os outros ingredientes, desligando o fogo e mantendo a panela fechada, abafando o arroz. Se quiser, pode-se enrolar a panela com jornais e só abrir na hora de servir e adicionar os verdes, bem fresquinhos!
sábado, 13 de dezembro de 2008
Árvore de Natal Vegetariana
Achei o máximo essa Árvore de Natal, perfeita para decorar a mesa da ceia de uma forma colorida e saudável: pimentões amarelos, brócolis, couve-flor, tomates-cereja e biscoitos salgados!
Depois, os ingredientes podem ser degustados com o um delicioso dip, do qual temos algumas receitas aqui no blog (digite DIPS na ferramenta de busca).
Natal sem Sofrimento Animal!
É tão simples fazer uma ceia de Natal bonita e saudável só com ingredientes vegetais: experimente!
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Biscoitinhos para enfeitar a árvore de Natal
Receita da Nigella Lawson: para quem ainda não conhece, ela é uma culinarista e jornalista inglesa, que tem um famoso programa de TV - Receitas de Nigella (aqui no Brasil é transmitido pelo canal a cabo GNT) - além de 3 livros sobre culinária publicados.
Apesar de suas receitas usarem carnes e alguns ingredientes que não aprovo como saudáveis, Nigella faz combinações exóticas e tem muitas idéias que os vegetarianos podem aproveitar.
Ela torna o ato de cozinhar uma ação cheia de prazer, beleza e sabores diversificados, motivando as pessoas a curtirem suas cozinhas, desfazendo a idéia de que cozinhar é chato, cansativo e fora de moda...
O que ela pensa sobre orgânicos: "Acho que pode fazer certa diferença em como você se sente em relação à comida que prepara. Como todo o mundo sabe, a Inglaterra teve vários problemas recentemente com carnes, então é natural sentir-se desconfortável se você não sabe a procedência dos ingredientes. No caso dos vegetais, a verdadeira diferença é o pequeno intervalo entre a colheita e o cozimento. Quando vou à casa de minha irmã, no interior, apanho os vegetais da horta e em seguida os cozinho. O resultado é extraordinário. Mas, como vivo em Londres, esse sabor nunca vai ser alcançado, independentemente de o vegetal ser orgânico ou não."
Ingredientes
300 g de farinha de trigo
100 g de manteiga orgânica* sem sal
100 g de açúcar mascavo
1 pitada de sal
1 colher de sopa de fermento em pó
1 colher de sopa de canela em pó
1/4 colher de sopa de cravo moído
1 pitada de pimenta do reino
2 ovos caipiras* batidos com 4 colheres de sopa de mel*
*Veganos façam a substituição da manteiga, dos ovos e do mel (óleo vegetal ou gordura de coco, gel de linhaça e melado).
Separe os cortadores de biscoitos.
Como fazer
Pré-aqueça o forno a temperatura de 170º.
Coloque numa tigela o açúcar e a manteiga, misture vigorosamente os dois, até ficar uma mistura bem clarinha.
Coloque a mistura na batedeira ou num processador e adicione o sal, a farinha de trigo, fermento, canela, cravo e a pimenta moída na hora. Coloque para bater ou processar, ponha os ovos batidos com o mel, vagarosamente, até formar uma massa consistente.
Se a massa ficar seca, adicione um pouco de água; se ficar molhada, junte um pouco de farinha.
Divida a massa em duas partes e envolva em plástico. Coloque na geladeira por 20 minutos.
Numa superfície com farinha de trigo, abra metade da massa com um rolo numa espessura de meio centímetro e corte a massa com os cortadores escolhidos. Repita a operação com a outra parte da massa que está na geladeira.
Com um palito, faça um furinho (para passar uma fitinha, fio de nylon ou fio de linha dourada, para ser pendurado na árvore) na parte de cima dos biscoitos, coloque-os numa assadeira e leve para assar por aproximadamente 15 minutos.
Depois de assados, coloque sobre uma grade para esfriar e decore com o glacê e confeitos.
Passe a fitinha, fio de nylon ou fio de linha dourada, para pendurar na árvore.
Glacê
300 g açúcar de confeiteiro
4 colheres de sopa de água quente
Dividir em potinhos, colocar uma pitada de corante alimentício em pasta em cada um deles; use para a decoração.
Como o açucar de confeiteiro é bastante artificial, testei uma opção: bater no liquidificador, açúcar mascavo e araruta (ou maizena), na proporção meio quilo de açúcar e 3 CS de amido. Funcionou!
Bolo de Natal
Ingredientes
250 g = 2 xícaras de tâmaras picadas sem os caroços
300 ml = 1 1/4 xícara de água (pode substituir
por 1/4 de brandy, se desejar)
175 g = 1 1/4 xícara de farinha de trigo integral (se quiser, metade da branca)
175 g= 1 1/4 xícaras de frutas secas diversas à
sua escolha
uma colher de sobremesa de fermento em pó
1 cc de especiarias à sua escolha
4 CS de suco de laranja
Para decorar: amêndoas, nozes, castanhas-do-pará, cerejas.
Como fazer
Aqueça as tâmaras na água até que fiquem macias. Remova do fogo e amasse com um garfo.
Adicione os demais ingredientes e misture bem.
Coloque a massa em uma assadeira untada de 900 g. Você pode por os enfeites comestíveis antes de assar.
Asse a 180º por 1 hora e meia, verificando com o palito se o cozimento está no ponto.
Depois que o bolo esfriar, se quiser, faça um glacê com açúcar mascavo e
jogue sobre a decoração.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Molho pesto
Pestare quer dizer "esmagar", daí o nome desse molho.
O pesto original é feito com pinoli, que além de caríssimo é dificil de encontrar. Por isso, substitua por castanhas-do-pará. Não use nozes porque seu sabor acaba dominando o sabor do molho.
O correto é fazê-lo num pilão, para esmagar as folhas de manjericão, mas pode-se usar o liquidificador.
Não esquente o pesto. Sirva em temperatura ambiente.
Ingredientes
2 maços de manjericão fresco (use só as folhas)
4 dentes de alho
1 1/2 xícara de azeite de oliva
8 castanhas-do-pará descascadas ou 100 g de pinoli
40 g de queijo parmesão de qualidade
20 g de queijo pecorino (se não tiver, use o equivalente em parmesão)
sal marinho a gosto (pode não ser necessário)
Como fazer
Da forma contemporânea:
Leve todos os ingredientes ao liquidificador e bata.
Coloque mais azeite se achar necessário.
Da forma tradicional:
Coloque o alho e uma pitada de sal no pilão e soque até formar uma pasta grossa. É importante que o socador não amasse os ingredientes no fundo do pilão, mas faça movimentos circulares, esfregando os ingredientes contra as laterais da tigela.
Separe as folhas do manjericão dos talos, lave, seque bem e junte ao pilão, amassando-as devagar até que formem uma polpa verde intensa.
Junte os pinoli (ou as castanhas) e o queijo, esmagando e incorporando bem, e depois o azeite, pouco a pouco. Experimente e ajuste o queijo e o azeite a seu gosto.
Pinoli
Informações pinçadas do La Cucinetta
Veganos podem substituir os queijos por similares feitos com macadâmia, polvilho, mandioquinha etc.
Pizza de polenta
Ingredientes
250 g de fubá para polenta
50 g de queijo parmesão ralado (opcional)
1 CS de azeite de oliva
1 cebola roxa em fatias finas
1 abobrinha cortada em rodelas
100 g de cogumelos fatiados
4 tomates maduros, cortados em 4
100 g de ricota ou tofu em pedaços (opcional)
1 CS de pesto verde (veja em Molhos)
sal marinho e orégano a gosto
Como fazer
Cozinhe a polenta, tempere a gosto e misture o parmesão (se quiser).
Espalhe sobre uma forma redonda de pizza untada e deixe esfriar por 15 minutos.
Aqueça o azeite em uma frigideira grande e refogue a cebola. Adicione a abobrinha e refogue por mais 2 minutos.
Tempere e espalhe sobre a base de polenta.
Adicione os cogumelos e tomates cortados.
Arrume a ricota ou tofu por cima (se desejar) e salpique com o molho pesto.
Asse por 20 minutos, aproximadamente, em forno a 180º e pré-aquecido.
Muffins de banana com nozes
Ingredientes
1 xícara de farinha de trigo integral
1 xícara de farinha de trigo branca
1/2 xícara de germe de trigo
1 CS de fermento em pó
1/2 xícara de açúcar mascavo
1/2 cc de sal marinho
1/2 xícara de manteiga orgânica sem sal
1 xícara de nozes picadas graúdo
2 ovos caipira
1/3 de leite de sementes
3 bananas caturra maduras
Como fazer
Misture a farinha, o germe, o fermento, o açúcar, o sal e a manteiga, até que a massa forme pedaços do tamanho de pequenas ervilhas.
Adicione as nozes e reserve.
Em outra tigela, coloque os demais ingredientes e bata até que as bananas estejam bem misturadas. Junte com a mistura de farinha e mexa bem.
Despeje a massa em forminhas untadas, próprias para muffins, tomando o cuidado de não encher até a borda (3/4 da capacidade).
Asse em forno pré-aquecido, temperatura moderada (180º), por cerca de 25 minutos.
Hamburguer de brócolis
Ingredientes
2 ovos caipira ou 2 CS de gel de linhaça
1/3 xícara de brócolis bem picado
4 cogumelos fatiados finamente
2 CS de germe de trigo
1 CS de levedo de cerveja
sal marinho e pimenta a gosto
2 CS de amêndoas (ou castanhas) picadas
1 CS de cebolinha picada
farinha de trigo integral para espessar, se necessário
Como fazer
Bater os ovos ou o gel e adicione todos os outros ingredientes, exceto a farinha e misture.
Se necessário, para melhorar a consistência, adicione a farinha.
Frite em pouco óleo ou asse, até dourar.
Rende, em média, 4 porções.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Raladinhas
Óleos aromatizados
Os antigos egípcios preferiam óleos de sementes de gergelim, de linhaça e até mesmo de sementes de rabanete, enquanto os gregos e quase todo o resto do mundo mediterrâneo apreciavam o óleo da sagrada oliveira.
Os povos asiáticos preferiam o óleo de soja e de coco, enquanto o amendoim, o milho e o girassol eram a matéria-prima dos óleos utilizados pelos habitantes da Américas.
Os métodos de extração variavam de cultura para cultura e de óleo para óleo, mas a idéia básica permanecia a mesma.
Expremia-se a semente ou noz para extrair o óleo e os sucos (que algumas vezes eram extraídos por meio de fervura), esperava-se que o óleo viesse à tona para, então, retirá-lo com uma concha.
O óleo e a gordura agem como solventes das essências aromáticas das plantas.
Esse princípio tem sido utilizado na medicina, em rituais e na perfumaria há séculos.
Uma pesquisa da literatura sobre alimentos e culinária, desde a antiguidade até os tempos modernos, demonstrou que, embora o óleo tenha sido utilizado para cozinhar desde a antiguidade, a idéia de dar sabor ao azeite, com ervas e condimentos, é uma inovação do século XX, pelo menos no que se refere à arte culinária.
Então, fazer azeites "aromatizados' ou "de ervas" para fins culinários permanece sendo uma prática contemporânea.
Algumas receitas para azeites aromatizados
Fazer azeite aromatizado é semelhante a fazer vinagre aromatizado.
É uma excelente maneira para preservar os produtos que crescem em sua horta.
O tipo de azeite vai depender do efeito que você deseja obter.
O azeite de oliva oferece uma base perfeita quando se busca um resultado de sabor marcante.
Para os pratos que exigem um sabor mais sutil, use outro óleo, como o de sementes de uva ou de sementes de girassol.
O método tradicional para infundir o sabor das ervas no azeite é o seguinte: escolha uma boa combinação de ervas ou condimentos, coloque-os em um vidro despeje um pouco de azeite e deixe a mistura descansar à temperatura ambiente. Certifique-se de que o vidro esteja bem fechado e cheio até quase a boca, para que o oxigênio seja eliminado, evitando que o azeite fique rançoso.
Quando o azeite alcançar a intensidade de aroma desejada, coe e engarrafe.
Adicione uma ramo de erva para decorar ou condimentos inteiros, certificando-se de que as substâncias vegetais que acrescentar estejam totalmente secas.
AZEITE DE MANJERICÃO
Esse método produz um azeite verde brilhante e grosso; não é recomendado para cozinhar, mas para regar saladas ou outros pratos. A pitada de ácido ascórbico é adicionada como antioxidante (lembre-se de que o oxigênio acelera o ranço do azeite e a decomposição de substâncias vegetais).
Rende aproximadamente duas xícaras:
Ingredientes
um grande punhado de manjericão fresco (experimente o roxo, fica lindo)
1 xícara de azeite de oliva
uma pitada de ácido ascórbico
Como fazer
Escalde o manjericão em água fervente, por aproximadamente 10 segundos (isso interrompe a ação das enzimas que contribuem para sua decomposição).
Esprema o manjericão e retire toda a umidade que puder. Torça-o como você torce uma pano de prato.
Coloque 1/2 xícara de azeite, o manjericão e a pitada de ácido ascórbico no liquidificador. Bata até emulsionar. Adicione o restante do azeite e bata novamente.
Coe em peneira ou em fino, engarrafe (encha as garrafas o máximo possível) e guarde na geladeira.
Nota: O ácido ascórbico é um sólido cristalino de cor branca, inodoro, hidrossolúvel e pouco solúvel em solventes orgânicos; em outras palavras, é a VITAMINA C.
Temperos especiais
SAL COM ESPECIARIAS
Ingredientes
1/4 de xícara de sal marinho
1 CS de páprica
1 cc de pimenta-do-reino
1 cc de pimenta-do-reino branca
1 cc de pimenta-da-jamaica
1 cc de cebola em pó
1 cc de mostarda em pó
1 cc de salsa desidratada
1/2 cc de noz-moscada
Como fazer
Misture bem todos os ingredientes e conserve em vidro fechado.
SAL COM ERVAS
Ingredientes
1/2 xícara de sal marinho
2 CS de salsa desidratada
2 CS de estragão seco
2 CS de cebolinha picada e desidratada
2 CS de mostarda em pó
Como fazer
Misture bem os ingredientes e conserve em vidro fechado.
MISTURA DE ERVAS
Ingredientes
1 CS de alho em pó
1 cc de pimenta-do-reino branca
1 CS de orégano
1 CS de salsa desidratada
1 CS de manjericão desidratado
Como fazer
Misture os ingredientes e conserve em vidro fechado.
Os temperos especiais dão uma cara nova aos pratos e também servem como sugestão para presente de Natal (ou por outra motivação), uma lembrança personalizada, que transmite o afeto e a dedicação que você usou ao elaborá-la).
Decore os vidros, pintando ou colocando adesivos, fitas, enfim, o que sua imaginação mandar.
Durante o ano, reservo vidros e garrafas para guardar temperos e azeites saborizados, para consumo próprio e também para presentear, o que igualmente é uma ótima opção de reciclagem.
domingo, 7 de dezembro de 2008
Horta no prato
por Beatriz Marques, publicado na Revista Menu/maio/2008
A horta chegou à mesa dos restaurantes: não na forma de vasos e canteiros no prato, mas sim de alecrim, tomilho, poejo ou manjericão que são colhidos em plantações ao lado da cozinha (ou do salão) minutos antes de chegar à mesa.
A tendência, que começou na França há poucos anos atrás, é exemplificada pelo estrelado chef Alain Passard, que só utiliza na cozinha as flores comestíveis, verduras e legumes orgânicos cultivados em sua horta de dois hectares.
As jardineiras logo se estenderam até a Espanha – os gêmeos Javier e Sergio Torres Martinez inauguram o restaurante Dos Cielos com uma horta em Barcelona – e agora desembarca com força no Brasil.
Clô Dimet, Maurício Ganzarolli e Raphael Durand Despirite são exemplos de cozinheiros de primeiro time que aderiram à horta.
São muitas as razões que levam os chefs a investirem em plantações mais próximas ao fogão.
A tendência de evidenciar o frescor e o sabor dos ingredientes nas receitas é talvez a principal.
No quintal do restaurante – ou numa varanda à vista dos clientes – as hortas permitem ter maior controle da qualidade das ervas e flores, além de colhê-las em seu melhor momento.
Outra vantagem é ter sempre à mão alimentos escassos no mercado. Mauricio Ganzarolli, do Bananeira, em São Paulo, por exemplo, tem em seu quintal o biri-biri, uma frutinha da família da carambola muito usada na Bahia, mas difícil de ser encontrada no Sudeste.
Ganzarolli tem sorte em ter um cantinho para sua horta, algo raro em restaurantes nas grandes cidades.
O mais comum é o chef recorrer ao cultivo em vasos, como faz Clô Dimet, no La Table & Co, em São Paulo. A chef uruguaia, que tem orgulho de sua horta no Butiá, restaurante praiano próximo a Punta del Este, cultiva por aqui lavanda, alecrim, manjericão, hortelã e sálvia. Suas ervas perfumam o salão, abrindo ainda mais o apetite dos clientes.
Raphael Despirite chegou até a incluir um pequeno terraço no projeto de reforma do restaurante Marcel, também em São Paulo, para colocar os seus vasos. “No início, plantava mudas em vasinhos vendidos nos supermercados, mas morria um por noite.”
Em sua própria horta, vasos com alecrim, erva-cidreira, cerefólio, dill, entre outras, o inspiram a criar novas receitas.
E até o veterano chef Laurent Suaudeau não vê a hora de colocar a mão na terra. Ele aguarda a inauguração do hotel Fasano, em Pouso Feliz, interior de São Paulo, onde comandará um restaurante com seu nome. Lá, ele abastecerá o cardápio a partir de ingredientes orgânicos plantados no meio da Mata Atlântica.
Mais frescos e saborosos, impossível...
Vasos em casa
O sabor dos ingredientes recém-colhidos motiva o cultivo de hortas em casa.
Estas plantações, em vasos e jardineiras, pedem cuidados simples e atenção diária. Sabrina Jeha, sócia do viveiro Sabor de Fazenda, ensina como deixar a horta sempre bonita.
“A primeira dica é escolher um lugar com muito sol e lembrar que horta e cozinha não combinam lado a lado”, afirma.
Suas demais instruções são:
• plante as ervas em vasos individuais, com no mínimo 25 cm de profundidade. Se misturar mudas, plante ervas companheiras, como alecrim, tomilho e sálvia;
• drene as mudas antes de plantá-las. O recipiente, com furos no fundo, deve ter uma camada de argila, outra de areia e um pouco de terra. Só então coloque as mudas, complete com mais terra e regue;
• o ‘dedômetro’ é o método mais fácil para definir a rega. Se tocar e a terra estiver seca, regue. Adube a horta todo mês;
• espera-se 20 dias para colher os primeiros galhos. Corte-os com tesoura (não arranque, que a planta não irá rebrotar).
"Leite" de aveia
Alto valor nutritivo, abundante em fibras, carboidratos e proteínas; facilita o trânsito intestinal e diminui o colesterol.
Como fazer
Usando o grão da aveia, deixe germinar por 8 horas.
Pegue os grãos germinados e bata com água filtrada no liquidificador.
Coe e use como indicado.
Se usar a aveia em lâminas (flocos), deixe de molho por duas horas.
Para um copo de água, utilize 3 colheres de sopa de flocos de aveia.
Bata a mistura no liquidificador, coe e use como indicado.
Se o leite ficar muito encorpado, adicione mais água.
Geralmente, é esse "leite" que uso nas receitas publicadas no blog, como as de bolos, pães, doces, cremes, enfim, aquelas em que o leite de vaca é indicado e substituído com eficácia.
"Leite" de amêndoas
As amêndoas fornecem cálcio, proteína, zinco e vitamina E.
Ajudam na manutenção do sistema imunológico.
Como fazer
Hidratar por 8 horas e bater no liquidificador.
A proporção é de 10 CS de sementes picadas para 4 copos de água.
Após bater, coar.
Receitas com amêndoas hidratadas
RECEITA Nº 1:
200 g de amêndoas
½ maçã sem casca
½ limão
1 dente de alho
1 pedacinho de alho poró
azeite de oliva extra-virgem
sal marinho
Hidratar as amêndoas por 8 horas, tirar a casca, colocar todos os ingredientes no liquidificador e dar o ponto com o azeite.
RECEITA Nº 2:
½ copo de amêndoas sem pele
Deixar de molho por 8 horas, tirar a água e bater no liquidificador com um pouco de água de coco (ou água pura), em quantidade suficiente para diluir totalmente as amêndoas.
Deixar por 2 dias fora da geladeira até fermentar e arear (formando bolhinhas de ar).
Para usar, tempere com azeite extra-virgem e sal marinho.
Fazer em pouca quantidade para consumir tudo de uma vez.
"Leite" de gergelim
Essa é a semente que costuma levantar mais dúvidas quanto ao seu uso para fazer o "leite de gergelim", riquíssimo em cálcio.
Geralmente perguntam: é para usar a semente com casca ou sem casca, qual o melhor, o branco o amarelo ou o preto, porque o leite fica tão amargo?
Vamos por partes:
1) usar o gergelim CRU (às vezes, ele é vendido tostado), amarelinho com a casca ou mais branquinho sem ela.
O SEM CASCA fica pronto mais rápido. O gergelim COM CASCA pode ficar até 8 horas de molho;
2) não deixar muito tempo suas sementes de molho, pois assim o leite ficará AMARGO (deixe as sementes sem casca, por no máximo, uma hora de molho na água). Com a casca, suporta mais tempo sem ficar amargo. Detalhe importante: a maior parte do cálcio está na casquinha... então, a escolha é sua;
3) é interessante investir nesse líquido porque o gergelim é a semente das que usamos para esse processo, a que oferece mais cálcio. Eliminando a questão do amargo, o gergelim é excelente e o resíduo que fica pode ser aproveitado para fazer uma deliciosa pasta vegetal, misturando-o aos temperos preferidos, como cebolinha, missô, shoyu, salsinha, coentro etc. Ou então: deixe o gergelim de molho por 8 horas; lave bem e escorra; bata no liquidificador com um pouco de sal e limão, depois adicione orégano;
4) Aconselha-se usá-lo batido com frutas porque seu sabor é bem diferenciado, talvez exótico para quem não está habituado (até acostumar com ele, é claro...).
Como fazer:
¼ de xícara de semente de gergelim hidratada ou germinada
200 ml de água (um copo)
Bata as sementes de gergelim com a água no liquidificador e coe num coador de tecido. Uso uma fralda de bebê, que tem a textura ideal.
Sempre é bom repetir: NÃO USE a água na qual as sementes ficaram de molho.
Geralmente perguntam: é para usar a semente com casca ou sem casca, qual o melhor, o branco o amarelo ou o preto, porque o leite fica tão amargo?
Vamos por partes:
1) usar o gergelim CRU (às vezes, ele é vendido tostado), amarelinho com a casca ou mais branquinho sem ela.
O SEM CASCA fica pronto mais rápido. O gergelim COM CASCA pode ficar até 8 horas de molho;
2) não deixar muito tempo suas sementes de molho, pois assim o leite ficará AMARGO (deixe as sementes sem casca, por no máximo, uma hora de molho na água). Com a casca, suporta mais tempo sem ficar amargo. Detalhe importante: a maior parte do cálcio está na casquinha... então, a escolha é sua;
3) é interessante investir nesse líquido porque o gergelim é a semente das que usamos para esse processo, a que oferece mais cálcio. Eliminando a questão do amargo, o gergelim é excelente e o resíduo que fica pode ser aproveitado para fazer uma deliciosa pasta vegetal, misturando-o aos temperos preferidos, como cebolinha, missô, shoyu, salsinha, coentro etc. Ou então: deixe o gergelim de molho por 8 horas; lave bem e escorra; bata no liquidificador com um pouco de sal e limão, depois adicione orégano;
4) Aconselha-se usá-lo batido com frutas porque seu sabor é bem diferenciado, talvez exótico para quem não está habituado (até acostumar com ele, é claro...).
Como fazer:
¼ de xícara de semente de gergelim hidratada ou germinada
200 ml de água (um copo)
Bata as sementes de gergelim com a água no liquidificador e coe num coador de tecido. Uso uma fralda de bebê, que tem a textura ideal.
Sempre é bom repetir: NÃO USE a água na qual as sementes ficaram de molho.
Natal sem crueldade
Como estamos próximos às festividades de Natal, é o momento ideal para relembrar a crueldade desnecessária que é cometida pela maioria das pessoas, em função de realizar a ceia para comemorar o nascimento de Cristo - um ser divino que defendia a Paz na Terra e o Amor nos Corações - matando enorme quantidade de animais.
Repense aquilo que você vai consumir nessa festa, há formas alternativas, saudáveis e deliciosas de fazer uma bela comemoração!
Um Natal com Paz, Amor, Tolerância e Solidariedade - deseja a vocês, uma vegetariana feliz e consciente!
sábado, 6 de dezembro de 2008
Você sabia que...
Tour pela fábrica de salsichas
... a SALSICHA é um produto industrializado, obtido da emulsão de carne de uma ou mais espécies de animais de açogue e submetida a processo térmico de tingimento?
Contém também uma série de aditivos, como nitritos, nitratos (carcinogênicos) e polifosfato para prolongar a validade do produto e fixar a cor.
Segue a "fórmula de fabricação de salsicha industrial"; depois de lê-la, fica-se pensando que todos esses passos seguidos no processamento, acabam por nos apresentar um produto morto, desvitalizado e artificial, colocado em coloridas caixinhas e sacos plásticos brilhantes, indo parar no "inocente" hot-dog de crianças e adultos.
Fórmula:
Carne dianteiro bovino 40 Kg
Carne bovina industrial 25 Kg
Touchinho ou papada 25 Kg
Ingredientes:
- Sal refinado 2,3 Kg
- Proteína Texturizada de Soja 2,0 Kg
- Fécula de mandioca 2,0 Kg
- Água/Gelo 10 Kg
- especiarias, óleos e resinas 0,300Kg
- mistura de sais de cura para cozidos 0,350Kg
- mistura antioxidante para cozidos 0,250Kg
- estabilizante de gorduras (polifosfatos) 0,250Kg
- cochonilha e urucum hidrossolúvel 0,100Kg
- CARRAGENA 0,200Kg
- fumaças líquidas 0,030Kg
Processo de Fabricação:
Modo de Preparar
Utilizar carne congelada ou resfriada com temperatura entre -5º C a 2ºC.
Os blocos de carne congelada devem ser picados em picador mecânico de carne congelada.
Moer as carnes resfriadas e o toucinho (ou papada) em disco com furos de 4 mm diâmetro.
Colocar as carnes e o toucinho (após serem moídos) no Cutter e em seguida adicionar os ingredientes na seguinte ordem enquanto a carne é refinada:
Distribuir uniformemente o ADIFÓS sobre as carnes.
Colocar toda a água/gelo da formulação e o AT-20.
Distribuir uniformemente o sal refinado previamente misturado com o CURAG sobre a massa.
Distribuir uniformemente o TEMPEREX SHO-200, o SMOKEZ 1400 M e a CARRAGENA AQUAGEL XP sobre a massa.
Misturar até obter uma completa e homogênea absorção dos ingrdientes pela massa.
Por último, distribuir uniformemente a proteína de soja, o RED-FIX II e a fécula de mandioca. Refinar até obter uma massa fina e homogênea. Observação: a temperatura da massa refinada no Cutter não deverá ser superior a 8º C.
Transferir a massa para as embutideiras.
Embutimento:
Embutir em tripa natural (tripa de carneiro) previamente lavada, hidratada e higienizada ou tripa artificial (colágeno) . Tripas com 22 mm de diâmetro.
Torcer a tripa em forma de gomos de 9 a 12 cm de comprimento (equipamento mecânico de torção). Colocar os gomos em varas e estas em gaiolas para serem transportadas para as estufas de cozimento.
Observação:
Salsicha defumada por atomização de fumaça líquida natural:
Fazer uma aplicação de fumaça SMOKEZ 1820 AM após os 30 minutos iniciais de secagem. Atomizar o SMOKEZ 1820 AM por 5 minutos com a estufa desligada e chaminé fechada. Terminar o processo de cozimento. Este produto é comercializado sem a adição de corante natural.
Processo de Cozimento
Tempo Temperatura da Estufa Entrada ar/chaminé
30 min 65º C aberta
1 (uma) hora 85º C fechada
Terminar o processo e retirar as salsichas da estufa, quando a temperatura interna central do produto (ponto mais frio) atingir a temperatura de 68º C.
Dar um banho de água gelada nas salsichas por 5 minutos (choque térmico).
Coloração
As salsichas são colocadas em tanques com gelo/água (temperatura 2º C) para facilitar a retirada da tripa artificial pelo processo de depilagem.
As salsichas após a retirada da tripa são colocadas em contato com o RUBRORANGE R-56 corante natural de urucum (aproximadamente 2 minutos) e logo após passam por uma solução ácida (ácido fosfórico 1 %) para fixar o corante no produto por aproximadamente 1 minuto.
Deixar secar a superfície das salsichas antes de serem embaladas.
Armazenamento
A sala de embalagem deve ser climatizada ( temperatura de 10º C ).
As salsichas são embaladas em sacos plásticos fechados à vácuo, colocadas em caixas de papelão e armazenadas em câmara de congelamento.
Não consta nessa fórmula que também costumam incluir na salsicha, carne extraída da carcaça de frangos e de cartilagens e também miúdos e vísceras.
Esse é um dado que, geralmente, não é divulgado nas "fórmulas" acessíveis ao público.
Boatos dizem que até papelão é adicionado...
Essa fórmula, publicada na Revista Superinteressante (edição 239), parece esclarecer melhor o consumidor:
SALSICHA - Tem besouros em pó, fumaça em pó e até carne.
COMPOSIÇÃO: carne mecanicamente separada de ave, pele e miúdos suínos (fígado, rins, coração), carne suína, gordura de ave, água, proteína texturizada de soja, amido (máx. 2%), sal, açúcar, alho. Estabilizante tripolifosfato de sódio, aroma de fumaça, glutamato monossódico, conservante nitrito de sódio, antioxidante eritorbato de sódio, corantes urucum e carmim de cochonilha.
Carne mecanicamente separada
No início, é o frango. Depois que a desossa manual tira o peito, a coxa e a sobrecoxa, o que sobrou vai para a prensagem mecânica. Ali é extraída a carne dentre os ossos, que sai da peneira em forma de pasta. Sem esse processo, boa parte da carne iria para o lixo. É nojento – e mais barato.
Pele e miúdos suínos
Se só tivesse carne, a salsicha seria dura e cara. A pele de porco cozida é fonte de proteína de gordura e de colágeno (uma gelatina que deixa a mistura macia). O coração dá cor à massa, já que é rico em mioglobina (o pigmento vermelho da carne). Já os outros componentes (fígado e rins) não têm função certa: servem mesmo para encher lingüiça, ou melhor, salsicha.
Água, proteína de soja e amido
Uma invenção brasileira. Para substituir parte da gordura, as indústrias nacionais usam água. Para reter essa água, é preciso adicionar proteína de soja e amido (fécula de mandioca). Essa soma reduz a quantidade de gordura – enquanto as salsichas estrangeiras têm até 30% de gordura, as nacionais levam de 20% a 22%.
Tripolifosfato de sódio
Coadjuvante do sal, ajuda a manter a gordura misturada à massa. A salsicha poderia passar sem o tripolifosfato: ele é prescindível do ponto de vista tecnológico e tem muito sódio – um problema para hipertensos. Por isso, é evitado na Alemanha e na Suíça.
Aroma de fumaça
É como comer fumaça em pó. A fábrica destila a fumaça na água, filtra as impurezas e seca a solução. O pó restante é acrescentado à massa, dando aquele sabor de defumado à lingüiça.
Corante de urucum
Usado como maquiagem por índios brasileiros, o urucum dá a cor da capa da salsicha. O Brasil usa urucum na salsicha porque, aqui, ela só vende se for colorida. Mas a lei proíbe urucum na parte interna – que poderia mascarar uma possível falta de carne.
Carmim de cochonilha (INS 120)
Parece piada, mas esse corante é extraído da fêmea do Dactylopius coccus, um besouro que não mede mais de 5 milímetros. Secado ao sol e depois triturado, o besouro vira um corante vermelho usado em iogurtes, sorvetes, recheios de bolachas. O problema é juntar tantos insetos: para cada quilo do pigmento, vão 150 000 besouros!
São fortes motivos para deixar de ingerir esse produto; mesmo que você ainda aprecie consumir carne, provavelmente pensará um pouco mais no que seu organismo está assimilando juntamente com ela, se a questão do sofrimento dos animais não o convenceu a trocar de dieta.
Dicas para fazer um bolo fofo
Primeira fase: misturar gemas de ovos caipira com a gordura e o açúcar, BATENDO BEM ESSA MISTURA.
Se não utilizar ovos, amassar bem as bananas maduras ou bater bem o gel obtido das sementes de linhaça.
Nessa fase é que devemos bater a massa com mais energia, sem "delicadeza".
Segunda fase: adicionar as farinhas ou os ingredientes em pó: cacau, maizena, araruta, canela e outros (menos o fermento), PENEIRADOS.
Diluir com o auxílio dos líquidos (sucos, leites ou água), mexendo e misturando bem, para evitar que se formem bolotas ou caroços.
A massa ainda PODE SER BATIDA.
Terceira fase: adicionar os fermentos (químico, biológico, bicarbonato de sódio), SEM BATER, misturando DELICADAMENTE.
Se usou ovos (de galinhas criadas soltas, sem hormônios, antibióticos ou sofrimento), é também a hora de adicionar levemente as claras, bem batidas em separado.
Quarta fase: uns dez minutos antes de terminar a massa, aquecer o forno, deixando-o no nível médio (180º). Depois de colocar a forma lá dentro, só abra a porta do forno quando o bolo estiver pronto, ou seja, quando terminar o prazo dado pela receita e você for verificar com o "tradicional palitinho" se está no ponto.
A forma deve ser untada com óleo no fundo e nos lados, somente até a metade (não passe óleo da metade da lateral para cima, isto é, até as beiradas).
Quinta fase: apagar o forno e deixar o bolo alguns minutos ainda lá dentro.
Retirá-lo e esperar mais alguns minutos, até que não esteja tão quente, mas também não totalmente frio.
Passe uma faca em volta da margem exterior do bolo (se a forma tiver buraco no centro, deslize a faca ali também) e vá soltando devagar, testando para evitar que quebre antes de soltar totalmente para um prato.
Mais algumas dicas testadas:
não usar ingredientes gelados (temperatura ambiente);
peneirar sempre, não tenha preguiça, o bolo fica mais fofo mesmo, com esse cuidado;
colocar maizena ou araruta na massa ajuda a deixá-la mais fofa - substitua por uma pequena quantidade de farinha da receita;
costumo comprar fermento em pacotinhos individuais, um para cada receita, para ter certeza de que está válido, pois muitas vezes, ao abrir a latinha e guardar o restante por muito tempo, acabamos diminuindo o seu efeito (a não ser que você use todo o conteúdo rapidamente);
evitar correntes de ar na cozinha, deixando janelas ou portas fechadas; às vezes, um golpe de ar pode destruir todo o trabalho que tivemos para fazer o bolo crescer;
e não abrir MESMO o forno na metade do processo, não há santo ou reza que faça o coitado desenvolver-se... Se por um motivo imprevisível, algo tenebroso acontecer e você for obrigada a abrir o forno, NÃO O FAÇA ANTES DE 30 MINUTOS DE ASSADO.
Curiosidade: o fermento contém bicarbonato de sódio. Este reagente, quando aquecido, produz o gás dióxido de carbono. O gás, ao tentar escapar da massa, a faz crescer tornando o bolo fofo.
Receitas Vegetarianas Indianas
Selecionei nesse tópico alguns pratos do livro ARQUEOLOGIAS CULINÁRIAS DA ÍNDIA, de Fernanda de Camargo-Moro, que além de várias receitas, contém um pouco dos hábitos e costumes da Índia, país que a autora conhece muito bem (e pelo qual sou apaixonada!). Todas elas têm o arroz como ingrediente principal.
Muitas receitas desse livro usam leite de vaca, extremamente popular na Índia; quem for vegano, pode substituir por leites vegetais de sua preferência. Também usam muito a manteiga, que é purificada (ghee). Nesse caso, fica mais difícil substituir, talvez com um creme de tofu ou um creme de araruta. O ghee ensinamos a fazer em outro tópico, procure na ferramenta de busca, ok?
NEICHORU (Arroz com ghee)
Ingredientes
100 g de arroz integral
1 cebola grande
2 cravos-da-índia
1 pedaço de canela de cerca de 5 cm
2 CS de cardamomo
4 CS de ghee
sal marinho a gosto
Como fazer
Mergulhe na água, lave e drene o arroz.
Corte a cebola em fatias.
Numa caçarola esquente a ghee, adicione a cebola, o pedaço de canela, os cravos e o cardamomo, deixando refogar até a cebola tornar-se transparente.
Junte o arroz e refogue durante 3 a 4 minutos.
Adicione água fervendo, na quantidade de duas vezes a do arroz, ou cobrindo-o com dois dedos a mais.
Salgue e cozinhe em fogo brando até que o arroz fique macio e absorva a água.
THENHA CHORU (Arroz com coco)
Ingredientes
400 g de arroz cozido
1/2 coco
1 pedaço de canela de cerca de 5 cm
3 cravos-da-índia
1 cebola grande
1 colher de cúrcuma em pó
2 cc de sementes de coentro
2 cc de sementes de aniz ou funcho
2 CS de sementes de cardamomo
2 CS de usli ghe
sal marinho a gosto
Como fazer
Lave bem e escorra o arroz.
Raspe o coco para extrair-lhe meio litro de leite.
Moa as sementes de coentro e as de aniz, juntando ao pó de cúrcuma para formar uma pasta uniforme.
Numa caçarola de fundo grosso, esquente a ghee e adicione a cebola, o cardamomo, os cravos e a canela. Refogue até que a cebola fique transparente.
Junte a mistura, adicione o leite de coco mais meio litro de água. Salgue e espere o leite ferver, quando será juntado o arroz.
Se o líquido formado de leite de coco e água não for suficiente para cozinhar o arroz, junte mais água fervente. Cozinhe até que o arroz fique macio e o líquido desapareça e sirva bem quente.
KHEER DE KRISHNARANI BAGEHI (Arroz doce)
Ingredientes
80 g de arroz arredondado (não do tipo agulha)
4 litros de leite (podemos usar algum leite vegetal)
300 g de açúcar mascavo
50 g de amêndoas descascadas e cortadas em fatias finas
4 folhas de louro
1/2 cc de cardamomo verde moído na hora
Como fazer
Lave bem o arroz com água fria, drene e reserve.
Esquente o leite durante cerca de 25 minutos em fogo alto, usando caçarola de fundo espesso.
Junte o arroz ao leite, mexendo vagarosamente, até que os grãos tornem-se macios.
Junte o cardamomo, as folhas de louro e as amêndoas e continue mexendo bem.
Junte o açúcar, misture com vigor, apague o fogo e coloque o arroz-doce no recipiente onde vai servir. Quando estiver frio e mais consistente, coloque na geladeira.
Dica: se for difícil encontrar cardamomo, substitua por gengibre.
ARROZ-DOCE PERFUMADO COM LARANJA (prato típico de Bengali)
Ingredientes
polpa de 20 laranjas doces, sem casca, pele ou caroços
1/2 kg de arroz tipo arredondado, bem lavado, depois de mergulhado em água por algumas horas e coado
3 pedaços de canela
1 kg de mascavo
4 cravos
4 cardamomos verdes esmigalhados
3 CS de usli ghee
água
Como fazer
Numa caçarola funda, coloque água para ferver, em quantidade suficiente para cobrir o meio quilo de arroz.
Quando ferver, despeje o arroz e deixe cozinhar. Assim que estiver pronto e a água evaporada, coloque o arroz num coador ou peneira, para que não fique nenhuma gota de água.
Faça uma calda com o mascavo, acrescentando a água necessária.
Junte as especiarias e deixe a calda dar o ponto em fogo bem baixo.
Adicione então a polpa das laranjas e a ghee, continuando a mexer.
Lentamente, vá despejando o arroz, mexendo com um garfo grande de dois dentes, para não grudar.
Despeje numa travessa funda e deixe esfriar sem tampar.
Se quiser, quando estiver pronto, retire os cravos e os pedaços de canela.
Bruschetta de verão
Ingredientes
4 tomates pequenos (200 g), maduros e firmes, cortados em gomos
1 CS (15 g) de alho bem picadinho
4 CS (20 g) de manjericão picado grosso
2 CS (10 g) de salsa bem picada
2 cc de suco de limão
sal marinho e pimenta a gosto
8 fatias (500 g) de pão italiano
2 dentes de alho grandes, cortados ao meio
Como fazer
Misture bem os tomates, o alho picado,o manjericão, a salsa, o suco de limão, mais o sal e a pimenta.
Deixe descansar por 3 horas no mínimo (aproveite e tire um cochilo também...).
No momento de servir, toste as fatias de pão e esfregue, em seguida, um lado de cada fatia com as metades de alho.
Por cima, espalhe a mistura de tomate e sirva.
Mamma mia, minha porção italiana vibra de satisfação com o resultado dessa receita!
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Abacate: a manteiga mais saudável da natureza
O abacate, fruta riquíssima em gorduras saudáveis, as monoinsaturadas, é uma manteiga vegetal e natural indicada para todas as pessoas que desejam ser saudáveis, que estão acima do peso, com históricos de doenças cardiovasculares ou diabéticos. A gordura monoinsaturada, consumida com moderação, é uma excelente rota energética alternativa. Ou seja, quando o organismo não tem glicose para gerar energia, a gordura monoinsaturada é uma opção interessante para manter a energia basal, já que esta rota alternativa não precisa de insulina para acontecer.
Por ser um alimento de origem vegetal, a manteiga de abacate é 100% isenta de colesterol, é riquíssima em água (cerca de 70%) e fibras. Já a manteiga, por de origem animal, contém colesterol, gorduras saturadas (más para a saúde cardiovascular), é isenta de fibras e baixo teor de água, tornando seu poder calórico mais concentrado.
Sugestões de receitas (já que cada um pode criar de acordo com o seu gosto e os ingredientes da estação).
O ideal é consumir 2 colheres (sopa) no máximo por refeição ou lanche.
Manteiga de abacate
1/2 abacate médio maduro + missô a gosto + salsinha bem picadinha a gosto.
Por não ter conservantes, prepare na hora de servir. Passe o abacate + o missô por uma peneira fina para obter uma textura bem macia e cremosa. Acrescente a salsinha e sirva sobre o pão, torradas ou bolachas.
Opções: sal marinho ou molho shoyu no lugar do missô. Outras ervas frescas no lugar da salsinha e raspas de gengibre ou casca de limão. Uma cc de sementes de gergelim ou trigo germinadas irão conferir mais crocância.
Manteiga de abacate versão doce
1/2 abacate médio maduro + 1 CS rasa de cacau em pó + gotas e raspas de limão ou baunilha + pitada de canela em pó + 1 CS de mel.
As sementes germinadas também ficam bem nesta receita. Outra opção para adoçar é usar uva passa ou ameixa seca picada. Se for preparar uma quantidade maior, pode-se bater tudo no liquidificador pois a textura ficará ainda mais cremosa.
Requeijão de abacate
1 abacate médio maduro + 1 CS de semente de linhaça deixada de molho em 6 CS de água por 4 horas (é a linhaça quem dará a textura de requeijão) + molho shoyu a gosto + 1 dente de alho ou 1 CS de cebolinha picada. Bata tudo no liquidificador e acerte o sal a gosto.
Baseado em dicas de Conceição Trucom (algumas adaptações).
Sopa de missô
Recomendada para aqueles que desejam recuperar a saúde física e mental.
O MISSÔ é uma pasta fermentada de feijão de soja, pura ou com arroz integral, centeio ou trigo sarraceno, sal marinho e envelhecido no mínimo um ano, sendo que o tempo ideal é de 3 anos.
É uma excelente fonte de proteínas vegetais de alta qualidade e de minerais, sendo de grande auxílio à digestão, devido às enzimas que contém.
Além de eficaz na reconstituição da flora intestinal, o missô auxilia o organismo a amenizar os efeitos da poluição (intoxicação por metais pesados) e é indicado como desintoxicante para fumantes. No Japão, o missô foi muito utilizado para amenizar os efeitos da radioatividade, após o lançamento da bomba atômica pelos norte-americanos.
Também ajuda no tratamento de gripes e resfriados.
São conhecidos quatro tipos de missô, de acordo com sua composição:
- o missô amarelo claro, também chamado de shiro miso, é feito principalmente de arroz e tem sabor adocicado;
- missô vermelho (aka miso), composto de grãos de centeio e de soja, é mais salgado;
- o missô escuro (um exemplo deste é o hatcho miso) é feito principalmente de soja e é o que mais se parece com o original chinês, sendo bem salgado;
- o inaka miso é o que chamamos de "missô caseiro" e é o que encontramos mais facilmente no mercado, aqui no Brasil. É uma mistura de grãos de soja cozidos e transformados em purê, fermentados com o koji, produzido a partir de um cereal, geralmente arroz, inoculado com o fungo Aspergillus oryzae e sal marinho.
A missoshiro pode ser consumida pela manhã, pois transmite muita energia.
Aqui, a receita básica:
Ingredientes para 4 pessoas
1 cc de óleo
2 xícaras de cebolas cortadas em fatias
1/2 alga wakame seca, cortada
1/4 xícara de missô
5 xícaras de água
Como fazer
Esquente o óleo e frite a cebola.
Lave a alga wakame duas vezes, adicione 1 xícara e meia de água e deixe-a de molho por 15 minutos.
Escorra a água e corte a cebola em pedacinhos. Junte a wakame às cebolas e frite ligeiramente.
Adicione a água do molho da alga e as 3 xícaras e meia de água restantes. Deixe ferver e cozinhe com a panela tampada por 30 minutos.
Desligue o fogo e espere parar de borbulhar. Acrescente então um pouco do caldo da sopa ao missô em uma tigela.
Adicione essa mistura à sopa e mexa levemente. Se for reaquecer a sopa, não deixe ferver, porque assim as valiosas enzimas serão destruídas.
Variações
Experimente acrescentar outros vegetais. Durante o inverno, são indicadas as raízes como cenoura, daikon (nabo comprido), nabo, bardana, inhame etc. No verão, us repolho, folhas de couve e acelga. De um modo geral, frite primeiro as cebolas, depois as verduras e por último, as raízes.
Para fazer uma sopa mais leve, use somente as cebolas. Frite 2 xícaras de cebolas cortadas em fatias, acrescente 5 xícaras de água, cozinhe tampada por 30 minutos e finalmente, acrescente o missô. É agradável no verão e contrabalança uma refeição pesada.
Minha opção, geralmente, é cozinhar com as cebolas, e no final, após a adição do missô, juntar cebolinha e aipo picados finamente. Às vezes, gosto de usar tofu ou cogumelos e, para ocasiões especiais, fatias de bambu.
Usa-se maior quantidade de missô no inverno e menor, no verão.
Pessoas que têm restrições ao consumo de sal, como hipertensos, não devem abusar do missô, pelo elevado teor desse ingrediente na composição.
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