A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!
Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!
Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Gostoso pra chuchu!
A maioria das pessoas não gosta de comer chuchu, fala que "não tem gosto de nada" - pois eu adoro, desde uma simples salada com sal, ervas e azeite de oliva até preparos mais elaborados, como um suflê ou uma torta (pode também fazer parte do Suco de Luz).
Apesar de ser uma hortaliça é considerado um fruto (como o tomate), é de fácil digestão, rico em fibras e pobre em calorias - dizem que ajuda a combater a hipertensão, pois tem propriedades diuréticas (nesse caso, não use sal no tempero).
O chuchu tem niacina, uma das vitaminas do complexo B, que auxilia o crescimento (ideal para a alimentação dos bebês) e a manter a saúde da pele; contém ainda cálcio, fósforo, ferro, potássio, cobre e magnésio. Possui mais vitamina C do que o pepino.
O chuchu pode ser rotulado de exibido, pois mesmo que seja plantado em um canto esquecido da horta ou do jardim, em pouco tempo ele dará um jeito de se mostrar!
Aparece tanto que virou protagonista de ditos populares como "dá mais que chuchu na cerca" ou "pra chuchu"...
Na culinária, ele tem uma utilidade pouco conhecida: ajuda a "dar o ponto" em doces, como goiabadas ou marmeladas.
Uma receita gostosa e simples de fazer com ele: cozinhe alguns chuchus no vapor, retire a casca e corte em tiras finas; refogue cebola ou alho em azeite de oliva; acrescente pequenos cubos de tofu, refogando rapidamente e temperando com shoyu e pimenta branca moída; na finalização, junte as tiras de chuchu, apague o fogo e jogue por cima, salsa e cebolinha picadas. Ao servir, adicione mais azeite de oliva.
Chuchu beleeeeeeza!
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Ardida como pimenta
Quando criança, falar palavrão era um pecado, cujo castigo era levar pimenta na boca... minha mãe guardava um vidro enorme na geladeira, cheio de pimentas em conserva e ele causava grande terror, em mim e meus irmãos. Controlávamos nossa linguagem nas discussões, com medo de ter aquela vermelha ardida passada na nossa língua! Lembro que experimentei apenas uma vez, quando falei merda (antigamente, essa era uma palavra muito “suja”, mas hoje até o Lula já a disse em público e a mídia mostrou sem pudor) e foi horrível! Ardeu horrivelmente e tomei muita água para que a sensação se dissolvesse.
Então, essa é a impressão sobre pimentas que ficou no meu inconsciente.
Durante muitos anos, não a usei nas minhas produções culinárias. Além disso, as pimentas não eram muito recomendadas como alimento saudável, pelo contrário, eram catalogadas como “nocivas”.
Mas, atualmente, isso mudou (já comentei aqui que a ordem das coisas muda muito no campo da Nutrição – o que era bom vira coisa ruim e vice-versa, é uma questão de tempo e de pesquisa...).
A pimenta revive seus dias de glória. Segundo o dr. Marcio Bontempo, é “um dos alimentos funcionais mais antigos da humanidade.” E mais: “A ciência quebra alguns tabus sobre o consumo da pimenta: Hemorróidas são dilatações de varizes na região do ânus, causadas por sedentarismo, ingestão de gorduras e problemas cardiovasculares. A pimenta não pode causar hemorróidas, apenas agravá-la, se for consumida em excesso.
O consumo moderado de pimenta não é contra-indicado para quem sofre de pressão alta. Ela é vasodilatadora arterial e até ajuda a combater o problema.
A pimenta tem o poder de irritar mucosas e, por isso, poderia irritar o estômago e as hemorróidas, porém, a capsaicina apresenta um poder de cicatrização, o que poderia proteger o organismo contra esses problemas. O segredo está na quantidade, portanto deve-se evitar excessos em ambos os casos."
Também descobri que a ingestão de água não diminui a sensação de ardor da pimenta na língua e assim, a estratégia que usei na infância só funcionou porque o tempo que levei tomando água foi longo – na verdade, o que funcionou foi o tempo passando e levando o ardor pra longe de mim! Segundo o dr. Bontempo, experiências mostraram que o leite produz melhores resultados em eliminar a queimação e “isso se deve ao fato de que a caseína do leite produz efeito refrescante”. Por isso, alguns pratos da culinária indiana são acompanhados de molho de iogurte... Outros alimentos que possuem a caseína e “que retiram a capsaicina dos pontos de ligação dos receptores nervosos da boca, contidos nas papilas gustativas: chocolate ao leite, algumas nozes e feijões; vinho e cerveja também ajudam, mas com menor efeito atenuante”.
"Uma pimenta é caracterizada por possuir PIPERINA (gênero PIPER) e ou a CAPSAICINA (gênero CAPSICUM) em sua composição.
As pimentas são excelentes fontes de nutrientes antioxidantes, especialmente as vitaminas A e C: 30 g delas contém 70 mg de vitamina C, mais que 100% das necessidades diárias (RDA) e 70% da RDA para a vitamina A, sobre a forma de betacaroteno.
As principais responsáveis pela ardência da pimenta são as sementes e a placenta, no interior do fruto. Retiradas essas partes, a pimenta deixa de ser picante, apresentando um sabor doce e leve.
Duas curiosidades sobre elas: Depois do sal, a pimenta é o ingrediente culinário ou tempero mais usado no mundo!
A “Capital Nacional da Pimenta” no Brasil é o município de Turuçu/RS, que começou a cultivá-la no final do século XIX."
E cuidado quando usarem pimenta em pó: ela não cede todo o seu potencial quando colocada no início do preparo de um prato, vai liberando seu princípio ativo aos poucos, por isso o cozinheiro pode julgar que o alimento está saborosamente picante e na hora da ingestão, verificar que ele está excessivamente apimentado!
Desfeita a má fama das pimentas e salientando-se que o seu consumo deve ser moderado (como o de todos os alimentos, já que a quantidade exagerada ingerida pode transformá-los em veneno), vamos aproveitar e utilizar a grande variedade delas na nossa alimentação.
“Os frutos maduros da pimenta são vermelhos, mas podem variar desde o amarelo até o preto, além de alaranjado, salmão e roxo. O formato varia segundo a espécie e há frutos alongados, arredondados, triangulares e quadrados.”
Malagueta, caiena, jamaicana, pimenta-do-reino, dedo-de-moça, habanero, jalapeño, serrano... são tantas as variedades, umas mais conhecidas e outras estranhas à nossa cozinha diária.
Pretendo aqui falar de cada uma delas e colocar uma receita em que sejam um ingrediente muito especial.
Gostaria de começar com uma receita de conserva de pimentas, certamente para exorcizar um dos medos da minha infância, que era a existência dessa conserva na geladeira lá de casa...
As informações entre aspas foram pinçadas do livro do dr. Marcio Bontempo – Pimenta e seus benefícios à saúde – publicado pela editora Alaúde.
Pimentas em conserva no azeite de oliva
Antes de iniciar o preparo da conserva, é importante já ter os vidros esterelizados: um pote com tampa de boa vedação e que seja fervido por 15 minutos, mais cinco com a adição da tampa. Depois de frios, coloque-os num pano de boca para baixo e deixe-os secar.
Ingredientes
uma xícara (chá) de pimenta-malagueta
uma xícara (chá) de pimenta-dedo-de-moça
uma xícara (chá) de pimenta-do-reino em grãos
uma xícara (chá) de pimenta-bode amarela
4 dentes de alho amassados
2 e 1/2 xícaras (chá) de azeite de oliva extravirgem
2 folhas de louro
Como fazer
Lave as pimentas (menos a pimenta-do-reino), elimine os pedúnculos e seque-as com toalha de papel. Reserve.
Descasque os dentes de alho e amasse-os.
Coloque em uma panela o azeite de oliva e leve ao fogo até aquecer. Junte o alho e frite-o, sem parar de mexer, até dourar (cuide para não queimá-los). Adicione as folhas de louro e retire do fogo. Deixe o azeite amornar por 10 minutos.
Em 2 recipientes médios de vidro (capacidade para 1/2 litro cada um) faça camadas alternadas das pimentas. Despeje o azeite com o alho cobrindo-as. Tampe os recipientes.
Obs.: se não encontrar as variedades relacionadas na receita, utilize outras, desde que sejam em número de quatro.
Atenção: não vá usar as pimentas na língua das crianças desbocadas ! 😃
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Supervitamina de castanha-do-brasil
Rebatizada de castanha-do-brasil, a castanha-do-pará é uma poderosa fonte de selênio: uma unidade por dia das nossas castanhas brasileiras, produzidas no Norte e Nordeste do país, garante a quantidade mínima desse mineral necessária ao nosso organismo.
A quantidade de selênio encontrada em 5 g dessa castanha (uma unidade) é encontrada em:
3 filés de frango (100g cada)
16 pães franceses (50g cada)
26 camarões (20g cada)
2 latas de sardinha em conserva (130g cada)
10 ostras (33 gramas cada)
100 copos de leite (200ml por copo)
O selênio é fundamental para acionar as enzimas que combatem os radicais livres: retarda o envelhecimento! Além de manter mais ativo nosso sistema imunológico, também protege as células do sistema nervoso das doenças neurodegenerativas. Mais: auxilia a tireóide na síntese de seus hormônios e está associada à capacidade do organismo de eliminar metais pesados (atua em mecanismos que favorecem a eliminação desses metais pelas fezes e pela urina).
Ela também tem uma boa quantia de ômega 6, gordura antioxidante.
Fantástica, a castanha-do-brasil - ótima opção para vegetarianos!
Como até os alimentos benéficos podem causar problemas se consumidos em excesso, pegue leve! A médio e longo prazo, a ingestão diária de muitas castanhas-do-brasil pode levar à dores de cabeça, unhas fracas e queda de cabelo. Para as crianças, a ingestão de meia castanha por dia é suficiente.
Vamos à receita da supervitamina:
Ingredientes
uma xícara de castanha-do-brasil, deixadas de molho por 8 horas e coadas
4 xícaras de água de coco
uma CS de óleo de coco
uma CS de melado
uma banana média
uma CS de linhaça triturada
uma CS de sementes de gergelim branco
Como fazer
Bater todos os ingredientes no liquidifcador até que a mistura fique homogênea.
Rende 4 porções.
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