A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!

Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!

domingo, 28 de junho de 2009

Mais sobre o alumínio


A nocividade do alumínio: ao contrário do que se pensa, esse assunto não é novo. Experiências sobre essa questão datam de 1834.

Recipientes e utensílios de alumínio são nocivos na preparação de alimentos ao desprender hidróxido de fosfato de alumínio, cujos precipitados podem ser obtidos simplesmente fervendo água ou cozinhando ovos numa vasilha feita deste material.

O hidróxido de alumínio, ao atacar o suco gástrico e nele permanecer como um veneno, produz diversas moléstias: perda de apetite, cefaléias, náuseas, vômitos, congestão, hemorragias e aumento do ácido hidroclorídico do estômgao, o qual predispõe ao câncer. Naturalmente, esses sintomas vêm com o tempo e muitas vezes não suspeitamos que é esse metal o causador das doenças relacionadas acima. Além disso, atualmente há estudos demonstrando a relação do consumo de alumínio e o Mal de Alzheimer.

Destacadas autoridades médicas deram testemunhos relativos à natureza do alumínio e seus perniciosos efeitos para a saúde, como o Dr. Harry Gedeon Wells, da Universidade de Chicago, que dedicou 25 anos ao estudo desse assunto (os últimos três em colaboração com a Dra. Florência Seibert). Seus artigos foram publicados e constam dos arquivos de Patologia, de agosto de 1929, sob o título "Efeitos do alumínio sobre o sangue e tecidos dos mamíferos".

Mesmo sabendo que os utensílios fabricados com alumínio, usados para cozinhar o alimento diário, prejudicam a saúde, tais artefatos continuam a ser fabricados e consumidos como inocentes ferramentas, sendo comum cozinharmos com eles a comida que nossa família, inclusive crianças, consome.
E como são as panelas de preço mais baixo, pessoas de menor poder aquisitivo, certamente, serão obrigadas a comprá-las - não é todo mundo que pode adquirir uma panela de qualidade.

Dicas (caso não haja alternativa para o uso de panelas de alumínio): use colheres de pau para mexer o alimento, assim menos partículas são desprendidas; procure não fazer doces ou molho de tomate nessas vasilhas (pela acidez, a concentração torna-se maior); não lave-as com esponja de aço, evite esfregar muito para dar brilho.

sábado, 27 de junho de 2009

Sopa de azuki com okaido e missô

O frio instalou-se com força aqui na pontinha sul do Brasil...
Como já dissemos, uma sopinha quente e nutritiva é mágica para esquentar o corpo e a alma e também como já dissemos (nunca é demais repetir coisas boas), feijão azuki e sopa de missô encorajam o funcionamento dos rins e bexiga.
Que tal unir os dois e adicionar uma deliciosa abóbora okaido?

Os grãos pequenos, vermelhos e brilhantes do azuki são especialmente indicados para rins cansados. É o mais yang dos grãos (quente - contração) e em clima frio (expansão - yin) pode ser usado 2 ou 3 vezes por semana.



Ingredientes
300 gramas de feijão azuki
500 gramas de abóbora okaido (também conhecida como japonesa)
1 CS de óleo vegetal
1 cebola grande
2 folhas de louro
1 fatia fina de gengibre com casca
1 cc de manjericão
1 cc de tomilho
sal marinho
azeite de oliva
missô
cebolinha verde picadinha

Como fazer

Coloque o azuki de molho à noite.
Pela manhã, enxague bem os grãos e ponha para cozinhar numa panela grande, com a cebola, as folhas de louro, o gengibre e o óleo.
Quando o feijão já estiver cozido (leva mais ou menos duas horas), junte as ervas e a abóbora cortada em pedaços grandes.
Deixe cozinhar mais um pouco, até a okaido amolecer, mas não demais. Salgue por último, mas observando a quantidade, porque iremos adicionar o missô, que já é bastante salgado.

Para servir: no prato, coloque uma colher de chá de missô e verta a sopa sobre ele, dissolvendo-o; um fio de azeite de oliva e cebolinha crua completam o prato.

Êi-la: a sopa!

Usei nas fotos uma sopeira que fez parte do "enxoval de casamento" da minha mãe, uma das poucas lembranças materiais que me restaram dela e é um dos "orgulhos" da minha cozinha!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Bolo de cacau vegano



A revista cometeu duas incorreções ao editar minha receita: o bolo não é de "chocolate" mas de "cacau" e não se unta a forma com manteiga ao se fazer uma receita vegana!

Mas, enfim, valeu a divulgação do veganismo num veículo de massa!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Bolo de coco e tapioca


Outra receita em clima de festa junina... o balão vai subindo, vem caindo a garoa!

Ingredientes

150 g de manteiga orgânica
1 1/2 xícara de açúcar mascavo
3 ovos caipiras
uma xícara de farinha de trigo integral fina
duas xícaras de farinha de tapioca
200 ml de leite de coco
200 ml de leite de aveia
1 CS de fermento em pó

Como fazer

Bater a manteiga com o açúcar, até obter um creme.

Adicionar os ovos (batidos) e as farinhas (peneiradas), intercalando com os leites.

Bater bastante até conseguir uma massa homogênea e por último, misturar delicadamente o fermento.

Transferir a massa para uma forma untada e enfarinhada, levando para assar em forno médio preaquecido, por aproximadamente 45 minutos (use o teste do palito antes de retirar o bolo do forno).

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Bolo de melado


Mais uma receita com gostinho de festa junina...

Mas antes de postá-la, quero contar sobre uma fruta deliciosa que comi hoje pela primeira vez: a pera vermelha, que é bem diferente da pera verde: é mais doce, mais macia e lembra uma mistura de maçã e pêssego, pelo sabor e pela textura.

E é linda!



Além disso, é rica em sais minerais como sódio, potássio, ferro, magnésio e cálcio; encontramos também na pera as vitaminas A, C e do complexo B.

Bolo de melado

Ingredientes

1/2 xícara (chá) de manteiga orgânica
1/2 xícara (chá) de açúcar mascavo
2 ovos caipiras
1/2 xícara (chá) de melado
2 xícaras de farinha de trigo integral fina
2/3 xícara (chá) de leite de aveia
1 CS de fermento em pó
1 cc de canela em pó
1/2 cc de noz moscada
1/4 cc cravo em pó

Como fazer

Bata a manteiga e o açúcar; adicione os ovos, um a um, batendo bem após cada adição.

Junte o melado e mexa bem a mistura. Reserve.

Numa tigela grande, peneire a farinha e as especiarias e vá adicionando, aos poucos, o leite.

Junte a mistura reservada. Após a massa estar homogênea, coloque o fermento e misture, sem bater.

Unte e polvilhe com farinha uma forma e ponha para assar em forno preaquecido, por aproximadamente 45 minutos (faça o teste do palito antes de retirar o bolo do forno).

sábado, 13 de junho de 2009

Sopa de fubá com rúcula


Fubá lembra festa de São João... a sopa feita com ele pode esquentar a noite mais fria do ano (24 de junho)!

Ingredientes

1 1/2 litro de água
uma xícara de fubá
1 CS de cebolinha e manjerona frescas, batidas no processador
sal marinho e pimenta-do-reino a gosto
azeite de oliva
duas xícaras de rúcula, previamente lavada

Como fazer

Coloque a água para ferver em uma panela com o sal, a pimenta e as ervas.

Quando aquecer, retire 1/2 litro do caldo e dissolva o fubá, aos poucos para não empelotar. Reserve.

Assim que ferver, junte o fubá diluído, misture bem e deixe cozinhar em fogo brando por 20 minutos.

Apague o fogo e junte a rúcula.

Sirva imediatamente - com azeite de oliva e cebolinha picada fresca adicionados no prato individual.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Escolha a panela certa 3


Em outro post sobre panelas (Escolha a panela certa 2), já havíamos feito referência aos possíveis prejuízos à saúde pelo uso desse utensílio, quando revestido por teflon (antiaderentes)
O artigo abaixo reforça esse alerta, apesar de ser bastante reticente quanto aos resultados das pesquisas.


Panela antiaderente esquecida no fogo libera substâncias tóxicas

Marina Almeida
Especial para o UOL Ciência e Saúde
19/08/2008

Quem nunca recebeu um spam sobre os perigos do microondas ou já ouviu dizer que panelas antiaderentes ou de alumínio podem causar problemas de saúde? Segundo especialistas, não há motivo para alarde, já que faltam pesquisas que comprovem eventuais danos desses utensílios à saúde. Mas alguns cuidados são fundamentais para não se expor a riscos.

"Panelas antiaderentes esquecidas no fogo, com a alta temperatura, liberam substâncias muito tóxicas", conta o professor João Pedro Simon Farah, do Instituto de Química da USP. "Há casos de passarinhos que chegam a morrer por respirarem esses gases. Isso porque esses animais possuem um metabolismo muito acelerado e são mais sensíveis à poluição", explica.

O revestimento das panelas antiaderentes pode desprender-se com facilidade, por isso o ideal é usar colheres de pau, evitando arranhá-las com talheres e esponjas de aço na hora da limpeza

De acordo com o executivo José Rubens Tavares, gerente da DuPont - que produz o teflon®, marca mais conhecida de antiaderente -, "a exposição desses gases aos seres humanos não causa nada além de uma eventual irritação". (Obviamente, o fabricante não vai desfazer de seu produto nem considerá-lo prejudicial à saúde dos consumidores...)
Tavares explica que a substância presente nos antiaderentes, os fluoropolímeros, degrada-se a temperaturas elevadas como qualquer plástico. "Outros tipos de panelas, como as revestidas por tinta, também podem liberar substâncias tóxicas. Tanto a fumaça causada por um utensílio de teflon, quanto por um plástico ou óleo esquecido ao fogo podem ser fatais para um pássaro", diz. Ele ainda ressalta que, por serem bastante altas, essas temperaturas não são alcançadas facilmente.

A segurança de um dos compostos presente nas panelas antiaderentes, o ácido perfluoroctanóico, foi questionada pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, em 2005. A própria agência afirma, entretanto, que não há nenhuma indicação de que as pessoas sejam expostas a essa substância - que foi encontrada em níveis bastante baixos no sangue dos americanos e pode estar relacionada a problemas à saúde - pelo uso de utensílios de teflon ou outros antiaderentes.

O professor Farah avisa, ainda, que o dano causado toda vez que a panela é riscada resulta na formação de radicais livres. "Não sabemos se isso é perigoso para a saúde das pessoas nessas condições, nem acredito que isso seja muito grave, mas por que não investir esse dinheiro numa panela de aço, por exemplo, que é melhor para cozinhar, dura mais e não apresenta esses riscos?", questiona o professor.

Para o executivo da DuPont, entretanto, falta comprovação científica para essa questão. De acordo com Tavares, por permitir que os alimentos sejam cozidos com menos gordura, as panelas antiaderentes trazem benefícios à saúde.

Alguns textos (incluindo pesquisas) que apóiam a questão dos malefícios do teflon, do excelente site Nosso Futuro Roubado:

perigo da inalação para as aves
http://www.nossofuturoroubado.com.br/old/05te%20part8.htm

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questionando as afirmações da DuPont
http://www.nossofuturoroubado.com.br/old/05te%20part7.htm

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DuPont escondendo os riscos à saúde
http://www.nossofuturoroubado.com.br/old/0606te%20dupont.htm

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Mesmo tendo sido "processada por esconder risco do teflon à saúde", a DuPont até agora conseguiu safar-se.

Resta aos consumidores precaverem-se, utilizando outros utensílios comprovadamente saudáveis, que não alteram nem prejudicam o equilíbrio do organismo.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Puttu - bolos de arroz no vapor



Ingredientes

meio quilo de farinha de arroz
1/2 xícara de coco ralado

Como fazer

Tostar a farinha no fogo rapidamente.

Juntar água salgada, aos poucos, até formar pequenos grumos. Deixar repousar um pouco.

Na Índia, usam uma vasilha especial para fazer puttu - a puttu kutti - uma panela longa cilíndrica, que pode ser seguramente substituída por uma cuscuzeira.

Nessa vasilha, vá colocando em camadas alternadas a farinha de arroz e o coco ralado, sendo esse o último ingrediente. Tampe e cozinhe em banho-maria.

Há uma receita macrobiótica de fazer pão de farinha de arroz muito parecida:

Colocar farinha de arroz tostada (ou crua) e um pouco de sal marinho numa forma untada;

cobrir com água (uns dois dedos acima da superfície da farinha);

deixar em repouso até a farinha absorver quase toda a água (cerca de meia hora);

tampar a forma e por para assar em banho-maria (no forno fica mais sequinho; na panela, mais molhadinho);

quando for comer, temperar com shoyu e cebolinha picada (se quiser um sabor salgado) e melado com castanhas trituradas dá um excelente prato doce.

Qualquer um dos dois processos leva a um gostoso resultado!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

É sopa!

"Os primeiros ventos do inverno confirmam: é tempo de tirar o cachecol do armário e preparar uma boa sopa para aquecer a alma."

O inverno está castigando o Sul esse ano e não conheço nada melhor para esquentar e revigorar no inverno do que uma sopa, quentinha, cremosa e aconchegante, com legumes, grãos, folhas, especiarias, enfim, perfeitas para trazer calor ao corpo e ao coração!

Mas nada de sopas instantâneas, em pacotinhos cheios de conservantes e glutamato monossódico! Abaixo a preguiça e mexa-se, vá para o fogão! Exercício também é necessário no inverno e não apenas quando o verão pede para reduzir as medidas e entrar naquele biquíni do ano passado... rs




Sopa de feijão


Ingredientes


2 1/2 xícara de feijão carioquinha cozido
1 xícara de macarrãozinho (se encontrar o colorido, feito com vegetais, melhor)
1 cebola pequena
1 talo de salsão
2 CS de azeite de oliva extravirgem
1 folha de louro
1/2 litro de água
sal marinho, pimenta-do-reino
salsa e cebolinha picados


Como fazer


Cozinhar o macarrão al dente, em água fervente com um pouquinho de sal e óleo; escorrer e reservar.

Bater no processador a cebola e o salsão (caso não tenha esse eletrodoméstico, use o liquidificador).

Levar ao fogo uma panela com a água, o azeite e a folha de louro. Quando ferver, acrescentar o feijão e os legumes processados.

Cozinhar por 15 minutos em fogo médio, temperando com o sal e a pimenta; retirar o louro e bater o restante no liquidificador, até obter um creme.

Colocar esse creme na panela, acrescentando o macarrão reservado e deixando levantar fervura.

Servir o conteúdo numa sopeira e distribuir os verdes picados, generosamente, sobre ele, regando com um fio de azeite de oliva.

Crianças, geralmente, adoram essa sopa - por isso, se fizer com macarrão de letrinhas, será ainda mais fácil seduzi-las a experimentar!