A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!

Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Da horta para a mesa

Crianças consumindo "comida de verdade"  - e melhor, sem que nela entrem ingredientes de origem animal - é garantia de saúde!


Vejam o Arthur (7, quase 8) e a Yoná (4), filhos da minha amiga Rubia Wehr Baldez, e a maravilhosa chicória colhida da horta feita pela família. 

Eles moram em Gramado/RS (serra gaúcha), onde no inverno, geralmente, a neve aparece para a alegria dos moradores e dos turistas.

A Rubia conta: "O Arthur é vegetariano desde uns 3 anos de idade por escolha dele mesmo (eu já ia por estes caminhos mas ainda fazia coisas com carne e tentava enganá-lo pra comer - ele sentia o gosto e cuspia tudo fora). Daí um dia ele veio me perguntar de onde vinha a carne, expliquei que eram os bichos que morriam e que se tirava a carne para comer, daí ele encheu os olhinhos de lágrimas e me disse: a gente não pode comer carne, vão acabar os animais assim...já pensou se resolvem comer as nossas cachorras???
Então, também me conscientizei de vez e parei de comer carne e de preparar carne, não preparo mais.
A Yoná ainda não entende muito bem essa história de matar os bichos pra comer, e ela gosta de carne, daí quando alguém oferece ela come, mas gosta muito de frutas e saladas.
Acredito que quando ela for maiorzinha e entender melhor isso, também não vai querer comer carne, afinal ela ama muito os animais."

O grande diferencial é que a família come o que produz na sua horta e são muitas as opções:






Colheita do dia: tomate, quiabo, maxixe, pepino, repolho, couve e pimentões chapéu de bispo.








Outra colheita: pimentões, alface, cenouras, xuxus, tomates, pepinos e rúculas.












"Sempre tivemos um pedacinho de horta.Essa maiorzinha, agora, faz uns 4 anos mais ou menos. Ela estava em hibernação junto com o inverno, de um mês pra cá começamos a limpá-la, preparar a terra de novo e plantamos algumas coisa; outras nasceram por conta (devido a termos plantado em outros anos - como mostarda roxa e verde, camomila).









Que linda a horta, 
e o Arthur horticultor!

A Yoná curtiu os mini-pepinos. 

"A gente tenta variar o máximo possível, esse ano plantamos pipoca (ano passado plantamos 4 pés e colhemos um vidro daqueles grandes de conserva cheio de espigas), alface (de 3 tipos), couve rábano (roxa e verde), morangos, cenoura, repolho (de 3 tipos), couve manteiga, mais um outro tipo de couve, aspargos, temperos diversos, phisalys e sempre temos uma composteira bem grande para colocar os orgânicos dentro (estamos no 3º buraco já, desde que começamos com isso - faz uns 2 anos).
Ah, tem feijão de vagem e ervilhas plantadas também!"


"Ganhei as sementes destas pipocas quando fui na Expointer, na agricultura familiar. Engraçado é que eram brancas, mas quando fui colher, estavam pretas", diz a Rubia. 



Quis saber se eles eram vegetarianos ou veganos:
"Quando eu preparo a alimentação, normalmente é vegana, mas como nem sempre sou eu quem cozinho, às vezes minha sogra coloca ovos nas receitas, mas é só o que permito que ela use, pois eu e as crianças temos intolerância à lactose também.
Meu marido come carne, mas é bem de vez em quando, se está a fim ele mesmo compra só o pedaço que quer comer e prepara (às vezes vai pra rua fazer pra não deixar a casa com cheiro, porque ele sabe que hoje eu fico enjoada com cheiro de carnes).
Mas aceita super bem a nossa alimentação, mesmo porque a saúde dele também melhora sem carne nem laticínios. E os ovos, quando a gente usa, a maior parte das vezes pegamos de uma senhorinha que nos vende, que tem suas galinhas soltas e trata com milho."

 
Arroz em camadas com beterraba, espinafre e cenoura, um dos pratos que a Rubia serve para a família.

E quando as crianças querem guloseimas, também são veganas, como esses docinhos feitos com leite condensado de coco. Olha a cara do Arthur - ele tem jeito de ser bem danadinho... :)

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Pão de queijo sem queijo

Quase todo mundo que abandona o consumo de laticínios, sente falta de algum prato feito com eles, como o pão de queijo, por exemplo.
É uma tentação: fofinho, quentinho, fumegante e saboroso...
Algumas receitas de "pão de queijo sem queijo" dão um resultado bem satisfatório e muito próximo ao original: o sabor fica parecido, a textura e a aparência ficam iguais, como provam estas imagens.


Quando bate a vontade de saborear um pãozinho de queijo, faço essa receita, e o desejo vai embora, deixando a satisfação de tê-lo realizado - com prazer e sem laticínios.

"Pão de queijo" com mandioquinha e polvilhos

 Ingredientes (a medida da xícara é de 250 ml)

duas xícaras de polvilho doce
1/2 xícara de polvilho azedo
uma xícara e 1/2 de mandioquinha cozida e esmagada
1/3 de xícara de óleo vegetal
1/4 de xícara de água morna
sal a gosto
temperos a gosto, se desejar fazer uma parte da massa com outro sabor

Como fazer

Cozinhar a mandioquinha até ficar bem mole, amassar com um garfo
para que vire um purê.
Assim que ficar morno, adicione todos os outros ingredientes.
Coloquei nessa ordem, sobre o purê de mandioquinha: os polvilhos,
o sal, o óleo e a água.
Misturar com as mãos, criando uma massa homogênea.

















Divida essa massa ao meio, se quiser fazer diferentes sabores de pão.



















Coloquei numa das metades: cúrcuma, páprica, mangerona, salsa, alho e manjericão (as duas primeiras em pó, os demais bem picadinhos).


















Enquanto o forno aquece, faça as bolinhas e coloque numa assadeira, levemente untada.
Fiz 40 bolinhas de tamanho pequeno.
Pela lógica, deve render 20 pãezinhos de tamanho médio.

Assar por aproximadamente 45 minutos, em forno médio.
Eles ficam no ponto quando apresentam a casquinha crocante e a característica rachadura na superfície.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Quibe de forno com recheio de legumes

Ingredientes da massa

250 g de trigo para quibe, previamente hidratado
4 batatas inglesas grandes, previamente cozidas
cebolinha e salsa picadas a gosto
sal marinho
folhas de hortelã a gosto
molho de pimenta a gosto (opcional)

Ingredientes do recheio

uma cebola média picada
duas xícaras de chá de legumes picados e cozidos no vapor (cenoura, couve flor, vagem, ervilha, brócolis)
uma fatia pequena de tofu defumado picado
azeite de oliva
sal marinho

Como fazer

Faça um purê com as batatas e junte ao trigo hidratado, produzindo uma massa homogênea.
Adicione a salsa, a cebolinha e a hortelã bem picadinhas, mais o sal.
Use a pimenta, caso aprecie.
Está pronta a massa!


Vamos ao recheio: refogue a cebola e o tofu em azeite de oliva.


Junte os legumes picados, salgue e refogue mais um pouco.
Reserve.
É hora de preaquecer o forno (médio).

Espalhe metade da massa num prato refratário untado e coloque o recheio sobre ela.


Cubra com o restante da massa, aperte bem os lados para deixar o quibe compacto.
Regue com azeite de oliva para que a  parte superior não fique seca.
Como sobrou um pouco de massa, fiz alguns quibes no formato tradicional, recheados também.


Asse por 45 minutos (aproximadamente, um pouco mais se o seu forno for lento como o meu).
Coma frio, acompanhado de gotas de limão.
Usei o limão cravo (tem a polpa e a casca cor de laranja), combinou perfeitamente com os temperos do quibe.