A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!
Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!
Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
"Leite" de castanhas-do-Pará (Brazil nuts)
Faço muita pesquisa em blogs e sites norte-americanos que escrevem sobre alimentação, principalmente os que tratam de "raw food" (alimentação crudívora).
Gasto bastante tempo na tradução, já que não aproveito a que o Google oferece: é terrível!
Vejam só como ficou engraçado o título dessa receita de leite de castanhas-do-Pará (nos EUA chamada de "Brazil nuts"); originalmente, a receita chama-se "Brazil nut milk" e a ferramenta do Google fez a seguinte versão: "Brasil leite de porca"... hahahahahahah... estou rindo até agora!
A tradução tinha outros erros grosseiros, mas, enfim, aqui vai a minha versão caprichada, desse maravilhoso leite vegetal, que faz sucesso até no estrangeiro (viva o produto nacional!).
O leite de castanha-do-Pará é uma fonte de energia, sendo também rico em selênio, um mineral que beneficia a próstata. É gostoso puro, com cereal cru ou misturado com frutas ou cacau em pó.
1/4 de xícara desse leite fornece 30% da recomendação diária de magnésio, assim como perto de 1000% da recomendação de selênio, bem como outros nutientes.
Ingredientes
uma xícara de castanhas-do-Pará, previamente deixadas de molho em água
3 xícaras de água
xarope de agave (usam muito esse adoçante nos EUA, que é um néctar extraído de um cacto, mas fica liberado o uso de um adoçante de sua preferência - uso melado, 2 CS)
saborizante à sua escolha (sugerem adicionar uma CS de óleo de coco)
Como fazer
Misturar todos os ingredientes e processá-los por no mínimo um minuto (quem não tem processador, use um liquidificador, mas por mais tempo).
Coe o líquido numa flanela (já existem coadores especiais para coar leites vegetais) e mantenha na geladeira por cerca de 4 dias.
Fonte da receita: RAW MOM
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Massa com Molho de Tomates e Brócolis
Simples de fazer, gostosa de comer!
Ingredientes
250 g de massa parafuso integral
1 molho de brócolis orgânico
uma cebola média
2 tomates grandes
salsa, coentro e cebolinha
pimenta vermelha picadinha (uma pitada)
curry (uma pitada)
3 CS de shoyu
sal marinho a gosto (se achar que o molho de soja não foi suficiente para salgar)
2 CS de óleo vegetal
Como fazer
Cozinhar a massa em água, sal e uma CS de óleo (al dente).
Cozinhar o brócolis no vapor (deixá-lo crocante e reservar).
Fazer o molho: refogar em uma CS de óleo a cebola, cortada em rodelas. Acrescentar os tomates picados, sem a casca. Adicionar um pouco de água e os temperos (os verdes por último, um pouquinho antes de apagar o fogo).
Cozinhar até ficar encorpado. Deixe esfriar e bata no liquidificador.
Coloque o molho cremoso numa panela grande, adicione a massa e, por último, o brócolis. Não deixe esquentar demais, só amornar.
Um truque para alimentar crianças que fogem do brócolis como o diabo da cruz: quando for bater os ingredientes do molho no liquidificador, adicione também o brócolis. O molho fica com um lindo tom esverdeado!
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Doces poesias
Cora Coralina fazia poemas como quem faz doces.
Fazia doces como quem faz poemas.
Também escrevia contos, mas foram os versos que a consagraram.
Goiana, morreu às vésperas de completar 96 anos - reverenciada em todo o Brasil pelos seus escritos, na terra natal, ninguém esquece que, antes de tudo, ela criava doces deliciosos.
Doces com muito açúcar branco - ai!
Recolhi uma de suas receitas e troquei a brancura do refinado pelo castanho do mascavo - Docinhos de mamão maduro - um doce tão doce que é pra ter guardado a sete chaves e comer um pedacinho só quando bate aquela vontade de reviver a infância.
Ingredientes
Para 4 quilos de docinhos, aproximadamente
3 mamões maduros (não demais), pesando 5 quilos no total
2 quilos de açúcar mascavo marrom-clarinho
uma colher de sopa de cal virgem
3 folhas de figueira (opcional)
água o quanto baste
mais açúcar para passar nos docinhos
uma colher de sopa de maisena (ou araruta)
Como fazer
Descascar os mamões, retirar as sementes e cortar em quadradinhos.
Colocá-los em uma bacia grande, cobrir com água, dissolvendo nela a colher de cal.
Deixar de molho por 5 a 10 minutos e quando os pedaços estiverem durinhos, escorrer e lavar em bastante água corrente, para retirar toda a cal.
Depois de bem lavados, furá-los com um garfo e colocar em um tacho, com as folhas de figueira. Juntar água até cobrir e adicionar o açúcar.
Levar ao fogo alto e cozinhar, sem mexer, por duas horas, aproximadamente. Balançar o tacho de vez em quando. Quando der o ponto, baixar o fogo.
Quando a calda estiver grossa, virar os docinhos numa peneira de taquara ou plástica (não usar peneira de metal). Espalhar os quadradinhos de mamão sobre a peneira e deixar ao sol, por aproximadamente um dia, até ficarem secos por fora (Nem pense em fazer tais docinhos durante um inverno chuvoso...).
Não reaproveitar a calda.
Peneirar o açúcar adicional numa peneira fina e depois misturar a maisena (ou araruta).
Quando os docinhos estiverem secos, passá-los nessa mistura.
Podem ser servidos em seguida ou guardados.
Mora dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Cora Coralina
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Já tomou seu TCHAI hoje?
A novela televisiva Caminho das Índias popularizou alguns costumes indianos, como o chá com especiarias.
Um pouquinho da história dessa saborosa mistura:
Por volta de 1880-1882, a bebida tornou-se comum na Inglaterra, quando uma doença tomou conta dos cafezais do Ceilão (atual Sri Lanka, ilha ao sul da Índia).
Os ingleses eram grandes bebedores de café e a bebida alternativa encontrada foi o chá, ou melhor, o tchai, consumido na Índia, país de dominação inglesa nessa época.
Além de ser uma bebida indiana tradicional, um hábito há milhares de anos, o tchai ou cháe (em sânscrito), aquece, é digestivo e, dizem, tem propriedades afrodisíacas (devido às especiarias).
Pode-se fazer a bebida com água ou leite (costumo fazer com leite de aveia).
Ingredientes
Para 300 ml de tchai:
300 ml de água quente
1 cc de sementes de cardamomo
1 cc de pimenta-do-reino
1 cc de gengibre picadinho com a casca
1 cc de cravo-da-índia
1 cc de canela em pau
1 cc de chá preto (ou um saquinho)
Como fazer
Em um bule de louça (nunca use metal), coloque os ingredientes, uma a um.
Verta a água quente por cima.
Tampe e aguarde 10 minutos.
Coe e sirva em seguida (se necessário, dê uma leve aquecida mas não ferva).
Se desejar, substitua 100 ml da água por leite de aveia.
Adoce a gosto (com mel ou mascavo).
Sobre o cardamomo
Como esse é o único ingrediente menos comum entre nós, seguem algumas dicas de uso:
Compre-o e guarde-o em vagens, pois assim ele manterá o sabor e o odor característicos.
Quando for usá-lo, abra a vagem e retire os grãos, no momento exato do consumo. Eles perdem rapidamente o cheiro ao saírem das vagens.
Os grãos saudáveis são escuros - se tiverem outra cor, descarte-os.
Eles apresentam uma "pelezinha" branca protegendo-os; esfregue-os levemente para que ela saia.
domingo, 9 de agosto de 2009
Chá das cinco
O horário de máximo funcionamento dos rins é das 17 às 19 horas, sendo esse período recomendado (segundo a MTC - Medicina Tradicional Chinesa) para a ingestão de líquidos.
Talvez esse seja um dos motivos do tradicional "chá das cinco" inglês...
Sou apaixonada por chás de ervas, as mais variadas, seja para fins medicinais ou por puro prazer.
Não costumo adoçar (apesar da linda ilustração do gatinho com os cubos de açúcar), no máximo uso mel, geralmente se for um chá antigripal, como o de gengibre ou o de flor de sabugueiro.
Não é recomendado abusar do chá preto (o popular chá-da-índia), mas ele fica delicioso misturado à canela, ao cravo e ao cardamomo.
Chá verde e chá branco estão na moda.
Tomo muito banchá: tostar levemente as folhas, por para ferver durante 10 minutos (2 colheres de sopa para um litro de água), abafar, coar e deliciar-se. Se pingar algumas gotas de limão na xícara, melhor ainda!
"A China e a Índia estão ligadas pela lenda que cerca a planta da inspiração, que combate o sono, esse prelúdio da morte; que neutraliza a prostração causada pelo ópio e que, em todos os pontos do mundo, serve de aromático pretexto para descontraídos encontros sociais.
O que diz a lenda chinesa? Que o chá nasceu das pálpebras de um príncipe, atiradas ao jardim por ele próprio, num momento de desespero.
O célebre príncipe Darma, filho de um soberano indiano, fizera a promessa de viver pelo resto da vida em seu jardim, solitário, velando e meditando até o nascer do sol. Certa noite, vencido pela fadiga, adormeceu. Ao despertar, em desespero, arrancou as pálpebras - talvez para nunca mais mergulhar no sono - e atirou-as ao jardim, onde criaram raizes, brotaram e se transformaram num arbusto cujas folhas contêm, de fato, um alcalóide potente, a teína."
O Livro do Chá - Francis Rohmer - Ground, 1986
Nunca guarde sobras de chá para o outro dia - faça a quantidade para beber no momento, ou no máximo, nas próximas 24 horas.
E engana-se quem pensa que substituir café por chá preto, obterá algum benefício: uma xícara de café ou chá contém o mesmo volume de teína ou cafeína - 0,1 a 0,2 g (teína ou cafeína são denominações de um mesmo alcalóide; variam de nome apenas pela procedência).
Mas ambos são estimulantes e dão prazer, se consumidos sem exagero, pois "a diferença entre o remédio e o veneno, é o tamanho da dose" (dizem que Paracelso é o autor dessa afirmação).
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Escolha a panela certa 4
Ao encontrar mais informações sobre a composição das panelas que usamos diariamente para fazer a nossa comida, fiquei pensando porque algumas delas, relacionadas aos prejuízos que causam à nossa saúde, demoram tanto a ser divulgadas...
Esses objetos são fabricados e vendidos a nós, inocentes consumidores, que acreditamos estar comprando um produto de qualidade e com garantia de que não irá nos prejudicar.
No entanto, quando já fomos lesados (como no caso do uso das panelas de alumínio, que, suspeita-se, seja uma das causas do Mal de Alzheimer), surgem as notícias de que não devem ser usados ou "usados com cuidado".
Contraindicações de uso referente a panelas (conforme sua composição)
ALUMÍNIO - Indivíduos com problemas renais e portadores de anemia ferropriva; evitar o uso de palha de aço na limpeza e a remoção de manchas escuras na parte interna, que libera mais alumínio no cozimento (meu comentário: sugiro eliminar esse item da sua cozinha...);
FERRO - Pessoas com estado oxidativo alterado, por ser o ferro um elemento pró-oxidante; após lavá-la, secar na chama do fogão para evitar a ferrugem. Se guardá-la por longos períodos, untar com óleo vegetal;
FERRO ESMALTADO - Condicionada à garantia de atoxicidade do fabricante, sobre o tipo de revestimento utilizado; também é contraindicada para frituras, uma vez que tal qual as panelas de ferro comuns, faz com que o óleo atinja uma temperatura muito alta, impedindo seu reaproveitamento posterior (meu comentário: o óleo de cozinha não deveria ser reaproveitado, jamais descartá-lo pelo ralo da pia e deveríamos evitar frituras);
VIDRO - Aqui as contraindicações restringem-se à conservação da panela, que é frágil, podendo lascar e quebrar e como favorece a aderência dos alimentos, pode queimá-los em função de sua condução térmica (alimentos mais aquosos são os que oferecem menos riscos de queimar);
INOX - Quando a panela é nova, é necessário ferver água por 4 vezes sequenciais e desprezar o líquido; este procedimento reduz a transferência de níquel para os alimentos. Na hora da limpeza, evite esfregar muito a parte interna; caso isso seja necessário, a fervura sequencial de água citada acima tem que ser refeita;
PEDRA SABÃO - Precisa ser curada com óleo e calor antes do primeiro uso, caso contrário, transmite níquel aos alimentos; pessoas sensíveis a esse elemento não devem usá-la;
TEFLON - Escrevi um post específico sobre as panelas desse material aqui, mas acrescento um dado novo: preparo de alimentos protéicos nesse utensílio (carne, ovos, leite, tofu, soja, quinoa etc) podem formar compostos tóxicos à saúde humana (alimento protéico + calor + antiaderente);
COBRE - Desde 2007, as panelas de cobre têm seu uso vedado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em função de terem potencial para transmitir quantidades tóxicas do elemento aos alimentos.
CERÂMICA - A pintura interna pode conter óxidos de chumbo e cádmio;
as panelas de barro com superfície marrom brilhante devem ter selo de qualidade que garanta que não são usados compostos à base de chumbo (meu comentário: o problema é: podemos acreditar nesses selos de qualidade???????)
O chumbo é facilmente dissolvido no alimento, especialmente os ácidos.
Produtos cerâmicos elaborados com óxido de chumbo na vitrificação são comuns - o ideal são panelas de barro ou de cerâmicas ofuscadas.
Esses objetos são fabricados e vendidos a nós, inocentes consumidores, que acreditamos estar comprando um produto de qualidade e com garantia de que não irá nos prejudicar.
No entanto, quando já fomos lesados (como no caso do uso das panelas de alumínio, que, suspeita-se, seja uma das causas do Mal de Alzheimer), surgem as notícias de que não devem ser usados ou "usados com cuidado".
Contraindicações de uso referente a panelas (conforme sua composição)
ALUMÍNIO - Indivíduos com problemas renais e portadores de anemia ferropriva; evitar o uso de palha de aço na limpeza e a remoção de manchas escuras na parte interna, que libera mais alumínio no cozimento (meu comentário: sugiro eliminar esse item da sua cozinha...);
FERRO - Pessoas com estado oxidativo alterado, por ser o ferro um elemento pró-oxidante; após lavá-la, secar na chama do fogão para evitar a ferrugem. Se guardá-la por longos períodos, untar com óleo vegetal;
FERRO ESMALTADO - Condicionada à garantia de atoxicidade do fabricante, sobre o tipo de revestimento utilizado; também é contraindicada para frituras, uma vez que tal qual as panelas de ferro comuns, faz com que o óleo atinja uma temperatura muito alta, impedindo seu reaproveitamento posterior (meu comentário: o óleo de cozinha não deveria ser reaproveitado, jamais descartá-lo pelo ralo da pia e deveríamos evitar frituras);
VIDRO - Aqui as contraindicações restringem-se à conservação da panela, que é frágil, podendo lascar e quebrar e como favorece a aderência dos alimentos, pode queimá-los em função de sua condução térmica (alimentos mais aquosos são os que oferecem menos riscos de queimar);
INOX - Quando a panela é nova, é necessário ferver água por 4 vezes sequenciais e desprezar o líquido; este procedimento reduz a transferência de níquel para os alimentos. Na hora da limpeza, evite esfregar muito a parte interna; caso isso seja necessário, a fervura sequencial de água citada acima tem que ser refeita;
PEDRA SABÃO - Precisa ser curada com óleo e calor antes do primeiro uso, caso contrário, transmite níquel aos alimentos; pessoas sensíveis a esse elemento não devem usá-la;
TEFLON - Escrevi um post específico sobre as panelas desse material aqui, mas acrescento um dado novo: preparo de alimentos protéicos nesse utensílio (carne, ovos, leite, tofu, soja, quinoa etc) podem formar compostos tóxicos à saúde humana (alimento protéico + calor + antiaderente);
COBRE - Desde 2007, as panelas de cobre têm seu uso vedado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em função de terem potencial para transmitir quantidades tóxicas do elemento aos alimentos.
CERÂMICA - A pintura interna pode conter óxidos de chumbo e cádmio;
as panelas de barro com superfície marrom brilhante devem ter selo de qualidade que garanta que não são usados compostos à base de chumbo (meu comentário: o problema é: podemos acreditar nesses selos de qualidade???????)
O chumbo é facilmente dissolvido no alimento, especialmente os ácidos.
Produtos cerâmicos elaborados com óxido de chumbo na vitrificação são comuns - o ideal são panelas de barro ou de cerâmicas ofuscadas.
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