A cozinha é o lugar mais reconfortante da casa porque nele encontramos alimento para o corpo e para a alma. Deixe a Natureza entrar na sua e esqueça os produtos feitos pela indústria alimentícia em geral, que não coloca amor nesse ato nem está preocupada com a saúde do seu organismo e o de sua família!

Esse é um dos segredos de manter o bem-estar - não entregue essa função vital a terceiros - ponha a mão na massa, deixe a preguiça de lado e estabeleça como prioridade fazer a comida que vai mantê-lo longe das doenças!

domingo, 30 de novembro de 2008

Pãozinho de gergelim










Ingredientes
1 CS de tahine
50 ml de água
50 ml de óleo
250 ml de leite de aveia
250 g de polvilho doce
250 g de polvilho azedo
1/2 colher de sobremesa de sal marinho
1 CS de shoyu
3 ovos caipira
35 g de gergelim torrado branco
35 g de gergelim torrado preto

Como fazer

Leve todos os líquidos, com o sal, para ferver.

Espere esfriar e misture com os polvilhos. Se a massa ficar muito dura, acrescente água.

Coloque os ovos batidos, um a um e misture bem após cada adição.

Por último, coloque o gergelim, misturando novamente.

Forme bolinhas, untando a mão para não grudar.

Asse em forno préaquecido, a 200 graus, por 20 minutos.

Retire os pãezinhos quando estiverem levemente dourados.

sábado, 29 de novembro de 2008

Bolo de aveia com laranja




















Essa receita foi feita de improviso: eram duas horas da madrugada e decidi fazer um bolo para minha filhota levar no lanche da escola, no dia seguinte.
Já estava com quase todos os ingredientes sobre a mesa quando percebi que NÃO TINHA FARINHA DE TRIGO!
Àquele horário, impossível encontrá-la, então improvisei.
Substitui as duas xícaras de farinha de trigo integral por uma de aveia e outra de germe de trigo tostado.
O bolo não cresce muuuuuuuuuuuuuito, mas fica delicioso, crocante e macio!

Ingredientes
2 ovos caipira
1 xícara de açúcar mascavo
4 CS de óleo vegetal
1 xícara de aveia em flocos
1 xícara de germe de trigo tostado
1 xícara de suco de laranja
1 CS de fermento em pó

Como fazer

Separar as gemas dos ovos e batê-las com o açúcar e o óleo. Reserve as claras, para o final.

Vá adicionando os cereais à mistura, colocando aos poucos o suco de laranja, misturando bem para não deixar a massa empelotar.

Adicione o fermento, sem bater, só misturar.

Por último, coloque delicadamente na massa, as claras batidas.

Assar em forno pré-aquecido, temperatura média, por 35/40 minutos.








Tá gostoso!

Mucilagem


Nas receitas em que utilizamos algas, sempre é indicado aproveitar a água onde elas ficaram de molho, já que lá permaneceram muitos elementos.

Então, há uma outra forma de consumir algas, fazendo a MUCILAGEM, que depois pode ser usada em receitas ou misturada a sucos crus, com frutas, folhas, brotos (como o Suco de Luz):

1) Coloque 50 gramas de algas agar-agar (em barra) de molho em água fria com o suco e casca de 1 limão. Deixe hidratar por cerca de 15 minutos.

2) Escorra a água do molho e lave em mais uma água para eliminar o cheiro característico.

3) Acrescente 2 litros de água potável e o suco de meio limão.

4) Ferva com a panela tampada (em fogo baixo) por cerca de 20 minutos, NUNCA em panela de alumínio.

5) Coe, coletando o filtrado num recipente que tenha tampa, preferencialmente de vidro. Elimine o resíduo que fica sobre a peneira.

6) Deixe esfriar naturalmente e coloque na geladeira.
Esta mucilagem - enquanto morna - tem consistência espessa, porém ao ser levada à geladeira transforma-se em um bloco de gelatina.

Como dito acima, o gel pode ser adicionado aos sucos e a receitas, como as que seguem:

Mousse de Manga

Ingredientes

1 xícara de gel de alga gelado
2 xícaras de manga picada (pode ser substituída por caqui ou morango)
suco de 1 limão
1 cenoura
folhas de hortelã a gosto
adoçante natural a gosto

Como fazer


Bata tudo no liquidificador. Importante: Não acrescente água. Como fica bem cremoso, ajudar com uma espátula. Coloque em taças, decore com sementes de gergelim e um ramo de hortelã e sirva imediatamente.

Mousse de Goiaba

Ingredientes
1 xícara de gel de alga gelado
2 goiabas grandes inteiras
suco de 1 limão
1 inhame pequeno cru
adoçante natural a gosto

Como fazer

Bata tudo no liquidificador. Não acrescente água e aja como na receita acima. Coe numa peneira para separar as sementes. Por em taças, decorar a gosto e servir imediatamente.

Mousse de Mamão

Ingredientes
1 xícara de gel de alga gelado
2 xícaras de mamão formosa picado miúdo
1 inhame cru + suco de 1 limão
1 CS de germe de trigo

Como fazer

Não usar água. Despejar em taças e servir imediatamente. Você poderá decorar com: a) granola, b) pedaços de fruta inteira, c) sementes germinadas de gergelim ou linhaça, d) uva passa ou ameixa seca picada.

Nota: não senti necessidade de adoçar nenhuma das 3 receitas, então, é uma questão bem individual de como seu paladar está habituado ou não ao sabor doce natural.

Torta de bananas

Ingredientes
1 xícara de farinha de trigo integral
2 xícaras de germe de trigo
2 xícaras de farinha de aveia
2 xícaras de farelo de trigo
1/2 xícara do melado ou mel
6 bananas caturra amassadas
2 xícaras de mucilagem de algas
20 bananas cortadas no sentido do comprimento
cravo e canela em pó

Como fazer

Misturar a mucilagem de algas com o mel (ou melado) e as 6 bananas amassadas, adicionar as farinhas até formar uma papa.

Adicionar os condimentos (cravo e canela).

Untar com mel um pirex grande e colocar as bananas cortadas. Cobrir com a papa e em seguida colocar outra camada de banana e outra da papa e terminar com uma camada de banana.

Levar ao forno por 30 minutos.

Enrolado (maki) de algas marinhas




















Ingredientes
Para o patê:
½ xícara de nozes
2 xícaras de sementes de girassol, colocadas de molho durante a noite
3 dentes de alho
1 xícara de aipo cortadinho
1 e ½ cc de sal marinho
1/3 de xícara de azeite (prensado a frio)
½ xícara de suco de limão
1 cc de pimenta-do-reino (ou outro tempero a gosto)

Para os enrolados:
Corte em pedaços compridos:
½ abacate
½ pimentão
2 cebolinhas
5 folhas de algas nori

Como fazer

Desmanchar todos os ingredientes do patê no liquidificador até ficar cremoso. Espalhar o patê sobre as folhas de algas, acrescentando os vegetais cortados e enrolando-os na folha.

Sugestão: Para fazer as folhas aderirem mais ao patê, deve-se umedecê-las com água, limão ou suco de laranja.

Esperar uns dez minutos e depois começar a cortar os enrolados em pedaços de 3 centímetros.

Rende, em média, de 10 a 15 unidades.

Espaguete com algas hiziki







Ingredientes

250 g de espaguete
4 cenouras
1 cabeça de alho
metade de um pé de couve
1 xícara de algas hiziki reidratadas
4 folhas de louro
1 CS de orégano
gengibre
azeitonas pretas
azeite de oliva







Como fazer

Por 2 litros de água a ferver com as folhas de louro. Quando ferver, colocar o espaguete e as algas e cozinhar em fogo forte até a massa estar al dente (cerca de 10 minutos).
Escorrer bem, passar por um pouco de água fria e reservar.

À parte, numa frigideira, por um pouco de azeite, água, gengibre ralado e os dentes de alho esmagados (reservar 4). Adicionar a cenoura, a couve em tiras e mais um pouco de água. Deixar cozinhar cerca de 10 minutos, mexendo de vez em quando. Tirar do fogo e juntar o orégano.

Em outra panela, aquecer uma colher de sopa de azeite, 4 dentes de alho picados e refogar por 2 minutos. Adicionar o espaguete e, sempre mexendo, deixar cozinhar um pouco. Apagar o fogo e juntar as verduras. Adicionar, por último, as azeitonas pretas.

Algas, o poder que vem do mar


As algas têm sido usadas como um alimento nutritivo por muitos séculos, mas foram até certo ponto esquecidas pelo mundo moderno.

São poucas as pessoas que decidem incluir algas em suas dietas e algumas precisam de encorajamento antes de fazer o mesmo.

É pena que a idéia de comer algas freqüentemente seja tão estranha à maioria das pessoas, talvez por falta de informação...


De uma forma ou de outra, temos usado algas na nossa alimentação, pois disfarçadas em nomenclaturas de laboratório, são ingrediente importante em produtos como sorvetes, queijos e carnes processadas, assim como também em remédios e cosméticos.
É claro que comer um ingrediente "escondido" não é o mesmo que experimentar um prato de hijki preta-azulada ou uma sopa de wakame com cebolas.

As algas estão entre as formas mais antigas na Terra e, provavelmente, foram a primeira forma celular de vida a existir. Os elementos nutritivos que elas possuem são retirados diretamente da água do mar e convertidos pela planta em compostos orgânicos.
Elas quase não mudaram durante os milhões de anos pelos quais já passaram.

Quem vive junto ao mar sabe dos efeitos moderadores que o oceano exerce na temperatura do ar. Isso ocorre porque a temperatura do oceano muda mais lentamente e varia muito menos. Ao contrário da terra firme e das plantas terrestres, o oceano e as plantas oceânicas não passaram e não passam por graus de mudança tão severos ou tão diretos.
Como o oceano, o nosso sangue consiste essencialmente de formas de vida simples (células sangüíneas), nadando num caldo de minerais dissolvidos. Esses, também encontrados em quantidades mínimas no mar, são vitais para a boa saúde.

Já que seria fatal beber água do mar para nos nutrirmos com esses minerais, eles devem ser incluídos na nossa dieta de outras maneiras.
A melhor é em forma de algas marinhas, que contêm e transmitem a nós as energias do mar. As pessoas que viveram (ou vivem) perto mar sempre se aproveitaram disso (por exemplo, os naturais da Irlanda, Escócia, Islândia, Inglaterra, dos litorais da Europa, da Rússia, das Américas e do Sul do Pacífico).
Os japoneses colhem algas há seculos e fizeram do seu cultivo, processamento e classificação, uma arte refinada.

As algas contêm boa quantidade assimilável de cálcio e fósforo e são excelentes fontes de magnésio, ferro, iodo e sódio. Também possuem vitaminas A, B, C e E, assim como proteínas e carboidratos facilmente assimiláveis (frutose).
Em alguns casos, seu teor de vitaminas é comparável aos das fontes vegetais terrestres mais ricas.


Devido aos minerais e ao efeito alcalinizante que elas causam ao sangue, as algas purificam-no, eliminando efeitos nocivos. Também ajudam a dissolver depósitos de gordura e de muco. O ácido algínico presente nas algas mais escuras como kombu, wakame, kelp e hijiki transforma os elementos metálicos estagnados nos intestinos em sais inócuos facilmente expelidos. Estudos já comprovaram que elas eliminam do organismo o estrôncio-90 (radioativo).
Elas não têm gosto muito salgado, tendo na realidade apenas 2 a 4% de sal. Também não têm gosto de peixe, que é o que muitos pensam. O ideal, para quem está começando a consumir algas, é iniciar com a kombu e outras de sabor mais suave e depois então passar para as de sabor mais forte, como a kelp, wakame e hijiki.

A maioria das algas é avaliada de acordo com a época em que é colhida, sendo esse o fator que determina suculência e preço. Quando secas, no entanto, sua aparência pode ser idêntica, independente de quando foi colhida. Portanto, é necessário escolher uma marca em possamos confiar.

Podem ser usadas em sopas, saladas, cozidas em separado ou com verduras e legumes e até mesmo em chás.
Sua versatilidade na cozinha é tão grande quanto o oceano.

Têm uma qualidade especial quando adicionada aos feijões: diminuem o tempo de cozimento e os fazem mais digeríveis, sendo muito útili para quem tem problemas com gases.

Segue uma relação das algas mais conhecidas e suas caractéristicas, usos e outras dicas:

KOMBU

É um termo que abrange várias algas marrons, vendidas com nomes como dashi-kombu, torro-kombu, nato-kombu, etc; podem ter a forma capilar, retalhada, polpa preta ou branca, mas as 3 mais comuns são a dashi (largas faixas achatadas, usadas principalmente como caldo de sopa), nato (a kombu cortada em tiras finas para ser cozida junto com a alga hijiki) e torro (a kombu em pó, pronta para ser adicionada à comida imediatamente antes de ser servida).
Uma tira de dashi-kombu colocada no fundo de uma panela de arroz ou de legumes faz com que eles não grudem no fundo, devido à sua característica gelatinosa. E se adicionada aos feijões, faz com que cozinhem mais depressa e sejam digeridos com mais facilidade, devido ao alto teor de minerais.

HIJIKI ou HIZIKI

É marrom e, geralmente, as pessoas a consideram como a alga mais difícl de digerir, mas vale a pena acostumar-se com ela, já que é a alga que mais contém cálcio (1.400 mg por cada 100 g de peso, quando secas).
No Oriente, a hijiki é considerada pela tradição popular como alimento excelente para manter o cabelo sadio (será por isso que os japoneses têm cabelos tão bonitos?).
É usada fresca ou após ter sido seca ao sol. Assim como todas as algas desidratadas, elas podem ser reidratadas sendo deixadas de molho (inclusive, usa-se esse molho na preparação de alimentos). No caso da hijiki, não se deixa muito tempo porque ela aumenta cerca de 5 vezes seu tamanho ao se reidratar.
Além do cálcio, ela tem grandes quantidades de proteína, vitaminas A, B1, ferro e menores quantidades de outros minerais.
A hiziki costuma ser confundida com a alga arame, pois são semelhantes no aspecto visual.

WAKAME

Como a kombu e a hijiki, é marrom; aliás, a maioria das algas comestíveis é de cor marrom.
A wakame seca é geralmente adicionada às sopas. Se for assada, pode ser usada como condimento (vira pó facilmente). Muito nutritiva, é ótima fonte de proteína, ferro, cálcio, sódio e magnésio, também contendo vitaminas A, B1, B2, C e outros minerais.



NORI

É uma alga vermelha, vendida seca e prensada em forma de folhas. Ao contrário das outras algas, que são colhidas no mar, a nori é cultivada. Podem ser cozidas até virar geléia, tostadas e e cortadas em tiras e enroladas em volta de bolinhas de arroz ou ainda usadas para fazer o sushi.Têm altíssimo teor de vitamina A e proteína, além de minerais e oligoelementos.






AGAR-AGAR ou KANTEN

Dessa alga vermelha, faz-se uma deliciosa gelatina de ótima qualidade. Depois de descorada ao sol, ela é fervida e filtrada, sendo colocada em moldes e mais tarde, após outros procedimentos, transforma-se em barras. Mas também existem os flocos de agar-agar, mais fáceis de serem processados do que as barras.
Os flocos produzem uma gelatina que é mais firme e estável do que a geletina feita com agar-agar em barras. Também é usada na indústria, pelo seu poder de gelatinização.

A receita mais conhecida feita com essa alga é o que os japoneses chamam de kanten: dissolve-se a agar-agar em suco de maçã, cozinhando-se e adicionando-se fatias ou pedacinhos de suas frutas preferidas. Pode-se também adicionar agar-agar a legumes, verduras e água para se fazer gelatina salgada.
É rica em iodo e oligoelementos.

É a melhor opção para os vegetarianos quanto ao consumo de "gelatinas", pois aquela colorida vendida em caixinhas com desenhos infantis, que as crianças gostam tanto porque é a única que conhecem, é feita com colágeno animal.


OUTRAS ALGAS


São muitas as outras algas comestíveis usadas no mundo inteiro: a alga kelp, por exemplo, usada na indústria como agente estabilizador e emulsificador; pode ser comida crua ou cozida ou usada em pó como tempero.

Outra é a alga arame, com forma semelhante à hijiki, mas mais fina e leve. Ou a alga dulse, a Carragheen etc.

Creio que há tantas variedades quanto o oceano é extenso e profundo, devem haver algumas que, provavelmente, nem conhecemos.

Dos meus "cadernos macrobióticos", década de 70.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Arroz

Há milhares de anos o arroz é o alimento básico de mais da metade da população do mundo.
Como a cevada e a aveia, o arroz cresce dentro de uma casca protetora, que tem que ser removida para que se possa utilizar o grão como alimento. Muitos nutrientes se perdem, como o farelo e os gérmens, que são removidos no processo de moagem para obter o arroz branco.
O arroz integral, que consiste de caroços intactos em camadas de farelo tem um valor nutritivo maior do que o arroz branco.
É significativamente mais fibroso, com 1,6g de fibras por meia xícara, em comparação com 0,03g na mesma quantidade de arroz branco.

A título "de progresso", processa-se hoje o arroz nos moinhos, até que fique completamente branco, perdendo com isto muita mais da metade de seu valor nutritivo (pode chegar a 75% de perdas), que está justamente na película escura grudada como revestimento no grão. Isto depois é dado aos porcos no farelo e este animal cresce forte e sadio, enquanto o homem come o alimento empobrecido, o resto, a sobra do arroz. E é justamente o farelo, esta casquinha grudada no grão do arroz, que ajuda a combater a prisão-de-ventre tão comum e prejudicial à maioria das pessoas. Nosso intestino precisa de alimento fibroso, celulose, farelo, para funcionar bem. Arroz branco prende o intestino, pois é rico em goma, cola e gruda nas vilosidades.

Quando se refina o arroz até deixá-lo completamente branco, também o germe é destruído e ele não tem mais vida; é portanto um alimento morto. Mas um grão de arroz integral continua tendo vida e, se for enterrado, germina.

Muitas vezes o arroz branco é tratado artificialmente com glicose e até com parafina, para ficar brilhante e, com talco neutro, para ficar soltinho.

A película, que reveste os grãos do arroz integral, é rica em hidratos de carbono, óleos, proteínas, vitaminas: A, B1, B2, B6, B12, niacina, ácido nicótico, ácido pantotênico, pro-vitaminas C, E e minerais em grande quantidade. Quando é retirada a película, a grande maioria destes componentes/nutrientes se perdem.

Alguns dizem que não gostam do arroz integral ou que ele tem um aspecto feio.

É tudo uma questão de HÁBITO, se você está acostumado há anos com o aspecto e o sabor do arroz branquinho e desvitalizado, terá que criar um novo hábito alimentar e aos poucos descobrir o sabor do verdadeiro grão de arroz.


Como preparar o arroz integral


Existe uma técnica para se cozinhar bem o arroz integral.

Ele leva mais ou menos 20 minutos a mais no fogo do que o arroz refinado.


É saudável deixar os grãos integrais de molho em água antes do cozimento (8 horas no mínimo), para neutraliza os antinutrientes presentes nesses grãos. Antinutrientes são substâncias naturais encontradas em todos os grãos, sementes e cereais e que se não forem neutralizadas, interferem com a absorção dos nutrientes que ingerimos, especialmente minerais como o ferro, zinco, magnésio e cobre.
O líquido no qual o arroz ou outro grão integral fica de molho deve ser sempre desprezado.


Melhor cozinhá-lo em panela de pressão, primeiro alguns minutos, em fogo forte, depois 35 minutos em fogo fraco, cuidando para não queimar.

Desligado o fogo, deixá-lo uns 10 minutos bem tampado e, com isso, ele amolece bem.

A quantidade de água, que vai junto com o arroz na panela de pressão, deve ser o triplo - para cada xícara de arroz, três de água.

O sal marinho, use em pequena quantidade. Já me acostumei a cozinhar o arroz sem sal (ele tem um sabor levemente adocicado) e depois de pronto, coloco um pouco de gersal por cima, fica delicioso!

Para se cozinhar em panela que não seja de pressão: colocar o arroz, a água e o sal marinho na panela ( este, no final do cozimento) e, nesse caso, vai um pouco menos de água do que quando fazemos em panela de pressão.

Primeiro, usa-se o fogo forte por alguns minutos, depois fraco durante uns 45 minutos. Também, deve-se deixar a panela tampada mais algum tempo, depois de o fogo ser desligado para, então, servir.


Panelada de arroz integral

Ingredientes

300 g de arroz integral

1 cebola

1 folha de louro

2 cogumelos grandes

azeite extra-virgem

2 tomates maduros

200 g de ervilhas cozidas

3 CS de shoyu

água para o molho

sal marinho e pimenta a gosto


Como fazer


1 - Numa panela de pressão coloque o arroz integral, a cebola cortada em quatro e a folha de louro. Cubra com água, tempere com sal e pimenta e leve ao fogo por 25 minutos contados do começo da saída de vapor. Após esse tempo, escorra o arroz e reserve.


2 - Corte os cogumelos em pedaços e refogue-os no azeite. Tempere com sal e pimenta, junte o tomate em cubos sem pele e a ervilha cozida. Deixe curtir por 15 minutos. Dilua o molho de soja na água, despeje sobre os cogumelos e aguarde que engrosse cozinhado em fogo lento por alguns minutos.


3 - Em seguida, acrescente o arroz integral cozido reservado, misture e transfira tudo para uma travessa refratária. Leve-a ao forno a 200 ºC, por cerca de 10 minuto. Retire do forno e sirva imediatamente.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Soja: um mito vegetariano

























Quem lê atentamente o blog, já deve ter notado que não uso soja em minhas receitas, a não ser na forma fermentada - shoyu e missô - e, ocasionalmente, tofu.
Nos anos 70, quando me tornei vegetariana, ocorreu a "descoberta" para os ocidentais da soja e ela foi oferecida como alternativa para aqueles que desistiam da carne e dos laticínios e sentiam-se órfãos, em busca de algo para substituir a ausência dos produtos animais.
Também caí nessa roubada e durante muitos anos consumi soja em grão, PVT, leite de soja, até que tive acesso a novas informações e larguei de vez esse consumo.

A jornalista Sonia Hirsch tem alguns textos na sua página, bastante esclarecedores:

"Leite de soja é uma idéia fácil de assimilar devido ao mito de que leite de vaca é um alimento bom para humanos. Queijo de soja é uma idéia fácil de assimilar devido ao mito de que queijo é um alimento bom para humanos. Carne de soja é uma idéia fácil de assimilar devido ao mito de que carne é um alimento bom para humanos. Quando deixam de consumir leite, queijo e carne, muitos humanos ficam felizes porque podem substituí-los por leite, queijo e carne de um novo mito: a soja."


Mais informações aqui:



E aqui:

"Sabe como se faz leite de soja?
Primeiro, deixa-se de molho os grãos em uma solução alcalina, de modo a tentar neutralizar ao máximo (mas não totalmente) os inibidores da tripsina. Depois, essa pasta passa por um aquecimento a mais de 100 graus, sob pressão. Esse processo neutraliza grande parte (mas não a totalidade) dos antinutrientes, mas em troca, danifica a estrutura das proteínas, tornando-as desnaturadas, de difícil digestão. (Wallace GM Studies on the Processing and Properties of Soymilk. J Sci Fd Agric volume 22, páginas 526-535). Além disso, os fitatos remanescentes são suficientes para impedir a absorção de nutrientes essenciais.


E como se fabrica a proteína de soja?
Em primeiro lugar, retira-se da soja moída o seu óleo e o seu carboidrato, através de solventes químicos e alta temperatura. Em seguida, mistura-se uma solução alcalina para separar as fibras. Logo após, submete-se a um processo de precipitação e separação utilizando um banho ácido. Por último, vem um processo de neutralização através de uma solução alcalina. Segue-se uma secagem a altas temperaturas e à redução do produto a um pó. Este produto, altamente manipulado, possui seu valor nutricional totalmente comprometido. As vitaminas se vão, mas os inibidores da tripsina permanecem, firmes e fortes! (Rackis JJ et al The USDA trypsin inhibitor study. I. Background, objectives and procedural details. Qual Plant Foods Hum Nutr, volume 35, pág. 232)."




Sem contar que, os vegetarianos que não sabem alimentar-se sem ter a soja no cardápio (a maioria), estão contribuindo para o desmatamento de áreas verdes para que mais soja possa ser plantada a fim de atender essa demanda desenfreada. Então, não há desmatamento apenas para a criação de gado, mas também para plantar soja.

Os vegetarianos deveriam refletir sobre essa questão, pois ao defender apenas a sobrevivência dos animais, estão agindo de forma parcial; o mais eficiente e correto seria protegermos toda a Natureza, pois fazemos parte de um Todo

E nem falamos na questão da transgenia, mas isso é assunto para dedicarmos uma postagem inteira...

É possível termos alimentação saudável, equilibrada e apetitosa sem nos basearmos num grão apenas para edificarmos uma dieta: variedade e criatividade - usem-nas à sua mesa!





















Tem soja plantada pelo país inteiro! Não é desenvolvimento agrícola, como divulgam e querem nos fazer acreditar, pois a manutenção de uma única cultura e o estrangulamento das outras traz a pobreza dos solos e, principalmente, o desmatamento para abrir mais áreas para o plantio, numa demonstração de ganância sem limites.





O Brasil é o segundo produtor mundial de soja e o quarto em processamento, ficando atrás dos EUA, Argentina e China.

Cardamomo

Especiaria aromática de sabor adocicado, refrescante e picante, o cardamomo vem de uma planta de 1,50 metro de altura originária de Malabar, no sudoeste da Índia.
Ele chegou à Europa por meio das rotas de exploração do Oriente e era cultivado nos mosteiros durante a Idade Média. Suas sementes eram usadas na fabricação de uma massa doce que os monges mascavam como chiclete.

Os frutos do cardamomo contêm cápsulas alongadas ou redondas que protegem cerca de 20 sementes.
É uma das especiarias mais caras, depois do açafrão e da baunilha e amplamente utilizada nas cozinhas indiana (essencial ingrediente do caril/garan masala), árabe (básico no café) e chinesa.

O cardamomo é encontrado seco, em cápsulas (favas), com as sementes soltas ou já moídas.
Prefira as cápsulas inteiras, pois as sementes perdem o aroma rapidamente. Existem diversos tipos de cardamomo: os de cápsula branca, marrom e verde. Os mais comuns são os verdes, que adquirem essa coloração por serem secados artificialmente. Os brancos são clareados e os marrons não são do verdadeiro cardamomo, mas de uma espécie muito semelhante, porém menos aromática e mais canforada.
Guarde na própria embalagem, em local arejado e protegido da luz.

Abra as cápsulas do cardamomo somente no momento em que for utilizá-las, pois elas perdem o aroma rapidamente. Retire as sementes cuidadosamente e, se preferir, torre-as em uma frigideira para ressaltar seu aroma. Utilize conforme as orientações da receita.

O cardamomo integra duas tradicionais misturas de especiarias indianas. O garam massala, que combina cominho, sementes de coentro, pimenta em grão, cravo, macis, folhas de louro e canela e o curry, que mistura grãos de coentro e pimenta, cúrcuma, gengibre e pimenta-malagueta.

Saiba mais:

Experimente acrescentar algumas sementes de cardamomo ao seu café. Você sentirá um aroma e sabor diferentes (é hábito entre os árabes).

Chá com algumas cápsulas de cardamomo e casca de laranja é um excelente digestivo. Utilize cerca de oito sementes para 1 litro de água.

As sementes perdem seu sabor rapidamente quando moídas. Mesmo quando inteiras, perdem 40% de seu óleo essencial por ano, devendo ser mantidas nas cascas para melhor conservação.

Os grãos ajudam na digestão e melhoram o hálito.
Cuidado com o uso, pois altas doses podem provocar vômitos.

Purê de batata doce com calda de cardamomo

















Ingredientes
uma batata doce média
1/2 xícara de açúcar mascavo claro
1/2 xícara de água
sementes moídas de 2 unidades de cardamomo
10 amêndoas picadas

Como fazer

Cozinhe a batata doce até ficar bem macia.

Descasque-a e passe pelo espremedor, retirando todas as fibras (se necessário, use uma peneira). Reserve.

Coloque o açúcar, a água e o cardamomo numa panela pequena.

Cozinhe em fogo alto até formar uma calda levemente espessa.

Abaixe o fogo e acrescente o purê de batata-doce, misturando até ficar bem incorporado.

Desligue o fogo e acrescente as amêndoas, misturando bem.

Sirva morno e decorado com lascas de amêndoas.

Chapati

CHAPATI DE FARINHA DE ARROZ

Ingredientes

500 g de farinha de arroz
1/2 litro de água
leite de coco espesso
sal marinho a gosto


Como fazer


Numa panela com tampa, ferva a água com o sal. Quando levantar fervura, coloque a farinha, mexendo e faça formar um buraco no centro, onde deve ser colocada uma longa colher de pau; tampe a panela e deixe cozinhar em fogo baixo por alguns minutos. Destampe e misture bem. Remova do fogo.

Esfrie e misture bem a farinha, sem adicionar nenhuma água. Faça com as mãos pequenas bolas.
Esparja farinha de arroz numa mesa e, sempre amassando, transforme as bolas em chapatis muito finas. Acerte as pontas para que se tornem redondas.

Esquente uma chapa e coloque nela as chapatis: asse de um lado e de outro, deixando inchar. Retire da assadeira e mergulhe no leite de coco antes de servir.

Uma leitora do blog chamou minha atenção sobre a colher de pau colocada na panela onde se faz o chapati acima, dizendo não ser possível, nesse caso, tampá-la; isso me levou a adicionar alguns comentários sobre a execução dessa receita:

1) em primeiro lugar, não assimilei o motivo de colocar a colher no centro da panela e fechá-la, mas como é uma receita tradicional indiana (do livro da Fernanda de Camargo-Moro, ao qual já fiz referência em outro tópico), suponho que deva ter algum efeito, apesar da autora não explicá-lo;

2) automáticamente, usei para fazer o chapati uma panela alta de inox, onde costumo cozinhar massas, que permitiu a permanência da colher no centro; o cozimento da massa é muito rápido, assim que colocamos a farinha na água, ela engrossa e após tampar a panela, mais alguns minutos são suficientes.
A massa fica bem maleável e não é necessário adicionar nem água nem óleo.

3) para que o chapati fique perfeito (como na foto), o cuidado principal é o de deixar a massa extremamente fina, para que logo que seja colocada na chapa quente, ela infle e fique bem cozida no interior.
Por experiência, o chapati não vai inflar quando a massa estiver muito grossa ou muito seca ou quando ficar muito tempo na frigideira.

CHAPATI DE FARINHA DE TRIGO

Ingredientes
2 xícaras de chá de farinha de trigo integral
2 cc de sal marinho
3/4 de xícara de chá de água morna
3 cc de ghee ou manteiga (receita da GHEE mais abaixo)

Como fazer

Numa tigela, misture a farinha e o sal. Adicione a água e trabalhe bem a massa até que não grude nas mãos. Se estiver muito seca, acrescente aos poucos, mais água morna para que a massa fique bem fofinha.

Polvilhe uma superfície lisa com farinha de trigo e trabalhe bem a massa até que fique elástica. Faça uma bola, coloque numa tigela ligeiramente untada com óleo e cubra com um pano úmido. Deixe descansar por 30 minutos.

Mais uma vez, polvilhe com farinha uma superfície lisa, trabalhe a massa mais uma vez e divida em 10 a 12 bolas. Abra as bolinhas em discos bem fininhos com um rolo de macarrão. Aqueça uma frigideira untada grande, coloque os discos, um por vez, e cozinhe dos dois lados cerca de 1 minuto cada lado.

Espalhe ghee num dos lados do pão, e coloque numa cestinha.

Cubra com um pano para mantê-lo aquecido até a hora de servir.

USLI GHEE (Manteiga Purificada)

Para purificar manteiga à moda tradicional indiana, leva-se de uma a cinco horas, dependendo da quantidade de ghee a ser clarificada. No microondas, despindo-se de qualquer tradição e optando pelo prático e rápido, leva-se sete minutos para cada 125gramas de manteiga (acho que além de despir-se de qualquer tradição, você paga um preço bem alto quanto à saúde ao usar microondas, mesmo que seja a longo prazo...).

A usli ghee se solidifica à temperatura ambiente e não requer refrigeração, porém tem de ser guardada em recipiente competamente seco.


Ingredientes

1 kg de manteiga sem sal (orgânica e proveniente de pequeno produtor, evitando toda a química que as vacas são obrigadas a assimilar em grandes fábricas leiteiras, além do sofrimento impingido aos indefesos bichos)
uma caçarola (imprescindível que tenha o FUNDO BEM GROSSO)

Como fazer

Coloque a manteiga na caçarola, em fogo baixo e vá retirando aos poucos com a escumadeira os pedacinhos de gordura sólida que ficam boiando na superfície.
Controle a temperatura para evitar que queime, tomando muito cuidado para que não escureça nem desprenda fumaça. Contineue a retirar os sólidos inoportunos até que ela se torne cor de âmbar dourado, porém límpida e transparente. Despeje numa vasilha de louça e deixe esfriar a descoberto. Depois de fria, guarde-a num recipiente HERMETICAMENTE FECHADO, em lugar fresco e seco. Como dura muito, dá para fazer 3 ou 4 vezes ao ano.

Um dos segredos do sucesso é que quando estamos elaborando o ghee e a manteiga se liquidifica, a caçarola tem que estar bem tampada, não podendo ser aberta em nenhuma hipótese nos 3 minutos que se seguem, pois os salpicos são muito fortes.

A usli ghee deve ser colocada nos alimentos sem grandes quantidades de cada vez.
E não é um ingrediente para ser consumido diariamente, mas para quando você quiser fazer um prato especial...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Biscoitos de especiarias


Ingredientes

500 g de farinha de trigo integral fina
1 CS de fermento em pó
1 1/3 xícara de açúcar mascavo
2 ovos caipira
1 1/4 xícara de manteiga orgânica sem sal
1 cc de canela em pó
1 cc de cravo em pó
1 cc de gengibre em pó
1 cc de cardamomo em pó
1 pitada de noz-moscada
1/4 xícara de açúcar mascavo para derreter
raspas de laranja




Como fazer

Ponha a farinha em uma superfície e faça um buraco no centro.

Junte os outros ingredientes, menos o açúcar a ser derretido. Reserve.

Derreta o açúcar até formar um caramelo e deixe esfriar.

Adicione aos demais ingredientes e misture até ficar uniforme.

Abra a massa e corte os biscoitos com cortadores próprios, em vários formatos (estrelas, corações, figuras humanas, animais etc).

Asse em forno préaquecido, temperatura baixa, sem deixar dourar.

Rende, em média, 20 unidades.

Aveia

A aveia é uma gramínea, família de plantas caracterizadas pelo caule esguio que termina em pontas ramificadas que contém as flores, das quais se desenvolvem as sementes. No caso da aveia, as sementes possuem casca fortemente aderida. A planta adapta-se melhor em climas frios e úmidos, sendo que os primeiros cultivos parecem ter ocorrido no Norte da Europa, onde se constituiu como alimento básico, e na Ásia Central.
No Brasil, os estados do Rio Grande do Sul e Paraná são os responsáveis por grande parte da produção do grão, seguidos por Santa Catarina e Mato Grosso do Sul

A aveia é um dos cereais mais completos devido ao elevado teor de proteínas, bom balanceamento de aminoácidos, rico em sais minerais, ácido linolêico (ômega 6) e vitaminas. Além de nutritiva, a aveia é considerada um alimento funcional, principalmente, devido aos elevados teores de fibra dietética denominada beta-glicano.
O seu uso periódico reduz o colesterol sanguíneo, atuando na prevenção de doenças do coração, conforme 41 trabalhos científicos publicados por médicos de diversas partes do mundo nos últimos 30 anos.
Esse fato justificou a decisão tomada, em janeiro de 1997, pelo FDA(Food and Drug Administration) dos Estados Unidos e pelo Ministério da Saúde do Brasil (2000), em recomendar a aveia como alimento funcional.
Pesquisas recentes sugerem que a aveia atua em outros processos fisiológicos como na moderação dos efeitos da hipertensão, regulação dos níveis de glicose e insulina no sangue, controle de peso e a promoção da saúde gastrointestinal, reduzindo inclusive o câncer intestinal.

Podemos encontrar a aveia na forma de grãos, em flocos grossos, em flocos finos, farinha de aveia e também o farelo de aveia, que é a casca que envolve o grão de aveia.

A aveia é consumida na forma de mingaus, pães, bolos, biscoitos e bolachas, massas, pizzas e pastéis, em vitaminas ou sucos e com frutas, nas sopas, na mistura com iogurte natural, na forma de granolas, cereais em barras, tanto em alimentos doces quanto salgados. Sem contar que com ela podemos fazer o "leite de aveia" e também germinar seus grãos.
Há uma maneira inusitada de fazer a aveia em grão que fica deliciosa: é bem simples, basta cozinhar os grãos de aveia como se fossem de arroz, usando a mesma técnica e os mesmos temperos; experimentem trocar o arroz de todos os dias, ocasionalmente, pela aveia (casada com a lentilha fica d-e-m-a-i-s!).

Biscoito de Banana e Aveia


Ingredientes

1 1/2 xícara de farinha de trigo integral
1 cc de fermento em pó
1 cc de sal marinho
1 cc de canela em pó
1 xícara de açúcar mascavo
2/3 xícara de manteiga orgânica sem sal
2 ovos caipira batidos
1 xícara de banana caturra amassada
1 1/2 xícara de aveia em flocos
1/2 xícara de castanhas raladas

Como fazer

Peneire os cinco primeiros ingredientes.

Junte a manteiga amolecida, os ovos e a metade da banana, mexendo bem.

Adicione a banana restante, a aveia e as castanhas, misturando com capricho.

Às colheradas, vá colocando a massa numa forma untada e asse em forno préaquecido, em temperatura média, até dourar.

Espere esfriar antes de retirar os biscoitos da forma.

Muffin de mel e aveia




















Ingredientes
1 xícara de aveia em flocos
2 CS de óleo vegetal
2/3 de xícara de iogurte natural de boa procedência
1 xícara de farinha de trigo integral
2 CS de mel de procedência confiável
2 CS de açúcar mascavo
1 1/2 cc de fermento em pó
1 ovo caipira batido
1/4 xícara de uva passas
1 pitada de canela em pó

Como fazer

Misture bem todos os ingredientes numa tigela.

Coloque a massa em 8 forminhas untadas.

Leve ao forno, pré-aquecido, por aproximadamente 20 minutos.

Desenforme quente e sirva.

Biscoitinhos natalinos

Em caixinhas, amarrados com fitas ou em pequenas xícaras enfeitadas com laços coloridos, os biscoitos são um presente saboroso e com um tempero adicional: o afeto e o carinho de quem prepara.
Três receitas simples de biscoitos que podem render uma lembrança especial:



Corações de amêndoas

Ingredientes
250 g de farinha de trigo integral fina
125 g de manteiga orgânica sem sal
100 g de açúcar mascavo
1 ovo caipira
1 cc de fermento em pó
25 g de amêndoas reduzidas a pó

Como fazer

Misture o açúcar, a farinha de amêndoas e o ovo. Reserve.

Com as mãos, misture a farinha de trigo e o fermento com a manteiga (deixe na temperatura ambiente), até virar uma farofa.

Junte a farofa com a primeira mistura.

Quando a massa estiver homogênea, faça uma placa fina, enrole em plástico e leve para a geladeira por cerca de 30 minutos.

Abra em superfície enfarinhada na espessura que desejar.

Corte os biscoitinhos em formato de coração, asse em forno préaquecido (temperatura média), até que comecem a dourar na parte inferior.

Rende, em média, 40 corações.


Sequilhos de coco



Ingredientes
2 xícaras de araruta (fécula de mandioca ou maisena)
1 xícara de farinha de trigo integral fina
1 ovo caipira
150 g de manteiga orgânica sem sal
3/4 xícara de açúcar mascavo claro
1/2 xícara de coco ralado fresco





Como fazer

Misture a farinha de trigo com a araruta.

Misture o açúcar e o ovo.

Junte ambas as misturas.

Adicione a manteiga amolecida e o coco ralado, amassando delicadamente até que solte das mãos.

Faça bolinhas e achate com a ajuda de um garfo.

Leve ao forno préaquecido, em temperatura média, por cerca de 10 minutos.

Rende, em média, 60 sequilhos.

Cookie de canela


Ingredientes
4 xícaras de farinha de trigo integral fina
1 cc de fermento em pó
1 cc de sal marinho
1 xícara de manteiga orgânica derretida
2 1/2 xícaras de açúcar mascavo
1 CS de raspas de laranja
1/2 CS de canela em pó
2 ovos caipira + 2 gemas
1 xícara de gotas de chocolate meio-amargo (ou alfarroba)
1 xícara de araruta


Como fazer


Em uma tigela grande, coloque o açúcar, os ovos inteiros, as gemas, a canela e as raspas de laranja e misture bem.

Derreta a manteiga e acrescente (fria) na mistura acima, mexendo bem até ficar homogêneo.

Peneire sobre a mistura, a farinha e a araruta, juntamente com o sal e o fermento.

Acrescente as gotas de chocolate.

Amasse delicadamente, cubra e leve à geladeira por, no mínimo, 3 horas.

Em assadeira untada e enfarinhada, faça bolinhas de cerca de 5 cm de diâmetro. Pressione para que fique com o formato de um disco.

Deixe espaço de 2 dedos de distância entre um cookie e outro.

Leve para assar em forno préaquecido (190º), por 12 minutos ou até que comecem a dourar.

Rende, em média, 30 cookies.

Sugestão para enriquecer o presente: colocar os biscoitos em uma cesta, acrescentando uma bonita xícara para chá e ervas para prepará-lo.

Uma Ceia de Natal diferente

Como acontecia todos os anos, às vésperas do Natal, os animais da fazenda ficavam aflitos esperando para ver quem seria a próxima vítima.

O pato viraria pato-no-tucupi? Ou a dona galinha, separada dos seus pintinhos, seria servida ao molho pardo? Ou o pobre carneiro se transformaria em antepasto?

Ou seria o boi que viraria filé ou medalhão ao molho madeira na ceia daquele ano?

O porco tremia todo e soluçava:

- Buáááá! Não quero virar presunto, salsicha, pernil, torresminho e nem bacon!

E o peru, coitado, era quase certo que se elegeria o prato principal, no centro da mesa, com a barriga recheada de farofa. Era o que mais tinha medo nesses dias, e choramingava como um bebê, sem se conformar com a triste sorte.

- Por que os humanos comemoram o Natal desse jeito? Somos inofensivos, não fazemos mal a ninguém. Só queremos viver!

O Menino da manjedoura, o aniversariante desse dia, certamente não gostaria de ser festejado com mortes, já que aniversário é uma celebração da Vida.

Sossegados mesmo, só estavam o cão, o gato e o papagaio da fazenda. Com eles a coisa era diferente. Tinham lugar para dormir, comida gostosa e carinho. Não precisavam ter pesadelos com a cozinheira e suas horríveis panelas.

- Isso é discriminação!, coaxou o sapo na lagoa. Para uns carinho e para outros a panela? Protestemos! Vamos ver o que dizem as leis dos direitos dos animais!

- Eu também gosto de carinho, disse lacrimejando o carneirinho. Por que ninguém me faz um afago?

Todos os animais estavam unidos nessa hora tentando entender o comportamento dos humanos. A lei dos direitos dos animais valia só para os animais de estimação. Que pena...

Mas naquele ano, tudo seria diferente!!!

Eles nem imaginavam que Matheus, um menino vegetariano de 11 anos, vinha passar o Natal na fazenda e mudaria para sempre aquela tradição medonha.
Matheus era um garoto muito esperto, inteligente e de bondoso coração. Tinha um cachorro e vários gatos. Amava todos os bichos e não se conformava com o fato de as pessoas dizerem amar os animais, mas devoravam seus corpinhos nas refeições.

Não querendo mais compartilhar desse ritual horroroso, resolveu se alimentar apenas de frutas, legumes, verduras e grãos. Havia tanta fartura de alimentos nesse mundo! Não achava necessário aquela matança inútil. Era só uma tradição boba que podia ser mudada.

Assim que chegou na fazenda, contou aos primos do sofrimento dos bichinhos até chegar à mesa sob a forma de comida. Falou da indústria da carne, uma das mais cruéis, da aflição que os animais sentiam ao subir os degraus do matadouro, e do triste fim que era dado a eles.

Todos se surpreenderam com tudo o que Matheus contou e derramaram lágrimas com ele. Nunca haviam pensado nisso, e agora alguém os alertava para a injustiça dessa tradição milenar, que era passada de geração em geração.

Resolveram que naquele ano o Natal seria diferente.

Comunicaram aos pais, tios, primos, avós e amigos, que eles mesmos iriam preparar a ceia e que todos aguardassem a grande surpresa.

Cochichos de lá, segredos de cá, e a véspera de Natal estava chegando.

Enquanto isso, os animaizinhos, em polvorosa, estavam com muito medo do destino que os aguardava.

Mas qual não foi a alegria deles quando as crianças contaram o grande segredo!

Todo mundo sabe que crianças e animais conseguem se comunicar, mas muitos adultos não compreendem e por isso ignoram.

O Natal daquela família se transformou no melhor Natal de suas vidas.

Todo mundo reunido em volta de uma mesa colorida, de pratos leves, saudáveis, e o melhor de tudo: sem mortes!!! Aquilo sim era um Natal de Paz e de Amor!

Mariana preparou uma bela macarronada com suculento molho de tomates.

Edu fez várias pizzas vegetarianas de dar água na boca.

Clara sabia fazer saladas e molhos muito bem. E a Talita preparou o que mais gostava: batatas fritas pra todo mundo!

Sem contar que Mikaela trouxe salgadinhos de soja pra ninguém botar defeito. Uma delícia!!! Quibes, coxinhas, esfihas, empadinhas, tudo a base de vegetais!

E as sobremesas? Pavês, compotas de frutas, pudins, sorvetes e um pratão de brigadeiros para completar.

Só sei que a ceia ficou deliciosa e todos se deliciaram com as gostosuras. E certamente o Menino Jesus abençoou aquela família e os animaizinhos tiveram pela primeira vez, em séculos, um Natal de PAZ! Céu e terra estavam em comunhão porque havia harmonia entre todas as criaturas que dividiam um lugarzinho na Terra.

Era o início de uma nova Era de PAZ, AMOR e FRATERNIDADE.

Feliz NATAL VEGETARIANO para todos vocês!!!


Autora: Ivana Maria França de Negri

Panetone natalino na caneca

O post foi inspirado nesta matéria do caderno Gastronomia de ZH e a receita foi adaptada para o veg/naturalismo.

Símbolo do desejo de fartura, o panetone não pode faltar na mesa da ceia.
Mas se o objetivo é fazer dele um presente natalino, uma idéia legal é improvisar sobre o sucesso dos bolos de caneca, assados por 3 minutos no microondas - mas como não uso nem recomendo a utilização de forno de microondas - podemos usar a caneca para assar o panetone, só que num forno convencional.

O segredo é untar a caneca com manteiga (ou azeite) para que a massa não grude.

Para incrementar o presente, junte um pacotinho de chá especial e coloque um laço de fita com estilo bem natalino; outra sugestão é forrar vasinhos de barro com papel laminado, assar o panetone e depois decorar como um vaso de flores.

Ingredientes

Para fazer a mistura fermentada (esponja)

1 CS de açúcar mascavo
2 CS de fermento biológico seco
1 xícara de água morna
1 xícara de farinha de trigo

Para fazer a massa
1 quilo de farinha de trigo (pode ser metade integral e metade branca)
15 CS de açúcar mascavo
4 ovos caipira (podem ser substituídos pelo gel de linhaça - 1 CS para cada ovo)
3 CS de manteiga orgânica sem sal (ou óleo de coco ou girassol)
500 ml de leite vegetal (usei o de amêndoas)
300 g de passas
1 xícara de gotas de chocolate meio-amargo (ou melhor ainda, de alfarroba)ou de frutas cristalizadas
raspas de limão e laranja ou uma CS de essência de panetone

Como fazer

Misture a colher de açúcar com o fermento e a farinha.

Junte a água morna e misture bem.

Cubra e deixe fermentar, no mínimo uma hora.

Junte a mistura fermentada com o restante da farinha, o açúcar, os ovos, o leite, a manteiga e as raspas de limão.
Não esqueça da ordem dos ingredientes: açúcar batido com a gordura, depois as gemas, a farinha desmanchada com o leite e, por último, as claras batidas. No caso de usar gel de linhaça, adicione logo depois da gordura. Adicione, por último, a esponja e as raspas de limão e/ou laranja.

Sove a massa, untando a bancada com óleo e também suas mãos, porque ela fica bem úmida. Cubra com um plástico e deixe crescer até dobrar de volume (em média, leva duas horas).

Abra a massa e coloque as passas e as gotas de chocolate. Podemos usar também castanhas-do-brasil, castanhas-de-caju, passas brancas, damasco e figos secos - o importante é seguir a quantidade indicada. Sove mais um pouco, para distribuir bem o recheio.

Faça bolinhas e coloque nas canecas untadas com manteiga ou óleo. Não ultrapasse a metade do recipiente.

Deixe crescer até dobrar de volume.

Dê um pequeno corte, em formato de cruz no alto e coloque ali um pedacinho de manteiga (ou óleo misturado com mascavo).

Leve ao forno préaquecido a 200º, até que esteja com a superfície dourada.

Ao retirar do forno, cubra com um pano de prato e deixe descansar por alguns minutos para que a superfície fique macia e não crie uma crosta firme.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Beringelas recheadas





















Ingredientes

1 vidro de cogumelos
2 beringelas
gluten cortado em pedaços pequenos
arroz integral já cozido
milho
brotos de alfafa
tomate cereja
temperos - sal marinho
queijo (opcional)


Como fazer



Abrir as beringelas ao meio e retirar o miolo com cuidado (usar uma beringela por pessoa, essa receita dá para dois).

Colocar o miolo da beringela dentro de água temperada com sal para que perca o gosto amargo que lhe é característico (encher com água e sal também as metades vazias).

Depois de mais ou menos 20 minutos, levar ao fogo o gluten, os cogumelos e a beringela do miolo cortada aos pedaços, em uma frigideira. Se preferir, pode fazer um refogado com cebola ou alho e depois colocar os ingredientes.

Juntar então o milho, os brotos e temperar a gosto com sal marinho (não esquecer do sal que foi colocado no início do preparo) e ervas, como coentro e orégano. Ir adicionando água conforme for preciso até ficar dourado.

Retirar o preparado do fogo e encher as metades de beringela com o mesmo e com uma camada de arroz.

Gratinar com queijo ralado (se quiser), no forno. Servir com os tomates.

Farofa fria de vegetais




















Ingredientes
1 cebola grande picada
2 tomates médios picados
1 pimentão amarelo médio picado
1 pimentão verde médio picado
2 xícaras (chá) de farinha de mandioca
1/2 xícara (chá) de azeite de oliva
2 CS de vinagre de maçã
sal marinho a gosto

Como fazer

Em uma tigela, coloque a cebola, os tomates, os pimentões, a farinha de mandioca, o azeite, o vinagre e o sal.

Misture bem e leve à geladeira por 30 minutos e sirva a seguir.

Rabanadas Veganas




















Ingredientes
fatias de pão integral
açúcar mascavo
cravos
canela
leite vegetal (aveia, arroz, gergelim, girassol etc)

Como fazer

Fazer uma calda com o açúcar, a água, o cravo e a canela.

Molhar o pão no leite vegetal, espremer e colocá-lo na calda em fogo baixo.

Deixar cerca de 3 minutos cada unidade e após, vá retirando e colocando num escorredor para retirar o excesso da calda.

Colocar num pirex e polvilhar com canela.

Assado de nozes



Ingredientes
4 cebolas médias
5 tomates
2 cenouras médias raladas
3 fatias de pão integral esfareladas
2 xícaras de caldo de legumes
100 g amêndoas moídas
100 g castanhas de caju moídas

Como fazer

Refogar as cebolas durante 5 minutos.

Juntar os tomates, a cenoura ralada, o pão esfarelado e o caldo de legumes. Cozinhar
cerca de 15 minutos.

Juntar o caju e as amêndoas e colocar numa forma de pão.

Assar no forno a 200º durante meia hora.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Assado de seitan natalino


























Ingredientes
400 g de seitan
500 g de batatas
250 g de cenouras
4 colheres de sopa de pasta de pimentão vermelho (receita anexa)
1 xícara de azeite de oliva
1 cabeça de alho
2 folhas de louro
1 cc de pimenta

Como fazer

Aquecer o forno a 180º.

Colocar numa travessa o seitan inteiro.

Em volta por as batatas cortadas em cubos e as cenouras em rodelas.

Fazer uns cortes na parte de cima do seitan e colocar um pouco da
pasta de pimentão.

Misturar o azeite com os alhos picados, a pimenta, a folha de louro e o resto da pasta de pimentão.

Por este molho por cima do seitan, das batatas e das cenouras.

Juntar uma xícara de água e levar ao forno durante aproximadamente 1 hora.

Vá controlando para ver se não fica muito seco, se isso ocorrer, pode-se adicionar mais um pouco de água.

Pasta de pimentão vermelho

Ingredientes

4 pimentões vermelhos
3 CS de azeite de oliva
2 dentes de alho socados
1/2 xícara (chá) de farinha de rosca
1/4 de xícara (chá) de nozes picadas
2 colheres (sopa) de salsinha picada
1 cc de pimenta
sal marinho a gosto

Como fazer

Passe o azeite de oliva nos pimentões e leve ao forno até murchar. A seguir, retire a pele e as sementes e reserve.
Numa frigideira, refogue no azeite de oliva a cebola e o alho.
Acrescente os pimentões e deixe o tempero perfumá-los.
Transfira para o liquidificador ou processador e bata até obter uma mistura homogênea. Adicione a farinha de rosca, aos poucos, e mexa até ficar homogêneo. Acrescente as nozes, a salsinha e a pimenta e misture bem. Acerte o sal.

Essa pasta fica também excelente como dip, consumida com bolachas salgadas, pão árabe ou vegetais crus.

Bacalhoada vegetariana












Ingredientes
600 g batatas
manteiga orgânica sem sal
250 g seitan
1 cebola
3 tomates
1 pimentão
1 vidro de leite de coco
azeite de oliva
ovos caipira cozidos, azeitonas pretas e cebolinha picada para a guarnição

Como fazer

Lavar bem as batatas, cortar em rodelas e cozinhar.

Untar uma forma com um pouco de manteiga e forrá-la
com as batatas cozidas. Colocar seitan em fatias por cima
das batatas.

Numa panela, colocar um fio de azeite e fazer um molho com cebola em rodelas, tomate picado e pimentão. Após apurar o molho, acrescentar o leite de coco. Colocar esse molho sobre o conteúdo da forma e levar ao forno até dourar.

Retirar do forno e enfeitar com ovos fatiados, as azeitonas e a cebolinha (se não consumir ovos, decore com as azeitonas, a cebolinha, folhas de salsa e anéis de cebola), regando com mais um pouquinho do saboroso azeite de oliva.

Ceia de Tofu






















Ingredientes
1 quilo de batatas pequenas
2 cebolas médias
2 couves médias
500 g de tofu
3 CS de molho de soja
1 ramo de salsa
azeite de oliva
vinagre

Como fazer

Marinar o tofu cortado em tiras com algumas fatias de cebola, o molho de soja e um pouco de azeite, durante 2 ou 3 horas.

Lave bem as batatas e as cebolas e asse-as no forno com a casca.

Cozinhar levemente as couves e grelhar o tofu. Quando as couves estiverem quase cozidas, refogá-las.

Esfarele as batatas, corte em lascas a cebola e junte-as. Adicione a salsa
picada, azeite e vinagre. Tape e deixe repousar.

Por cima do tofu colocar um fio de azeite e salsa picada.

No prato, sirva um pouco de cada ingrediente (couve refogada, batatas e tofu grelhado).

Ceia de Natal Alternativa

















Minha idéia de ceia natalina é associada à leveza,
pois estamos no verão e faz muito calor no Brasil, que é um país tropical!
Não temos neve, não precisamos de pratos calóricos para suportar o rigor do inverno, que acontece no Hemisfério Norte, bem longe de nós.
Muitas frutas na mesa para decorar, encher os olhos com o seu colorido e o estômago com seu sabor refrescante (manga, melancia, melão, kiwi, banana, maçã, carambola, abacaxi, são tantas...), saladas, pratos refrescantes e que não deixem a sensação de que houve uma batalha dentro do nosso sistema digestivo, após a refeição.
E, principalmente uma ceia sem carnes, sem o sofrimento dos animais: não necessitamos da morte deles para comemorar o nascimento de um ser tão iluminado quanto Jesus Cristo! Dizem que ele era vegetariano (por fazer parte dos essênios que seguiam essa filosofia), mas mesmo que não existam provas definitivas sobre se ele exercia essa prática, me inclino a pensar que sim, devido ao seu alto grau de espiritualidade.

Feliz Natal Leve e Saudável!


Seitan com Abóbora e Batata Doce

Ingredientes

8 fatias de seitan (temos no blog a receita que ensina como fazer seitan)
500 g de abóbora
500 g de batata doce
1 cebola média
1 pimentão verde
meio litro de caldo vegetal (onde tenha cozido legumes)
1 CS de missô
sal marinho, pimenta e louro a gosto
tomilho fresco ou seco
2 CS de sementes de linhaça

Como fazer

Tempere as fatias de seitan com sal, pimenta e o louro.

Corte o pimentão em tiras, a abóbora e a batata doce em cubos e a cebola em rodelas.

Coloque as fatias de seitan num tabuleiro que vá ao forno e disponha nele os vegetais. Regue com o caldo vegetal, onde tenha dissolvido anteriormente o missô.

Salpique a superfície do prato com tomilho fresco ou seco e asse no forno durante 45 a 60 minutos, em fogo brando. Nos últimos minutos, retire do forno e polvilhe com sementes de linhaça. Introduza novamente no forno e complete o tempo.

Acompanhe com arroz integral e saladas variadas, como por exemplo, esta:

Salada Tropical Colorida

Ingredientes
cenoura crua ralada
beterraba crua ralada
rabanetes crus ralados
repolho cru cortado fino
couve crua cortada bem fininha
polpa de maçã cortada em cubinhos
cogumelos cortados ao meio
buquês de brócolis cozidos levemente no vapor
Tempero:
shoyu/azeite de oliva/sumo de limão
hortelã cortada fininha
laranja ácida cortada em rodelas

Como fazer

Misturar harmoniosamente os ingredientes num prato grande, combinando as cores e as formas, colocando quantidades iguais de cada elemento.

Temperar e colocar as rodelas da laranja nas bordas do prato.

Fica bonito, energético e delicioso!

domingo, 23 de novembro de 2008

Germinar sementes é observar o milagre da Vida

Uma semente germina quando ela coloca para fora um "narizinho", uma pontinha que crescerá e irá gerar as raízes e as folhas.
Se tal não acontecer, NÃO ESTÁ GERMINADA; pode estar "velha", está ácida, não é mais um alimento vivo (alcalino).
Ou a semente escolheu ainda não germinar, temos que esperar o momento certo, quando seu valor nutricional aumenta 20.000 vezes e sua energia vital é potencializada, quando então ocorrem reações químicas internamente.

Sendo assim, abandonamos a posição de controle e aguardamos o desenrolar do processo de desabrocar individual de cada semente (momento de ser ativo e momento de ser passivo). Não há como determinar exatamente, podemos estabelecer um tempo que não será preciso - jogamos com probabilidades, apesar de termos tabelas criadas pela experiência, não podemos descartar as inúmeras variáveis: por exemplo, se estiver chovendo, tempo frio, a semente ficará mais preguiçosa; se estiver calor, ela pula mais rápido para fora. A claridade também influi, quando muita torna o crescimento mais lento.

Ao observarmos as sementes, elas vão nos despertando para a Vida, nos envolvemos com o milagre da criação. À medida que vamos aumentando nossa produção e experimentamos brotar diversas sementes, essa atividade nos enche de energia, tanto quanto o ato de ingeri-las como alimento.
Conviver com as sementes que nascem à sua volta é uma experiência enriquecedora, nos demonstra que essa energia latente existe também dentro de nós, pronta a desabrochar, se permitirmos.
Sinto isso diariamente.

Toda semente precisa de pelo menos 8 horas na água e depois, no mínimo 8 horas no ar, até aparecer a pontinha para fora.
Se isso não ocorrer, não está germinada; se depois de algum tempo, nada acontecer, não use.





Sempre é bom lembrar:












HIDRATAR é colocar dentro da água de um dia para o outro (em alguns casos mais tempo, outros menos).

GERMINAR é hidratar e depois cultivar os grãos, lavando-os 3 vezes ao dia.

Tabelas de hidratação e germinação de sementes





Vamos combinar que a hidratação é só o tempo para despertar a semente (germiná-la) - quando ela cria "um rabinho" ou quando usamos castanhas e frutas secas - e a germinação é o processo mais longo, até a semente atingir a fase de broto.






Hidratação/Germinação Troca de água Quantidade refeição/pessoa

Cereais

Arroz integral - 8 a 12 h/3 dias - 3 x dia - 1/2 xícara
Aveia em grão - 36 a 48 h - idem - idem
Cevada - 48 h - idem - idem
Trigo em grão - 8 a 12 h/3 dias - idem - idem
Trigo sarraceno - 8 a 12 h/2 dias - idem - idem


Sementes

Gergelim - 8 a 12 h/2 dias - 3 x ao dia - 1/4 xícara
Girassol - 8 a 12 h/3 dias - idem - 1/2 xícara
Linhaça - 8 a 12 h/2 dias - idem - 1 colher de sopa


Castanhas


Amêndoas - 8 a 12 h/2 dias - idem - 20 unidades
Castanha-do-Pará - 8 a 12 h - 6 unidades
Nozes - 8 a 12 h - 1/2 xícara


Frutas Secas

Ameixa - 2 a 6 h - 6 unidades
Banana - 2 a 6 h - 4 unidades
Damasco - 2 a 6 h - 6 unidades
Tâmara - 2 a 6 h - 4 unidades
Uva passa - 2 a 6 h - 1/2 xícara

Dica: colocar em ambiente arejado mas escuro, pois na claridade os brotos crescem mais devagar.

Como cultivar brotos?



Roteiro baseado na minha experiência com o cultivo de brotos


1. Escolha sementes, com preferência para as biologicamente cultivadas, isto é, que não tenham recebido agrotóxicos nem sejam transgênicas e lave-as.
Preencha com as sementes 1/8 do tamanho do vidro que você vai utilizar, não exagere na quantidade que a produção pode não vingar.

2. Deixe as sementes nesse vidro, de boca larga, com água de qualidade, durante a noite (8 horas de água).

3. No dia seguinte, pela manhã, escorra a água e lave bem as sementes - esse processo é importante porque vai eliminar substâncias que interferem na germinação e outras, como os fitatos, que bloqueiam a absorção de minerais.
Coloque o vidro inclinado em 45º, com uma tela feita com gaze na boca, deixando entrar o ar e escorrer a água (8 horas de ar).
Uma forma prática que encontrei para conseguir esse ângulo de inclinação, permitindo que a água escorra bem - outro fator importante para o sucesso da produção, porque se as sementes ficarem encharcadas, irão apodrecer, criando fungos - foi colocar o vidro num escorredor de louças, em forma de V (*imagem no final do texto).

Com essas 8 horas de água e com as 8 horas de ar, suas sementes já estarão, provavelmente, GERMINADAS. Esse é apenas o primeiro passo, pois na continuação elas irão BROTAR.

4. Lave com bastante água as sementes, no mínimo 3 vezes ao dia, até a fase do broto.
Dependendo da semente (da qualidade dela, também da temperatura ambiente), a germinação completa pode variar de quatro a sete dias.

5. Quando elas atingirem o ponto ideal (veja tabelas em outro post), estarão prontas para o consumo.

6. Para armazenar seus brotos, mantenha-os no refrigerador, em recipiente plástico forrado com papel absorvente (tipo "toalha"), para mantê-los secos e evitar a proliferação de fungos. Antes de guardá-los, também secar bem com esse papel.
Não os deixo na geladeira por mais de 3 dias, procuro manter uma produção constante para consumi-los o mais frescos possível.


Grama de trigo: ideal para ser usada no Suco de Luz









Depois de germinar o trigo por 3 dias, jogamos as sementes na terra, colocada em um vaso que pode ser feito com embalagens de plástico ou isopor, em formato de bandeja ou caixinhas.
Adicionamos uma camada fina de terra por cima e, geralmente, em 7 dias estará pronto para consumo; vamos aparando os "cabelinhos espetados" do trigo na quantidade que desejarmos (dura, mais ou menos, uma semana).

*Essa é a imagem do "escorredor de louças em forma de V":